Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Arginina - Estimulando vaso dilatação e liberação de GH


Essa é a alegação de suplementos nutricionais que tem como principal componente a arginina.

Esse aminoácido tem funções importantes no organismo como, síntese de hormônios (GH), óxido nítrico e até na divisão celular. Entretanto, as empresas produtoras de suplementos, se utilizam de parte de informações científicas, para fazer marketing de um produto.

Como a arginina é fundamental na biossíntese de óxido nítrico (vaso dilatador) e de hormônio do crescimento (GH), realizou-se a propaganda de que a ingesta desse aminoácido aumentaria vascularização muscular e aumento de massa por ação hormonal em praticantes de esporte, melhorando assim seu condicionamento físico.

No entanto, isso está longe da verdade, visto que, os mecanismos fisiológicos explicados, não são induzidos pela maior ingesta de arginina. Como podemos perceber o produto em si carece de embasamento científico para sustentar suas afirmações.

Frozen Iogurte sem Gordura, sem Açúcar...e sem Iogurte?




Apesar do nome, os frozen iogurtes estão mais voltados para sorvete do que para iogurte gelado, e muitas das maiores redes fabricantes deste produto não explicitam no rótulo a porcentagem de iogurte presente em seus produtos, tornando discutível a qualidade da substância que torna este alimento tão atraente ao público que busca saúde de forma prazerosa.
De acordo com a ANVISA, o frozen iogurte é um produto obtido basicamente do leite, submetido à fermentação láctea através da ação de Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus , ou a partir do iogurte, com ou sem adição de outras substâncias alimentícias. Este produto é um sorvete e um sorvete é constituído, dentre outros nutrientes, de leite e açúcar. E leite é constituído de gordura, proteína e açúcar (lactose).
A partir da própria composição do produto, como seria possível afirmar que é produzido sem gordura e sem açúcar? E é possível o consumidor ter certeza de que está consumindo realmente um iogurte?

Castanha que rejuvenesce... E cura!

De fato, a castanha-do-pará promete! Promete e muito... Se cumpre, já não se sabe! Fonte de proteínas, ferro, potássio, zinco, ácido fólico e do mineral que responde pela maior parte de sua fama: o selênio.

Muito se fala acerca das propriedades da castanha. Combate aos radicais livres, proteção do cérebro, contribuição para o bom funcionamento da tireóide, redução do risco de câncer de próstata, tratamento do fígado e problemas estomacais. Tudo isto, teoricamente, é trazido a partir da ingestão de pelo menos uma castanha por dia.

Por que, então, não sentimos o rejuvenescimento? Ou por que a tireóide não voltou a produzir seus hormônios em níveis adequados ou o seu vizinho teve câncer de próstata, apesar de ter comido muita, mas muita castanha? O principal erro é acreditar que a castanha, por si só, promoverá tantos benefícios enquanto continuamos tomando sol, não estabelecemos uma terapia pro hipotireoidismo ou continuamos levando aquela vida sedentária, dentre outras atitudes.

O erro está no excesso de propagandas prometendo milagres e no fato do consumidor ser seduzido por elas. Há um equívoco quando acreditamos que a alimentação per si irá curar ou prevenir, de fato, que tenhamos problemas, doenças, que fiquemos mais velhos ou que uma castanha será tão efetiva, por exemplo, quanto uma terapia de reposição hormonal. É mesmo a castanha que não cumpre o que promete? Ou melhor dizendo, o que dizem que ela promete?!

Vinagre de maçã: sinônimo de saúde e beleza



Pectina, ácido málico e polifenóis antioxidantes são substâncias anunciadas como presentes no vinagre de maçã, que parecem atrair o consumidor em busca de emagrecimento. Mais que isso, muitas propagandas também emprestam a esse produto propriedades antiinflamatórias, antioxidantes, antibiótico e na redução do apetite. Entretanto, os rótulos encontrados no mercado nada falam sobre isso e a bibliografia científica quase sempre não respalda tais crenças e propriedades.

Capsulas de Luteína: Alimento ou medicamento?

As definições para nutracêuticos variam entre os países e se assemelham muito à definição de alimentos funcionais. A definição de alimento funcional que mais se aplica é a de um alimento que apresenta um componente incorporado com efeito fisiológico, não apenas nutricional. Sendo assim, os alimentos funcionais seriam aqueles utilizados com a função de nutrir e tratar/prevenir doenças e podem, portanto, ser registrados como alimentos. Nutracêutico pode ser definidos como alimento ou parte do alimento que proporciona benefícios à saúde, abrangendo nutrientes isolados, cápsulas, produtos herbais e alimentos processados como cereais, sopas e bebidas.

A Anvisa regulamenta Alimentos Funcionais com base nas Resolução 17/99, Resolução 18/99 e Resolução 19/99, definindo diretrizes básicas para a análise e comprovação nutricional dos alimentos.

A luteína é um carotenóide presente em vegetais e na gema do ovo, sendo o principal antioxidante presente na retina e mácula. Este antioxidante é utilizado na medicina para o tratamento Degenerescência Macular da Idade (DMI), auxiliando na prevenção ou na redução da degeneração ocular. Estudos mostram que a ingestão aumentada de luteína auxilia a prevenir o desenvolvimento da aterosclerose precoce.

A Phytomare comercializa cápsulas de luteína de 250mg e indica que o consumidor tome uma cápsula pela manhã e uma a noite com as refeições. Segundo a Anvisa, o produto não apresenta embasamento científico para que seja utilizado no tratamento da DMI, sendo registrado apenas como alimento. Como não PE registrado como medicamento, o consumidor utiliza o produto de forma indiscriminada com o objetivo de prevenir/retardar doenças, sem que haja orientação do médico ou do farmacêutico. A quantidade diária recomendada varia de 6-20mg e o que é sugerido pela Phytomare é uma quantidade 25 vezes maior que a recomendada. Porém, não foram encontrados possíveis efeitos tóxicos da luteína.

A definição de nutracêutico obtida é ampla e muitas vezes se confunde com a de alimentos funcionais. Do ponto de vista farmacêutico, os nutracêuticos deveriam englobar apenas extratos e nutrientes isolados incorporados em formas farmacêuticas. Claramente estes produtos não têm objetivo de nutrir (definição de alimento), apenas apresentam substâncias provenientes (extraídas) de alimentos com o objetivo de tratar/evitar doenças.

Infelizmente para o produtor a definição de nutracêuticos é muito vantajosa. Enquanto persistir a grande dúvida: alimento x medicamento e a ausência de uma definição segura e sem lacunas, estes produtos serão registrados como alimentos. O registro na Anvisa de alimentos é mais barato e mais rápido, exigindo testes menos rigorosos do que o dos medicamentos, sem garantir a eficácia farmacológica. Do ponto de vista farmacêuticos este fato desfavorece a atenção farmacêutica, pois estes produtos podem ser vendidos fora das farmácias, sem prescrição médica e os consumidores não obtém orientação devida.

A conclusão a que se chega é a de a regulamentação destes produtos é falha devido à uma definição com muitas lacunas. O registro destes produtos como alimento não garante a informação necessária ao consumidor, nem a segurança farmacológica deste.



Referencia:

Luteina info

http://www.plenaformasaude.com.br/loja/index.php?main_page=product_info&products_id=844

ANVISA


Glucerna SR®: benefícios até que ponto?!



Glucerna SR® é um produto da Abbott, ‘’Formulado especialmente para pessoas com Diabetes’’, sendo um ‘’Alimento para nutrição enteral ou oral em situações metabólicas especiais’’, conforme consta em seu rótulo.

Contém um sistema de carboidratos de lenta absorção, gorduras monoinsaturadas, além de muitas vitaminas e minerais. Em sua embalagem alega que há ‘’comprovação clínica na melhora da resposta glicêmica’’.


Essas informações não induzem o consumidor diabético a uma utilização indiscriminada do produto?! Quais seriam esses carboidratos?! Em que situações foram feitos estudos clínicos?! Seria esse um alimento funcional revolucinário e milagroso?!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Óleo de Prímula: nutrition or health claims?





Prímula é o nome da planta da espécie Oenothera biennis. Nativa da América do Norte, que atinge em torno de 1 m de altura e produz flores amarelas. O óleo de prímula é obtido das sementes dessa planta e muito rico em um tipo de ácido graxo essencial da família do Ômega-6 denominado ácido gama-linolênico (GLA), reconhecidamente benéfico para a saúde. Porém, este seria classificado como suplemento alimentar ou um produto para fins de saúde?


Os alimentos funcionais parecem desafiar a clara distinção entre alimento e medicamento, o que pode levar a confusão. Portanto, é importante rever a relação entre alimentos e medicamentos para tornar clara a finalidade dos alimentos funcionais.

Albumina ou ovo?



A ovoalbumina ou simplesmente albumina é uma proteína encontrada na clara do ovo indicada por médicos e nutricionistas para pessoas que necessitam de dietas hiperprotéicas, como por exemplo para desnutridos.


Porém, muitos atletas utilizam o suplemento de albumina, como fonte protéica, a fim de aperfeiçoar o treinamento físico e “esculpir” os músculos.



O uso indiscriminado de suplementos a base de proteína, como albumina, pode trazer riscos à saúde, como alteração dos órgãos de metabolização como fígado e rins.
As dúvidas mais recorrentes quando o assunto é albumina para atletas envolvem: “Como devo utilizar a albumina?”, “Quais são as fontes naturais de proteínas “ O uso indiscriminado pode trazer complicações a saúde?”

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quinoa: o “grão sagrado” nas mesas brasileiras.




A Quinoa (Chenopodium quinoa) é uma planta nativa do altiplano andino. Segundo a civilização Inca, tratava-se de um grão sagrado e somente o líder poderia plantar a primeira semente. Passaram-se anos e somente nos anos 80 o Brasil passou a pesquisar os componentes dessa semente.Atualmente, a quinoa pode ser adquirida em comércio de produtos alimentícios. Dentre os diversos tipos, o principal é a Quinoa Real. E vem sendo utilizada em substituição a outros cereais e, ainda, supostamente para regular a função intestinal. Em comparação a outros cereais, como arroz, trigo, aveia e centeio, apresenta grande semelhança quanto a composição centesimal geral. Portanto, qual a vantagem de se consumir a quinoa?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Hibisco - A flor que emagrece!

“A flor que emagrece”, é esse o atrativo título que a planta da espécie Hibiscus sabdariffa recebe em vários anúncios. O chá de Hibisco é comercializado em diferentes marcas e seus benefícios são amplamente divulgados: Diminui a pressão arterial, controla o colesterol, possui ação antioxidante, antiespamódica, auxilia no tratamento da celulite e ação calmante. Mas a propriedade que justifica seu uso para o emagrecimento é a ação diurética, devido a isso, há uma ampla procura desse chá com a principal finalidade de perder peso, sem nenhuma restrição quanto ao limite máximo de consumo. Diante desse cenário, cabem as seguintes reflexões: Será que o consumo contínuo de um produto com ação diurética é seguro para a população em geral e dentro das subpopulações com diferentes estados de saúde? Conseguirá o olhar científico encontrar “espinhos” nessa flor que promete tantos benefícios? <

Colagen Plus: Benefícios Reais?


Colagen Plus é um produto dito a base de colágeno. Entretanto sua composição, como mencionado no rótulo, é de proteínas hidrolisadas. E então? Podemos dizer que realmente estamos aumentando a quantidade de colágeno em nosso organismo e que teremos todos os benefícios que esse proporciona, como emagrecimento, pele mais saudável e etc ao consumir esse suplemento? Proteínas hidrolisadas nada mais são que aminoácidos que, passando pelo sistema gastrintestinal serão absorvidos e assim chegarão a nossa corrente sanguínea e lá poderão dar origem a qualquer proteína, podendo ou não ser colágeno. Qualquer alimento proteico que ingerirmos terá suas proteínas hidrolisadas por enzimas como as pepsinas liberadas em nosso estômago e as tripsinas liberadas pelo pâncreas no duodeno. Essa hidrólise levará a liberação de aminoácidos que serão absorvidos em nosso intestino delgado e por fim chegarão a corrente sanguínea da mesma forma. Agora eu lhe pergunto: Qual a relação dessas proteínas com o colágeno? Quais os benefícios do colágeno? Qual a vantagem de se consumir cápsulas de proteínas hidrolisadas em relação às proteínas provenientes de uma dieta proteica? Existe realmente algum benefício na utilização de suplementos proteicos tais como "Colagen Plus"?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Betacaroteno sem limites


Por Nathalia Hammes

Suplementos vitamínicos são muito utilizados com a desculpa de falta de tempo para uma alimentação balanceada. Entre eles, estão as cápsulas de betacaroteno, vendidas em farmácias e lojas de produtos naturais. O betacaroteno é precursor de vitamina A e pode ser encontrado em frutas e vegetais amarelos-alaranjados e vegetais com folhas verdes escuras. Tem propriedades antioxidantes e é muito utilizado com a promessa de ser eficaz no bronzeamento.
A Natural Wealth disponibiliza cápsulas com 15 mg de betacaroteno para serem consumidas uma vez ao dia. Mas segundo o próprio rótulo isso corresponde a 1250 % da ingestão diária recomendada, mais de 10 vezes o necessário! Qual a justificativa para esse excesso? Mesmo que o produto seja considerado “seguro” pelo fabricante, uma quantidade abusiva de betacaroteno não traz riscos ao organismo? Uma alimentação correta não seria o suficiente para prover a necessidade dessa pró-vitamina?

Benefícios do Licopeno: um resultado do sinergismo com outros micronutrientes?


Os carotenóides são compostos da classe dos tetraterpenóides encontrados em diversos vegetais. Tradicionalmente, os carotenóides são classificados em carotenos e xantofilas.

Um dos carotenos mais conhecidos por suas propriedades biológicas é o licopeno. Este é um hidrocarboneto alifático e insaturado, encontrado em tomates e produtos derivados, como extratos, polpas e molhos.

São relatadas diversas propriedades terapêuticas relacionadas ao licopeno, entre elas, as mais notáveis são as atividades antioxidantes e antitumorais. Atualmente, com a utilização destas atividades biológicas como justificativa, há a venda de cápsulas de licopeno no mercado.

Porém, existe uma discussão crescente se os efeitos benéficos que o licopeno apresenta seriam resultado do sinergismo deste carotenóide com outros micronutrientes encontrados em tomates.

Caso esta hipótese seja comprovada, seria então válido o consumo de cápsulas que contenham somente o licopeno isolado?

Isoflavonas: cápsulas ou grãos de soja. Qual a melhor opção?

por Sarah Rodrigues

Isoflavonas são compostos orgânicos naturais de origem vegetal pouco distribuídos na natureza, presentes principalmente na família Fabaceae, sendo abundantes na soja e em seus derivados. Estes compostos apresentam efeito estrogênico por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres.

Há evidências de que a isoflavona diminui a intensidade e a freqüência dos sintomas vasomotores em mulheres na menopausa. A maioria dessas observações sobre o uso dos fitoestrogênios são epidemiológicas, muitas delas baseadas em estudos realizados em regiões de alto consumo da soja.

Vários estudos relacionam o consumo das proteínas e isoflavonas presentes no isolado protéico de soja à redução do risco de doenças como o câncer, doenças cardiovasculares, osteoporose e alívio dos sintomas da menopausa.

Devido ao grande interesse no consumo dessas substâncias devido seus efeitos benéficos, tem aumentado no mercado a venda de isoflavonas na forma de cápsulas. Seria então mais indicado a ingestão de cápsulas pela praticidade ou haveriam diferenças desta para o consumo através de grãos de soja?

Alho e sua ação antimicrobiana


Compostos sulfurados são metabólitos secundários, extremamente voláteis, derivados da cisteína. Essas substâncias apresentam ação tóxica sobre nematóides, insetos e fungos, além de inibir enzimas.

O gênero Allium (alho e cebola), além de possuir o enxofre, apresenta em sua constituição compostos fenólicos, que favorecem a sua capacidade antioxidante, antibacteriana e antifúngica.

Atualmente, foram identificados cerca de 30 componentes do alho (A. sativum) que possuem efeitos terapêuticos. A sua atividade farmacológica envolve uma variedade de compostos organossulfurados sendo a alicina, substancia instável, o seu principal componente antibacteriano, responsável pelo odor característico.

Pesquisas mostraram a ação do alho contra o desenvolvimento do câncer, como modulador do sistema cardiovascular e do sistema imunológico, além de antiparasitário, antifúngico, antiviral e antibacteriano Também observou-se a ação inibitória do extrato aquoso de alho contra cepas multirresistentes de Streptococcus mutans, e sua associação com a vancomicina é efetiva em concentrações menores que a Concentração Inibitória Mínima.

Vegetais crucíferos: além de um rico alimento, pode ser um aliado na prevenção do câncer?

         Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, podem trazer benefícios fisiológicos específicos, graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis (CÂNDIDO & CAMPOS, 2005).
          A partir disso, podemos conhecer melhor a família Brassicaceae (Cruciferae) que apresenta várias espécies economicamente importantes para o uso como hortaliças, forragens, óleo, bem como plantas ornamentais e medicinais (GRIFFITHS et al., 1998). É composta por várias espécies, com destaque para o repolho (Brassica oleracea var. italica), a couve-flor (Brassica oleracea var. botrytis) , o brócolis (Brassica oleracea var. capitata) e a couve ( Brassica oleracea var. acephala). O consumo de vegetais crucíferos, particularmente o brócolis, tem sido associado com a redução do risco de câncer de mama em mulheres na pré-menopausa (AMBROSONE ET al., 2004), devendo ser consumidos diariamente e pesquisas recentes reforçam a tese de que o consumo de brássicas pode ajudar na prevenção e tratamento de doenças degenerativas. Um estudo com 48 mil homens mostrou que o câncer de bexiga era menor no grupo que consumia mais brócolis, couve-flor e repolho. O consumo de três porções diárias de vegetais como brócolis e repolho pode reduzir, até pela metade, o risco de câncer de próstata, revelou um estudo do Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, nos Estados Unidos. Teremos então, um aliado contra essa enfermidade?

Alho: Condimento e Medicamento?




Além de ser largamente utilizado na culinária como tempero, o alho tem sido empregado como medicamento a vários séculos. Mais recentemente, estudos têm comprovado a utilização do alho como imuno estimulante, antiaterosclerótico, anticancerígeno e antimicrobiano. E atualmente seu poder terapêutico é reconhecido pelo Ministério da Saúde bem como pelo FDA. Conheça os componentes responsáveis por essas propriedades terapêuticas e de que maneira pode beneficiar sua saúde...
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Por Thaiane Vidal

Linhaça contra câncer de mama e sintomas da menopausa: Cápsulas ou Sementes?


A fama dos benefícios da Linhaça para a saúde já é bastante divulgada. Além das propriedades mais conhecidas, a presença de determinadas substâncias na linhaça tem sido associada à prevenção e controle do câncer de mama e dos sintomas comuns da menopausa.
Mas, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Haveria diferença entre a ingestão de cápsulas de óleo de linhaça e das sementes em si? Tudo é linhaça, mas é igual?
Os benefícios anunciados seriam obtidos independentemente da fonte de linhaça? A praticidade de obtenção das substâncias desejadas torna as pílulas realmente mais vantajosas? E a quantidade? Quanto mais, melhor?

Leite de Soja: Alternativa ao leite?




Atualmente, como todos os grãos, a soja vem sendo explorada para fins preventivos e curativos no que se refere à saúde. O Soymilke, produto alimentício a base de soja é um dos mais famosos e utilizados, sendo o Soymilke Omega um produto lácteo rico em vitaminas, cálcio e ômega 3 e 6. A partir disso, as indicações feitas para esse alimento tangem não só as propriedades da soja como também dos ingredientes adicionados tais como prevenção de osteoporose e câncer. Será que simplesmente a adição desses ingredientes permite que sejam oferecidas a esse produto as indicações referentes aos mesmos? Ainda que sim, será que as concentrações são suficientes para alcançar tal objetivo ou ainda sim o leite de vaca integral é mais vantajoso? E o que garante que existe de fato soja dentro do alimento e não simplesmente a adição de componentes desse grão?

Por Felipe Alves

Seis nozes para combater o colesterol: será mesmo uma boa alternativa?


A hipercolesterolemia é uma doença cardiovascular de alta prevalência em nosso país, e tem como principal forma de prevenção e combate a mudança nos hábitos de vida, principalmente o abandono do tabagismo e do sedentarismo e a diminuição da ingesta de gorduras. Para a maioria dos indivíduos portadores dessa doença essas mudanças representam um sacrifício muito grande, e por isso eles se interessam por medidas mais fáceis e confortáveis de serem tomadas. Muitas dessas medidas são sugeridas por diversas revistas de saúde e nutrição, e uma sugestão muito encontrada é o consumo de noz. É dito que essa oleaginosa é capaz de minimizar os malefícios do excesso de gordura de alguns alimentos por conter arginina, que estimula a dilatação dos vasos, além de apresentar um grande conjunto de antioxidantes, como o ômega-3 e os polifenóis. Há indicações para que após uma refeição gordurosa sejam consumidos 40 gramas, ou seja, seis nozes, para contra-atacar os efeitos ruins desse tipo de alimento, de forma que há venda em farmácias de embalagens com duas unidades de noz moscada. Porém, como pode apenas a promoção da vasodilatação, sem interferências no metabolismo do colesterol, ser capaz de evitar uma aterosclerose a longo prazo? Será que existe outro mecanismo que justifique tal propriedade da noz? Ou será que as revistas, as drogarias e os produtores de noz visam o lucro diante da falta de conhecimento e da busca de soluções fáceis por parte da população?

Berinjela contra o colesterol - Mitos e verdades


São denominadas Dislipidemias, as alterações dos níveis de lipídeos encontradas no sangue. O aumento do colesterol e dos triglicerídeos pode ser o ponto de partida para o surgimento de doenças vasculares, causando complicações como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). No anseio de buscar alternativas não medicamentosas para o tratamento das dislipidemias, a berinjela apresentou-se como um potente alimento funcional no controle de altos níveis plasmáticos de colesterol. A partir destes achados, cápsulas do extrato seco da berinjela passaram a ser vendidas nas farmácias com o tentador slogan de “remédios naturais”, sendo alvo até de manchetes sensacionalistas de revistas femininas. Portanto, seria esta a solução para nossos problemas com a gordura?

Óleo de coco: É possível emagrecer sem esforços?

Perda de peso sem esforço realmente é o que todos querem, mas podemos dizer que causar agressões diárias ao seu estômago é não fazer esforço algum? Náuseas e vômitos parecem ser comuns entre aqueles que tomam várias colheres diárias de óleo de coco. Curioso é que apenas uma colher de sopa de óleo de coco tem mais de 13 gramas de gordura, de modo que quatro colheres somam praticamente a ingestão diária máxima recomendada. Além disso, este óleo tem o teor de gordura saturada mais alto que todos os outros óleos - 10 vezes a gordura saturada do óleo de oliva, por exemplo. Não me parece surpreendente que não existam estudos clínicos documentando a relação entre o óleo de coco e a perda de peso. É importante ressaltar que as indicações de uso vêm sempre acompanhadas da frase “resultados satisfatórios são obtidos quando em associação com exercícios físicos e uma alimentação saudável...”.

Análise do prazo de validade do requeijão tipo cremoso


Por Rafael Maciqueira e Rafaella Rebecchi

O requeijão é um produto tipicamente brasileiro, que possui, como ingrediente básico, o leite e, de acordo com a Portaria n.º 359, de 4 de setembro de 1997 do Ministério da Agricultura, o produto só pode ser reconhecido dessa forma se for "obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite opcionalmente adicionada de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. O produto poderá estar adicionado de condimentos, especiarias e/ou outras substâncias alimentícias."

Verdades e mitos sobre o cogumelo do sol


Conhecido como cogumelo do sol, o fungo Agaricus sylvaticus tem conquistado uma legião de usuários, apresentando-se ao público sob diversas formas. Suas propriedades terapêuticas descritas vão desde agente anti-oxidante até adjuvante na terapia do câncer, o que, associado aos seus efeitos nutricionais de fonte altamente proteica, acarreta na sua crescente utilização como complemento nutricional. Por outro lado, o que pode ser dito sobre os seus efeitos adversos? Como diz o ditado, o natural não faz mal! Ou faz? Algo é relatado quanto à toxicidade desses alimentos... ou medicamentos? Há algum estudo que lida com o seu uso crônico? Cabe aqui uma reflexão sobre este vilão, mocinho ou apenas mais uma moda alimentar.

A Danone e seus probióticos: Activia e Actimel




Em 2008, a ANVISA determinou a suspensão da propaganda do Activia em todo país sob a alegação de que o produto estaria abusando dos meios de comunicação para vender o iogurte como se ele fosse "uma forma de tratamento para o funcionamento intestinal irregular”. Já na Europa, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) julgou improcedentes muitas alegações em favor da eventual melhoria da condição de saúde que o mesmo segmento da indústria alimentícia lá fazia. Um exemplo disso foi a proibição do comercial do Actimel, em que o produto era apontado como responsável por auxiliar jovens a debelar diversas doenças. A“UK’s Advertising Standards Authority” decidiu banir tal propaganda por julgar que estas não tinham embasamento científico. Nos Estados Unidos, a Danone foi multada em 21 milhões de dólares pelas autoridades, pois elas consideraram que a publicidade realizada para a divulgação desses produtos era efetivamente enganosa. Estes fatos nos fazem pensar no que prova a funcionalidade extra desses produtos em relação ao iogurte comum e, se a retirada das propagandas tem algum fundamento.

Avaliação do provável prazo de validade de queijos com soros (do tipo Minas Frescal)

Por:Bruna Torres e Julia Rodrigues

Sabe-se que o queijo minas frescal é um alimento amplamente consumido pelos brasileiros e por ser um produto fresco, é susceptível a alterações microbiológicas e bioquímicas (o que encurta a sua vida útil) e que a qualidade desse produto está relacionada a diversos pontos críticos, como: condições sanitárias dos rebanhos, a qualidade do leite, as condições higiênicas e sanitárias de fabricação, transporte, comercialização, tempo e temperatura de conservação dos queijos durante a estocagem.


Considerando tais aspectos mencionados acima, decidimos através desse trabalho avaliar o prazo de validade determinado pelas indústrias, estabelecendo uma comparação entre a validade dos produtos vendidos a granel e os industrializados.

Linhaça dourada ou marrom ? moída ou inteira?

Atualmente, a linhaça está em grande destaque na mídia devido ao seu possivel potencial emagrecedor e desentoxicador.Com isso muitas pessoas vem fazendo seu uso diariamente com o intuito de emagrecer milagrosamente. Verdade ou não ? Quais os componentes presentes na linhaça que poderiam ter esse efeito e como atuariam. Além disso, existem dois tipos comercializados: a marrom e a dourada, a dourada é importada e mais cara. Também é comercializada na forma de farinha de linhaça, previamente moída, ou em grãos. Há diferença entre esses tipos? A forma moída ainda teria os mesmos componentes que a inteira ou os componentes poderiam se oxidar? Seria apenas uma jogada da marketing para encarecer o produto devido ao seu destaque na Tv?

Aloe vera: só pode cheirar, comer nem pensar!

A espécie vegetal Aloe vera, popularmente conhecida como babosa, teve recentemente a comercialização, importação, fabricação e distribuição proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária quando sob a forma de alimentos e bebidas. A proibição foi calcada na alegação de que os benefícios desta planta não são cientificamente comprovados, tal como a segurança da mesma.
Tá. A justificativa é até aceitável: proibir a comercialização de uma espécie quando seus efeitos sobre o organismo são questionáveis é o que se espera de um Órgão Regulador. O que é estranho é o fato de cosméticos e produtos de limpeza ainda poderem ter em sua composição a babosa. Será, então, que apenas a administração via oral oferece riscos ao indivíduo? É comprovado, então, que o uso tópico ou a inalação são inócuos ao organismo?

Das balas ao chá, será mesmo o gengibre tão milagroso?


Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.
Balas de gengibre são usadas para resfriados, tosses, dor de garganta. Já o chá possui propriedades emagrecedoras/antieméticas e, mais recentemente (2005), foi atribuído ao extrato etanólico de Zingiber officinale, a capacidade de reduzir lipídios e possuir caráter antioxidante em diabéticos.
Porém, de que maneira esse gengibre milagroso será comercializado? Para fazer as tais balinhas, é necessário uma quantidade enorme de açúcar, o que para os diabéticos é inaceitável. Já ao chá poderia até não ser adicionado açúcar, mas de quanto em quanto tempo ele seria recomendado? Cápsulas seriam as melhores opções? Contudo existem riscos associados ao consumo do gengibre como, por exemplo, hemorragias e aumento do fluxo biliar, portanto, quando consumir? E quem deve consumir? Ingerir os pedaços de gengibre seria mais indicado?


As propriedades “curativas” do gengibre estão associadas à diminuição da síntese de prostaglandinas e leucotrienos (inibem COX), logo, possuem ação antiemética, anti-inflamatória e estimulante do trato gastrointestinal, aumentando o peristaltismo. Mais estudos vem sendo realizados, como no artigo “Effect of ethanolic extract of Zingiber officinale on dyslipidaemia in diabetic rats” de 2005, onde foi comprovado que o extrato etanólico do gengibre além de ter efeito antidiabético também reduziu o colesterol total, assim como os triglicerídeos e aumentou os níveis de HDL-colesterol, quando comparado a animais não tratados, representando, na época, um estudo piloto para avaliar o potencial de Zingiber officinale em dislipidemias relacionados ao diabetes.
Quando o princípio ativo Zingiber officinale é procurado no site da ANVISA, são encontradas soluções orais, cápsulas gelatinosas e até drágeas, porém balas e infusões não foram localizadas, talvez porque a área de interesse estava relacionada a “medicamentos fitoterápicos”, no entanto, é neste momento que o consumidor pode ser iludido. Por que o gengibre em outro tipo de apresentação – intitulado como alimento - pode ser encontrado em prateleiras de farmácias sem passar pelas devidas regulamentações? Para a coordenadora de Alimentos da Vigilância Sanitária Estadual de Goiás, Márcia Regina de Moura, existe uma grande confusão sobre o que pode ou não ser vendido em farmácias, o que atrapalha a própria fiscalização do órgão e, ainda, deixa dúvidas nos proprietários destes estabelecimentos. “A lei não é clara. Cristais de gengibre não deveriam estar nas farmácias, bem como alimentos light.” Márcia explica que acontece a confusão por que se acredita que a bala de gengibre ou o cristal fazem bem para a garganta. Sobre os light, ela diz que o produto restringe calorias, tem menos gordura, mas qualquer pessoa pode utilizá-lo. “Não sendo uma categoria específica, como os diet, próprios para diabéticos”, compara.
Portanto, a falta de regulamentação para certos produtos pode significar risco ao consumidor que é levado pela ideia de que determinado insumo é “natural e por isso não faz mal”. Balas de gengibre levam quantidades enormes de açúcar – o que pode aumentar o risco para diabéticos, já o chá, de ação antiemética e digestiva, pode aumentar o fluxo biliar e o risco de hemorragias.
Logo, é de extrema importância que haja além de regulamentação, fiscalização intensa dos produtos expostos nas prateleiras das farmácias e de lojas que vendem produtos naturais, pois não são de conhecimento do consumidor certas reações adversas ou contraindicações, as quais não são especificadas pelos próprios produtores.


Referências Bibliográficas:

http://www.health-care-clinic.org/alternative-medicines/ginger.htm

Effect of ethanolic extract of Zingiber officinale on dyslipidaemia in diabetic rats; Uma Bhandari, Raman kanojia, K.K. Pillai.

http://adoravelnaturologia.blogspot.com/2009/10/as-propriedades-medicinais-do-gengibre.html

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/1/noticia/bb4a35a91cfb350d13da1efe49d3d7ab.html

http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/consulta_produto/Medicamentos/frmConsultaMedicamentosPersistir.asp

Chá mate comercial


A dieta pode modificar o nosso processo natural de envelhecimento,bem como induzir ou suprimir determinadas doenças.No cidade do Rio de Janeiro ,a versão comercial do chá mate, pronto para consumo, é bastante consumida, inclusive nas praias.
A erva mate já tem reconhecida a presença de substâncias antioxidantes e efeitos benéficos, o fato questionável seria se essa versão industrializada manteria essas características.Pesquisas mostraram que a bebida possui efeitos antioxidantes e antinflamatória.Baseando-se na teoria do envelhecimento, na qual a sobreposição de oxidantes a antioxidantes, resulta em processos de envelhecimento celular; a bebida atuaria como um antioxidantes exógeno, desfavorecendo esse ciclo.Além disso, a diminuição de citocinas inflamatórias confirma o efeito antiinflamtório do chá.
As pesquisas com a versão comercial do chá, a princípio,indicam reafirmam essas propriedades "antienvelhecimento",embora ainda não significativas.De qualquer forma, não se pode afirmar o aspecto antienvelhecimento, porém o consumo de alimentos ricos em antioxidantes tem se mostrado eficiente na melhoria da qualidade de vida.

Marcadores: Chá mate, antioxidante.






Chá mate previne envelhecimento?

sábado, 3 de dezembro de 2011

O prazo de validade de azeitonas a granel

Gabriella Figueiredo e Laís Machado

O prazo de validade de produtos a granel, conservados em salmouras, como azeitonas, é um assunto não muito explorado. Encontra-se muito acerca de produtos em sua embalagem final, mas não sobre estes mantidos em salmouras, ficando esta resposta dependente da informação passada pelos responsáveis por estes setores nos supermercados e do pouco que se encontra pela internet. A grande questão é: confiar ou não confiar? O melhor a ser feito é reunir as informações e procurar tirar conclusões adequadas, levando em conta o bom-senso, uma vez que o prazo da validade serve à maioria dos consumidores como um indicador da qualidade, da manutenção das características do produto, além de determinar o fato de comprar ou não comprar.

AVALIAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE EM DIFERENTES APRESENTAÇÕES DE ATUM ENLATADO


Prazo de validade pode ser definido como o tempo de duração do alimento até ser considerado impróprio para o consumo. Mas o que garante esse período de tempo? E como fica para produtos perecíveis acondicionados em embalagens metálicas, os conhecidos enlatados? Eles são muito populares hoje em dia devido à facilidade de consumo. Um dos mais utilizados é o atum enlatado. Nesse caso, será que suas diferentes apresentações modificam o prazo de validade? Quais as alterações que podem ocorrer nesse produto? Como a legislação brasileira se posiciona quanto a isso?

Felipe Alves e Nathalia Hammes

Considerações sobre o prazo de validade de concentrados e molhos a base de tomate


Por Jessica Teixeira

O mercado brasileiro dispõe de uma quantidade considerável de diferentes produtos a base de tomate. Dentre eles, destacam-se os molhos e concentrados. Tais produtos estão disponibilizados em diferentes tipos de embalagens -lata, saché, cartonada, vidro - com diferentes prazos de validade. Na maioria das vezes, os consumidores somente possuem acesso a data de vencimento disposta no rótulo dos produtos, pois a data de fabricação foi omitida. Assim, o consumidor torna-se impossibilitado de avaliar há quanto tempo o produto já foi produzido e decidir se deseja comprar ou não.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Validade do pão de forma: uma questão a ser discutida



O pão de forma é um produto obtido a partir do cozimento da massa doce da farinha de trigo. A massa é moldada em uma forma ou molde antes de ser levada ao forno.
Segundo as definições da ANVISA (2000), “pão é o produto obtido pela cocção, em condições tecnologicamente adequadas, de uma massa fermentada ou não, preparada com farinha de trigo e ou outras farinhas que contenham naturalmente proteínas formadoras de glúten ou adicionadas das mesmas e água, podendo conter outros ingredientes.” E, pão de forma é o “produto obtido pela cocção da massa em fôrmas, apresentando miolo elástico e homogêneo, com poros finos e casca fina e macia”.
O pão de forma é um produto com um teor de umidade relativamente alto. Segundo a ANVISA (2000), o valor máximo de umidade permitido no pão corresponde a 38g para cada 100g do produto.
Comer pão com bolor pode ser perigoso. Alguns tipos de microrganismos produzem compostos tóxicos chamados micotoxinas. Estes podem causar sintomas de gripe, incluindo náuseas, vômitos e diarreia. Para pessoas que tem alergia a mofo, o contato com esses fungos pode causar sintomas ainda mais sérios como espirros, tosse, coceira nos olhos, dentre outros.
Algumas pessoas têm por hábito retirar do pão a parte em que o bolor se encontra, porém isso não diminui de forma alguma a contaminação por esses fungos, pois além desses microrganismos algumas vezes não serem observados a olho nu, eles também liberam esporos que podem contaminar toda a superfície do pão e também outros alimentos que estejam próximos a ele.
Existem diferentes tipos de fungos que podem crescer no pão, e dependendo do tipo, pode haver desenvolvimento de intoxicação alimentar, algumas leves, e outras mais fortes como irritação na boca, nariz e garganta, hemorragia, necrose cutânea, entre outras.
Portanto, em casos de contaminação do pão com o bolor, é recomendado que o produto seja inteiramente jogado fora.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Avaliação do prazo de validade em corte de carne bovina vendida em supermercados da cidade do Rio de Janeiro

Carla Moreira Leal e Daniella Moreira Leal











Atualmente, os supermercados tentam facilitar a vida do consumidor oferecendo produtos de fácil preparo como, por exemplo, a venda de carne bovina moída, em pedaços picados, em bifes, porém essa prática pode comprometer o prazo de validade do alimento além de facilitar assim a contaminação microbiológica e a sua deteriorização.

domingo, 27 de novembro de 2011

Aspectos Relacionados ao Prazo de Validade de Presuntos


Por Célia de Oliveira e Karen Vieira

O prazo de validade relaciona-se ao período de tempo no qual o produto ainda possui qualidade adequada para o consumo. Esta qualidade pode ser definida em função de vários aspectos, como sensoriais (cor, textura, suculência, etc), tecnológicos (pH, capacidade de retenção de água, etc), nutricionais (quantidade de gordura, perfil dos ácidos graxos, grau de oxidação, etc), sanitários (ausência de agentes contagiosos), ausência de resíduos físicos (antibióticos, hormônios, etc), dentre outros. De acordo com a Resolução CISA/MA/MS n° 10, de 31 de julho de 1984, o prazo de validade e as condições de conservação são determinadas pelas empresas produtoras. Entretanto, fica pouco claro de que maneira esse prazo de validade é determinado e até que ponto ele se mantém imparcial (prazos de validade menores podem garantir uma maior rotatividade do produto e prazos maiores, às custas de maior uso de aditivos, podem garantir um maior tempo para comercialização). A RDC n° 259, de 20 de setembro de 2002, estabelece que o prazo de validade é informação obrigatória na rotulagem de alimentos, buscando assim garantir o consumo de alimentos de qualidade ainda adequada. Porém, fica difícil atestar a veracidade dos prazos de validade estabelecidos nos produtos, principalmente aqueles vendidos a granel.

Para a avaliação do prazo de validade de presuntos, foram analisadas 4 formas de comercialização deste produto: fatiado e embalado pela indústria (Perdigão, Seara e Sadia), fatiado e embalado pelo supermercado (Perdigão e Sadia - supermercados Extra e Walmart), fatiado a granel (Rezende - supermercado Mundial) e a peça inteira (Batavo, Perdigão e Sadia), totalizando 13 produtos. As informações foram coletadas nos dias 19/10/11 (Pão de Açúcar) e 21/10/11 (Extra, Walmart e Mundial).

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Avaliação do Prazo de Validade de Néctares de Laranja Industrializados

Por Danielle Oliveira e Nathalia Gambôa


Os sucos de frutas são consumidos e apreciados em todo o mundo, não só pelo seu sabor, mas também por serem fontes naturais de carboidratos, carotenóides, vitaminas, minerais e outros componentes importantes. Uma mudança apropriada na dieta em relação à inclusão de componentes encontrados em frutas e suco de frutas pode ser importante na prevenção de doenças e para uma vida mais saudável. Nos últimos anos, devido principalmente à conscientização sobre as propriedades nutricionais das frutas e dos sucos naturais, ao ritmo de vida acelerado da sociedade atual, e a praticidade de preparo, o interesse do consumidor por esses produtos vem aumentando marcantemente.

O Brasil consolidou-se como o maior produtor mundial de sucos. O segmento de sucos prontos para beber tem apresentado elevadas taxas anuais de crescimento, acima de 42% entre 2004 e 2006, passando de 211,5 milhões de litros para mais de 301 milhões de litros e de R$ 707 milhões para mais de R$ 1,1 bilhão em vendas. Neste contexto, a legislação se faz imprescindível no estabelecimento de regras que contemplem os interesses de todos os envolvidos na cadeia produtiva.

A validade de néctares de diferentes frutas pode variar, dependendo de vários fatores como os meios de produção, adição de conservantes e processos sofridos durante a sua produção industrial, como pasteurização. Vejamos os processos e façamos uma análise dos néctares de laranja Dell Vale.

Comparação do prazo de validade de maioneses comercializadas em diferentes embalagens


A maionese é um produto perecível, os componentes principais da formulação que irão formar a emulsão e a maionese propriamente dita são o óleo vegetal, ovos e amido, dessa forma a maionese pode sofrer alterações físico-químicas através da oxidação dos ácidos graxos e lipídeos do ovo e ácidos graxos insaturados do óleo de soja refinado. Durante as fases de estocagem e distribuição, a luz e o oxigênio atmosférico podem permear através da embalagem havendo uma degradação da qualidade do produto e também a inadequada esterilização durante a etapa de produção ou a falta de higiene durante o manuseio podem causar a proliferação de microorganismos, portanto o prazo de validade desse produto é um ponto importante que deve ser considerado no momento de avaliar a qualidade deste.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Prazo de validade: Análise crítica comparativa de sanduíches naturais comercializados em lanchonetes e praias do Rio de Janeiro

por Michelle Alvares Sarcinelli e Thaís Jeronimo Vidal

O verão se aproxima e, com ele, uma busca incansável pela boa forma. Neste contexto, ganham força os famosos “sanduíches naturais” que, muitas vezes, de naturais não têm nada.

Eles são normalmente constituídos de maionese, creme de leite, carnes, peixes ou frango, que são alimentos altamente perecíveis e que requerem muitos cuidados quanto à higiene e temperatura de armazenamento. Contraditoriamente, são comercializados nas praias, sob sol de 40 ºC, frequentemente visto em nosso país. Por outro lado, têm-se os sanduíches industrializados, preparados com os mesmos ingredientes, e comercializados em lanchonetes e restaurantes, embalados e com prazo de validade estabelecido.

Surgem, então, os seguintes questionamentos: Por que os sanduíches de praia não têm um prazo de validade estabelecido e os industriais, ao contrário, o apresentam? Será que os prazos estabelecidos pelos fabricantes nos sanduíches industrializados são confiáveis? Quais os possíveis riscos resultantes do consumo em condições inadequadas?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Política Nacional de Promoção da Saúde




A publicação da Política Nacional de Promoção da Saúde ratifica o compromisso da atual gestão do Ministério da Saúde na ampliação e qualificação das ações de promoção da saúde nos serviços e na gestão do Sistema Único de Saúde.
MINISTÉRIO DA SAÚDE