Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Albumina ou ovo?



A ovoalbumina ou simplesmente albumina é uma proteína encontrada na clara do ovo indicada por médicos e nutricionistas para pessoas que necessitam de dietas hiperprotéicas, como por exemplo para desnutridos.


Porém, muitos atletas utilizam o suplemento de albumina, como fonte protéica, a fim de aperfeiçoar o treinamento físico e “esculpir” os músculos.



O uso indiscriminado de suplementos a base de proteína, como albumina, pode trazer riscos à saúde, como alteração dos órgãos de metabolização como fígado e rins.
As dúvidas mais recorrentes quando o assunto é albumina para atletas envolvem: “Como devo utilizar a albumina?”, “Quais são as fontes naturais de proteínas “ O uso indiscriminado pode trazer complicações a saúde?”

Essas perguntas deveriam ser respondidas com maior clareza pelos fabricantes de albumina em pó, ao invés de apenas associar alegações benéficas ao produto. Lemon (1997) em seu artigo sugere que dietas hiperprotéicas não aumentam necessariamente a massa muscular e também podem elevar as perdas urinárias de cálcio; além disso, aumentam a perda hídrica, devido à excreção urinária para a eliminação do nitrogênio adicional encontrado nesse tipo de dieta. Portanto, a reposição hídrica deve ser monitorada com maior cuidado quando há o consumo de dietas ricas em proteínas a fim de evitar dano renal e acúmulo de nitrogênio no organismo.

Apesar de pesquisadores demonstrarem o risco de uma dieta hiperprotéica, os fabricantes desses produtos não parecem preocupados em informar os riscos ao consumidor mas sim os benefícios, como por exemplo, encontrado no site de uma marca que comercializa albumina em pó pela Internet:

” Suplementos de Albumina são baseados na proteína do ovo, especificamente na clara do ovo. A Albumina é uma forma segura e econômica de obter uma proteína de alta qualidade. É fundamental para o crescimento e regeneração muscular. É indicada para pessoas cujo objetivo é o aumento de massa muscular ou para pessoas cujas dietas possuam grandes quantidades de proteína. Ideal para praticantes de musculação e atividades físicas que requerem força.”


A anvisa, em consulta pública nº 60, de 13 de novembro de 2008, em que Dispõe sobre Alimentos para Atletas, diz que:

“ 7.8 Não é permitido o uso de alegações de propriedades funcional e ou de saúde na rotulagem, ou em qualquer meio de divulgação, dos produtos objetos deste regulamento.”

Também deveria ser encontrado nos rótulos de albumina comercial advertências, riscos, e efeito colateral, e não apenas “nutrition claims”.

Já que a ovoalbumina é obtida através da clara do ovo, por que não alimentar-se de ovo quando há real necessidade de suplemento protéico para a saúde? Segundo a tabela de composição química dos alimentos, United States Department of Agriculture (USDA) Nutrient Database for Standard Reference - SR14 2001, (Tabela 1) a clara crua do ovo de galinha é composta segundo a tabela abaixo




Tabela 1- Composição clara ovo crua


Como pode ser observado a clara do ovo é composta principalmente por água, 87, 57g, e os valores expressos para uma porção de 100g.
Já a tabela da composição de uma albumina comercializada na forma de pó (tabela 2), expressaram os valores de valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibras alimentares, sódio para uma porção de 14g, e os valores de minerais, vitaminas e aminoácidos para uma porção de 100g.
A quantidade de proteínas na porção de 14g de albumina em pó corresponde à 11g, já em uma porção de 100g da clara do ovo o valor é de 10,9, esta diferença entre porções ocorre porque na clara crua é encontrada uma grande quantidade de água, porém, os aminoácidos presentes são os mesmos, alanina, arginina, ácido aspártico, cistina, glicina entre outros conforme tabela 2.




Tabela 2-Composição albumina em pó





Pode-se considerar que um ovo possui em média 60g de peso, e que desses 35g corresponda à clara, portanto uma porção de 100g de clara equivale à 2-3 ovos, portanto seria melhor consumir 3 ovos ou um shake de albumina em pó?

E, segundo a última revisão da RDA (Recommended Dietary Allowances), a necessidade diária recomendada da ingestão de proteínas para os indivíduos é de 0,8g/kg de peso corporal/dia. Portanto, necessitamos ingerir proteínas das mais diversas fontes e não apenas albumina, uma vez que nosso organismo degrada as proteínas da alimentação em aminoácidos para a síntese de novas proteínas endógenas. Portanto, seu organismo não diferencia proteína obtida do ovo ou da carne.
Além do mais, não há estudos científicos que comprovem que exista relação benéfica entre suplementação alimentar protéica e ganho de massa magra e força física. (Nissen & Sharp, 2003). Portanto, o indivíduo que malha ganha músculos por conta da ingestão de albumina ou pela prática do exercício físico? A pessoa que não malha mas faz ingestão de albumina também seria benefíciada se esta teoria fosse verdadeira...
Vale ressaltar que a ingesta calórica diária deve ser compatível com o gasto energético e recomendação nutricional diária e que qualquer suplementação alimentar deve ser acompanhada de orientação profissional uma vez que todas as intervenções podem trazer benefícios mas também riscos a saúde.

Referências
CADE JR, REESE RH,PRIVETTE RM ET AL . Dietary intervention and training in swimmers. European Journal of Applied Physiology 63,210-15, 1992

STEVEN L. NISSEN1 AND RICK L. SHARP., Effect of dietary supplements on lean mass and strength gains with resistance exercise: a meta-analysis. J Appl Physiol 94: 651–659, 2003. First published October 25,2002;10.1152/japplphysiol.00755.2002

LEMON PW,TARNOPOLSKY MA, MACDOUGALL JD et al . Protein requirements and muscle mass/strength changes during intensive training in novicebodybuilders. Journal of Applied Physiology 73, 767-75, 1992

12 comentários:

  1. Há na literatura estudos que mostram que o consumo de uma dieta de conteúdo normal de proteína (12-15% do total de energia), mesmo atletas em treino não requerem qualquer suplementação proteica. O excesso de ingestão proteica pode aumentar a produção de uréia, causar cólica abdominal e diarréia e aumentar o risco de desidratação. Além disso, como a proteína é a principal fonte de produção ácida endógena através da excreção de sulfato, essa produção aumentada pode influenciar negativamente a densidade mineral óssea, se não for balanceada com uma dieta adequada (frutas e vegetais).
    No momento, existem poucas evidências do benefício da suplementação proteica, desde que se tenha uma dieta normal. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, o consumo adicional de suplementos proteicos acima das necessidades diárias de um atleta, as quais podem ser contempladas por uma alimentação saudável, não determina ganho de massa muscular adicional, nem aumento do desempenho.
    Para todos os produtos previstos no regulamento em consulta pública nº 60, de 13 de novembro de 2008, em que Dispõe sobre Alimentos para Atletas:

    “Este alimento é destinado exclusivamente a atletas sob recomendação de nutricionista ou médico e não substitui uma alimentação equilibrada.”

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  2. O ovo já sofreu e sofrerá de diversas criticas e elogios, não é de se espantar que um derivado sintético, não seja alvo desse mesmo tipo de comportamento, o importante é se manter popular. Primeiramente gostaria de reconhecer a importância da albumina, a proteína mais presente no ovo, que por sua vez é considerado como padrão proteico pela OMS, uma vez que demais proteínas que não sigam as mesmas concentrações especificas de aminoácidos, podem ser chamadas de deficientes, como seria o caso das proteínas do feijão. Dentro dessa logica, não parece uma má ideia sua utilização para o ganho de massa muscular, ou suprir a necessidade de proteína diária, evitando o consumo excessivo de certos aminoácidos em detrimento de outros, que poderiam ser desviados para a via glicolítica ou gliconeogênese. Alem disso, para quem não imagina que benefícios a um comprimido de albumina pode trazer em relação a claras de ovos, provavelmente nunca tentou comer 3 claras de ovos em jejum antes de ir correr na lagoa pela manhã.

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  3. coloca 2 praticantes de musculação que treinam com grande intensidade e se alimentado um com 0,8g/kg de proteína e outro com 2g/kg e depois de 6 meses tira uma foto de cada um e posta para a gente ver qual foi a evolução muscular individual.

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  4. Achei MUITO fraco o artigo, poucas citações, bastante tendencioso. é evidente que uma pessoa que faz pouco ou nenhum exercício - que realmente precisa consumir 0.8g/kg de proteína - não deve fazer suplementação com albumina. Mas existem literalmente dezenas de referências que mostram que atletas que buscam hipertrofia devem consurmir 1.2-2g/kg de proteína. Foi só fazer uma pesquisa no google scholar pra saltar dezenas de artigos relacionados. Leiam este aqui, as 9 primeiras referências utilizadas no artigo cobrem essa parte. Bons estudos. Fonte: http://www.jissn.com/content/9/1/54

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  5. Só complementando pra quem ficar com preguiça de pesquisar: For maximal muscle hypertrophy to occur, weightlifters need to consume 1.2-2.0 grams (g). protein kilogram. (kg)-1 and > 44–50 kilocalories (kcal).kg-1 body weight daily [1-9]. This is considerably higher than the recommended dietary allowance (RDA) for protein (currently 0.8 g.kg-1) which meets the needs of 97.5% of all healthy adult Americans not engaged in weightlifting with the intent of gaining muscle mass [8]. Table 1 summarizes ranges for protein intake for weightlifters based on previous literature reviews.

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  6. Bianca Rodrigues da Silva25 de maio de 2014 às 21:25

    Tanto a albumina quanto o ovo são tratados da mesma forma por muitos: proteína/kg. A albumina é uma das fontes de proteína mais utilizadas por quem faz musculação ou pratica qualquer atividade física. Os levantadores de peso consomem algo entre 1 e 3,5 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia e a maioria desta proteína está na forma de suplemento. Atletas de alto nível chegam a ingerir 5 g/kg. Entretanto, para se seguir uma dieta hiperproteica, é necessário um acompanhamento profissional, haja vista que os efeitos colaterais da alta ingestão de proteínas podem ser danosos à saúde do indivíduo. Existe uma crença popular antiga entre os atletas de que a proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho, mas pesquisas não apoiam esta teoria e observa-se que a pequena quantidade de proteína necessária para o desenvolvimento muscular durante o treinamento é facilmente atingida por uma alimentação balanceada regular.
    A utilização de suplementos com proteínas e aminoácidos comerciais tem aumentado entre os atletas e esportistas, tendo como objetivo a substituição de proteínas da dieta, o uso para aumentar o valor biológico das proteínas da refeição e, ainda, por seus efeitos anticatabolizantes e anabolizantes.

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  7. Parabéns pelo post!
    Minha dieta é rica em proteínas e a albumina esta inclusa.
    Faço o uso com o Shake ou simplesmente comendo a clara do ovo.
    http://www.suplementosrm.com.br

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  8. Priscilla Medeiros de Castro DRE:11102649230 de outubro de 2014 às 22:47

    A prática de exercícios físicos vem favorecendo a utilização de diversos recursos com fins emagrecedores, como dietas, suplementos alimentares e até medicamentos moderadores de apetite. A energia necessária para a realização de exercícios prolongados, de baixa a moderada intensidade, é originária do metabolismo aeróbio. Os lipídios são substratos predominantes para o músculo durante exercícios. O fornecimento de energia a órgãos e células, através da hidrólise dos lipídios é função exclusiva dos adipócitos pela lipólise. A regulação deste processo ocorre pela demanda de nutrientes, emissão de sinais aferentes pelo sistema nervoso (simpático e parassimpático) e ação hormonal. Sendo assim, a obtenção de energia a partir dos lipídeos armazenados nos adipócitos deve ultrapassar algumas etapas, sendo elas: mobilização dos ácidos graxos dos adipócitos, seguido do transporte até as células musculares, mobilização dos ácidos graxos dos estoques intramusculares de triglicerídeos (TG), transporte para dentro da mitocôndria e, por fim, a β-oxidação.
    Acredita-se que a suplementação com albumina ministrada agudamente otimize a redução do percentual de gordura por tratar-se de uma proteína de transporte considerada elemento-chave no que se refere à capacidade de utilização de gordura como substrato energético pelo organismo. Sendo assim, há evidencias de uma maior disponibilidade desta proteína de transporte favorece o emagrecimento.
    Entretanto, não é de hoje que se ouve frequentemente que o consumo excessivo de proteínas pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins. Antes dos aminoácidos poderem servir como fonte de energia, eles necessitam perder seu grupo nitrogenado através de dos processos de desaminação e transaminação. Uma ingestão excessiva de proteínas irá aumentar a utilização desses dois mecanismos, levando a uma maior sobrecarga do fígado e dos rins. Outro ponto importante é que este tipo de dieta pode aumentar o risco de desidratação, pois a uréia, produto do metabolismo das proteínas, que estará em maior quantidade no sangue em dietas hiperprotéicas, é eliminada via urinária e solubilizada em água. Com isso, uma maior quantidade de água é perdida pela urina. Além disso, há evidencias de perda de massa óssea devido a eliminação de cálcio. Sendo assim, atletas e praticantes de exercícios físicos muitas vezes não têm a necessidade de aumentar sua ingestão de proteína em relação à sua dieta habitual, uma vez que, além da quantidade de proteína da dieta, existem também outros fatores de extrema importância que devem ser considerados para a melhora da performance e da composição corporal.

    Sakamoto, M. ALBUMINA, UM TRANSPORTADOR DE LIPÍDEOS OU UMA FERRAMENTA PARA O EMAGRECIMENTO? VII Jornada de Iniciação Científica - 2011

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  9. Letícia Biancamano Pina24 de abril de 2016 às 16:36

    Os questionamentos realizados na publicação são interessantes do ponto de vista a saber até onde o uso de suplementos alimentares é necessário, e por que substituir refeições reais por esses?
    A seguir, há a citação de regulamentações da ANVISA que se encaixam no tema e que se encontram mais atualizadas (14 de março de 2016)
    “Representações que afirmem ou sugiram a existência de uma relação entre o consumo de determinado alimento ou seu constituinte e a saúde podem ser veiculadas quando forem atendidas as diretrizes básicas para comprovação de propriedades funcionais ou de saúde estabelecidas na Resolução n. 18, de 30 de abril de 1999. ’’
    Além da segurança do alimento, essas diretrizes visam que as alegações sejam comprovadas cientificamente e não induzam o consumidor ao engano.
    Sabendo da regulamentação atual, o consumidor deve analisar todas as informações oferecidas pelo fornecedor, sendo um dos primeiros meios para se avaliar a segurança do produto (estar dentro das normas estabelecidas pela ANVISA).
    No caso da albumina, sabe-se que se trata de uma proteína de alto valor biológico que contém os nove aminoácidos essenciais (leucina, lisina, isoleucina, metionina, fenilalanina, treonina, valina, triptofano e histidina). Estudo recente relaciona níveis séricos baixos de albumina com diminuição de força muscular (então a presença de albumina aumenta a funcionalidade dos músculos). Além disso, a albumina por ser uma proteína de lenta absorção e que retarda o esvaziamento gástrico, garante maior sensação de saciedade, ajudando no controle de peso.
    A albumina desempenha diversas funções no metabolismo como o transporte de nutrientes pela corrente sanguínea (entre eles cálcio, bilirrubina e magnésio) e a manutenção de um equilíbrio osmótico adequado.
    Segundo o portal r7, para quem pratica musculação, a principal função da albumina se dá pelo seu papel no fornecimento e transporte de aminoácidos para o tecido muscular. Ou seja, não somente é uma fonte de aminoácidos, como também é uma excelente transportadora destes e outros nutrientes para os músculos e tendões.
    Ainda no portal r7, um estudo realizado por pesquisadores da Ball State University nos Estados Unidos demonstrou os benefícios da albumina na regeneração muscular após o treino. A pesquisa se deu por: durante quatro semanas, 17 fisiculturistas foram submetidos a um treino mais intenso que o habitual, sendo que após as duas primeiras semanas da pesquisa metade dos participantes começou a utilizar o suplemento albumina, enquanto o restante do grupo recebeu um placebo.
    Ao final do estudo, os pesquisadores puderam constatar que o grupo que havia recebido o suplemento albumina apresentou melhores níveis de testosterona e hemoglobina quando comparado aos participantes que somente tomaram o placebo.
    A albumina pode sobrecarregar os rins, já que eles são responsáveis por metabolizar o excesso de proteínas ingeridas através da suplementação. Além disso, gases e até mesmo diarreia não são incomuns em quem utiliza o suplemento.
    Conclui-se que o suplemento alimentar de albumina apresentou resultados positivos em estudos relacionados à aquisição de força e massa muscular, porém os efeitos adversos devem ficar claros ao consumidor (deve procurar sempre a ajuda de um profissional qualificado para sua orientação). E com a falta de tempo/rotina cansativa, a albumina em pó se tornou uma opção prática para o dia-a-dia.
    Nas tabelas apresentadas na publicação, percebe-se grande semelhança na composição centesimal entre clara de ovo in natura e albumina industrializada, porém a quantidade de sódio é discrepante entre elas, podendo ser prejudicial em indivíduos que fazem uso do suplemento.

    Referências
    Alegações de propriedade funcional e de saúde, acesso em 24/04/16, disponível em< portal.anvisa.gov.br >

    Albumina- O que é, para que serve, Benefícios e Efeitos Colaterais, acesso em 24/04/2016, disponível em< http://www.mundoboaforma.com.br/albumina-o-que-e-para-que-serve-beneficios-e-efeitos-colaterais/>


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  10. Ao passar dos anos, os estudos em torno do consumo de proteínas e ganho de massa muscular cresceram.
    A albumina é um suplemento com elevada concentração de proteínas, obtida a partir da clara do ovo desidratada e pasteurizada, sendo facilmente digerida e absorvida, dentre os seus efeitos mais conhecidos estão a melhora da síntese proteica e redução do catabolismo muscular, além de auxiliar na recuperação muscular fornecer aminoácidos importantes que vão contribuir para o aumento da musculatura e de massa magra.
    Um estudo analisou a suplementação da proteína do ovo após o exercício físico, observando uma maior síntese proteica muscular, mas atinge um patamar após a ingestão de 20 g de proteína de alta qualidade. Sendo assim, existe uma dose eficaz máxima de aminoácidos na dieta para estimular o anabolismo muscular após exercícios de resistência.
    Todas as pessoas tem que ficar atenta ao consumo exagerado de proteínas, de acordo com a Tabela Ingestão Diária Recomendada para Adultos publicada no artigo Dietary reference intakes a quantidade ideal diária de proteína é de aproximadamente 46g para um adulto normal, sem ser atleta e ao fazer suplementação de proteína ou comer grandes quantidades de ovos, podemos causar quadros graves de hiperproteinemia levando ao desenvolvimento da aterosclerose e de doenças cardíacas, Osteoporose, pois o excesso de proteína pode causar aumento da excreção de cálcio, Pedra nos rins e problemas no fígado.
    De acordo com a ANVISA é permitido a suplementação para atleta desde que os suplementos protéicos devem atender certos requisitos: I - o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína na porção; II - o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético total proveniente das proteínas.
    Podemos concluir que uma dieta com proteínas estimula o crescimento da massa muscular, porém não necessita de suplementação proteica pois você consegue a ingestão de proteínas variadas em sua alimentação.


    OLIVEIRA, Romário Araujo. Efeitos da combinação de diferentes suplementos alimentares na hipertrofia muscular em praticantes de treinamento de força. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 7, n. 40, 2013.
    MOORE, Daniel R. et al. Ingested protein dose response of muscle and albumin protein synthesis after resistance exercise in young men. The American journal of clinical nutrition, v. 89, n. 1, p. 161-168, 2009.

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  11. Achei muito interessante o post, pois precisa-se realmente identificar se é melhor ingerir mais ovos por dia ou se um shake de albumina consegue substituir, e se o objetivo de desenvolver mais massa muscular pode ser atingido. Entretanto, relacionando este artigo à área farmacêutica, precisa evidenciar que a albumina é uma proteína plasmática que se liga facilmente a fármacos na corrente sanguínea, diminuindo sua biodisponibildade. Por isso, é importante estudar também se essas pessoas que fazem uso desses suplementos possuem dificuldade em sentir o efeito terapêutico quando tomam algum medicamento.

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  12. Não é novidade que o consumo excessivo de proteínas pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins. Antes dos aminoácidos poderem servir como fonte de energia, eles necessitam perder seu grupo nitrogenado através de dos processos de desaminação e transaminação. Uma ingestão excessiva de proteínas irá aumentar a utilização desses dois mecanismos, levando a uma maior sobrecarga do fígado e dos rins, exigindo um cuidado no consumo de suplementos proteicos. Além disso, há na literatura estudos que mostram que o consumo de uma dieta de conteúdo normal de proteína (12-15% do total de energia), mesmo atletas em treino não requerem qualquer suplementação proteica.

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