Introdução
Um excelente maneira de cuidar da nossa saúde
é através da alimentação. Alimentos fritos são os primeiros que devem sair da
lista e também os óleos feitos a partir da gordura animal como a banha de
porco. Uma opção muito mais saudável é substituir o óleo vegetal de todo dia
(soja, canola, etc) pelo óleo de coco. Existem duas versões dele: o refinado,
que é fabricado a partir do coco seco, e o extravirgem, feito com o coco fresco
(a extração do óleo deve ser feita até 48 horas após a colheita). Esses são fatores
importantes para se observar na hora da compra, e se o coco for de plantação
orgânica, a qualidade do óleo será ainda melhor.
Que a água de coco é rica em
sais minerais e vitaminas, é um ótimo isotônico natural e traz inúmeros
benefícios à saúde não é nenhum segredo. Mas é outro produto derivado da fruta
que vem fazendo sucesso com a promessa de eliminar os quilinhos a mais: é o
óleo de coco extravirgem. Um ótimo complemento para manter a dieta equilibrada
e com inúmeras propriedades benéficas para a saúde.
O óleo de coco é um produto natural, de origem vegetal. Ele é
extraído por meio de um processo de prensagem a frio da carne do coco, sem
passar por processos de refinamento e desodorização, assim as propriedades são
mantidas. Isso evita a oxidação e a consequente produção de LDL (colesterol
ruim). Com ação antioxidante, ele age na estrutura e funcionamento do sistema
metabólico.
Fundamentos bromatológicos
O óleo extraído não possui aditivos
e deve possuir uma acidez menor do que 0,5%. Primeiro é fundamental entender
que o óleo de coco é composto por 64% de ácidos graxos ou triglicerídeos de
cadeia média como: ácido láurico (47%), ácido caprílico (9%) e o ácido cáprico
(7%).
Os triglicerídeos de cadeia média (TCM)
são digeridos e utilizados de forma diferente dos triglicerídeos de cadeia
longa (ácido mirístico, ácido palmítico e ácido esteárico). Eles parecem não se
acoplar a lipoproteínas e não circular na corrente sanguínea como outras
gorduras, assim são metabolizados diretamente no fígado e convertidos em
energia. Essa propriedade parece, de fato, favorecer a diminuição da insulina,
colesterol ruim (LDL) e da glicemia. Isso
significa que são absorvidos facilmente pelo fígado e metabolizados, se
transformando em energia. Portanto, a gordura vinda do óleo não seria
armazenada dentro dos adipócitos, sendo gasta como forma de energia para as
funções do corpo.
Legislação
Segundo a Resolução nº 482, de 23 de setembro de 1999 da
ANVISA, o óleo ou gordura de coco é o óleo comestível obtido do fruto de Cocos
nucifera (coco) através de processos tecnológicos adequados. Este pode ser obtido pelos processos
de extração e refino (óleo ou gordura de coco) ou obtido pelo processo de
extração (óleo ou gordura de coco bruto). Para o consumo humano, este último
deve ser submetido ao processo de refino. Como requisitos, o óleo ou gordura de
coco deve ser límpido e isento de impurezas a 40ºC, possuindo cor, odor e sabor
característicos. As características físicas e químicas, bem como a composição
de ácidos graxos, encontram-se descritas nas tabelas abaixo:
Análise e discussão
Abaixo encontram-se a composição de
ácidos graxos presentes no óleo de coco e no óleo de cozinha.
ÓLEO
DE COZINHA
ÓLEO
DE COCO
O que se observa é que o óleo de
cozinha tem uma quantidade expressivamente maior de ácidos graxos poliinsaturados
de cadeia longa, como por exemplo o ácido linoleico e o oleico, que são
rapidamente armazenados nos adipócitos formando gordura quando comparado ao
óleo de coco, esse por sua vez, possui em maior quantidade o ácido mirístico, láurico
e caprílico que são ácidos graxos saturados de cadeia média e que estão
presentes em quantidades menores no óleo de cozinha, esses últimos possuem
inúmeros benefícios a saúde como:
·
Atua
como poderoso auxiliar na redução da gordura, principalmente a abdominal,
devido a sua ação termogênica que acelera o metabolismo;
·
É um
tipo de gordura que tende a gerar saciedade, diminuindo a fome;
·
Regula
a função intestinal, tanto em casos de “intestino preguiçoso” como em situações
de diarreia, os componentes da gordura de coco atuam normalizando as funções
intestinais;
·
Seu
uso regular melhora a saúde geral e ajuda a reduzir os níveis de LDL (colesterol
ruim) e aumenta os níveis de HDL (colesterol bom);
·
Por
ter ação antioxidante, contribui para diminuir a produção de radicais livres e,
com isso, retarda o envelhecimento da pele e previne doenças crônicas;
·
Atua
como protetor cardiovascular e dos problemas da tireoide;
·
Melhora
o sistema imunológico;
·
Alivia
os sintomas da menopausa e da tensão pré-menstrual (TPM).
·
Alta
concentração de ácido láurico
·
O
óleo de coco extravirgem é o único óleo vegetal que contém alta concentração de
ácido láurico, o mesmo presente no leite materno e responsável por fortalecer o
sistema imunológico. Esse ácido é conhecido pela sua ação antivírus,
antifúngica e antibacteriana.
·
No
organismo o ácido láurico é convertido em monolaurina, que auxilia no combate a
inúmeras infecções.
Perguntas frequentes:
Como
consumir o Óleo de Coco?
Não é porque o óleo de coco é uma
substância cheia de benefícios que ele pode ser consumo de maneira exagerada.
Afinal de contas, ele ainda é um óleo e por isso, possui uma grande quantidade
de calorias. Uma ou duas colheres de sopa por dia é o suficiente para oferecer
todos os benefícios do óleo. Ele pode ser colocado em saladas e sucos, ou seja,
dê preferência aos pratos frios.
Quanto às frituras com óleo de coco
ainda há controvérsias. Porém, uma coisa é certa: quando aquecido em
temperaturas muito elevadas ele perde as suas propriedades antioxidantes e
também suas moléculas de rearranjam de forma que ele se transforma num óleo
comum.
Como tomar o Óleo de Coco?
O óleo de coco é encontrado em lojas de
produtos naturais e também na maioria dos grandes supermercados brasileiros em
sua versão em cápsulas para facilitar o consumo.
As maneiras de utilizá-lo são muitas. Por ser um óleo bastante
estável – ao ser aquecido não perde suas propriedades nutricionais – é
excelente para uso culinário.
Os nutricionistas têm indicado o óleo de coco como complemento a dieta diária.
A recomendação é consumir duas ou três colheres de sopa do produto por dia, mas
sem exageros, pois o consumo em excesso, em alguns casos, pode ocasionar
diarreias.
O óleo pode ser tomado puro ou misturado a outros alimentos. O ideal é que
sejam preparações frias para preservar as propriedades nutricionais. Uma opção
é utilizá-lo como tempero de saladas, misturado ao iogurte ou em shakes.
Consumo exagerado e os malefícios
O óleo de coco é realmente um
alimento cheio de benefícios, mas pode facilmente se transformar no vilão se
for ingerido em excesso. Por mais que ele seja um tipo de gordura benéfica para
o nosso corpo, o fígado só consegue metabolizar até uma determinada quantidade.
O restante acaba indo parar na corrente sanguínea e se acumulando nas paredes
dos vasos sanguíneos ou então parando dentro dos adipócitos, aumentando a
circunferência abdominal.
Conclusão
Conclui-se que devido as suas
inúmeras propriedades e benefícios, o óleo de coco é um bom substituinte ao
óleo de cozinha, principalmente para as pessoas que tem a desejo de emagrecer e
diminuir os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares.
Referências
·
Resolução 482 de 23 de setembro de 1999