Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Farinha Láctea Nestlé: alimento saudável ou vilão?

      A Farinha Láctea é uma combinação fortificada de cereal e leite que promete às crianças força e preparo para cada momento de sua vida. No entanto, será que essa “força”, embasada pela riqueza de vitaminas e sais minerais em sua composição, compensa a quantidade exacerbada de farinha de trigo e açúcar presentes na qual? Quais os males que este alimento pode causar às crianças quando consumido frequentemente? Este trabalho visa justamente estudar e responder estes questionamentos, a fim de esclarecer aos pais e responsáveis se é recomendável ou não adicionar a dieta de suas crianças tal produto. 


Imagem 1: Farinha Láctea – NESTLÉ. Disponível em: https://www.nestle.com.br/marcas/farinha-lactea-nestle/farinha-lactea-nestle-tradicional. Acesso em: 29/09/2020

Apresentação do Produto

     No ano de 1867, o fundador da Nestlé, o farmacêutico alemão Henri Nestlé, lança sua “Farinha Láctea” em Vevey, na Suíça. É uma combinação de leite de vaca, farinha de trigo e açúcar, que Nestlé desenvolve para ser consumida por bebês que não podem ser amamentados, para ajudar a combater as altas taxas de mortalidade infantil.

     Passado alguns séculos, a Farinha Láctea manteve-se ativa no mercado e nas farmácias, porém não mais como um produto destinado a bebês e recém nascidos. Hoje em dia, indica-se consumir a partir dos 3 anos de idade, como suplemento alimentar, a fim de sanar algumas carências vitamínicas e minerais. Isso porque a Farinha Láctea é considerada uma combinação fortificada de cereal e leite que contém vitaminas B1, B5, B6 e C, ferro e zinco.

     Apesar do seu público-alvo infantil, a Farinha Láctea é também muito apreciada por jovens, adultos e idosos, que costumam adicioná-la às frutas e às suas receitas de mingau, vitaminas e batidas, tendo em vista a textura e o sabor adocicado da qual que será discutido melhor nos próximos tópicos.


Fundamentos Bromatológicos

     A começar pelos aspectos sensoriais, a Farinha Láctea tem uma coloração pálida, levemente amarelada, próxima a cor palha, sabor doce, textura arenosa, leve e de fácil fragmentação mecânica, bem como um aroma adocicado. No entanto é válido destacar que tais afirmações foram feitas a partir de uma análise empírica do alimento objeto deste estudo, haja visto que não há informações no próprio site da Nestlé, no rótulo da embalagem ou na internet que as validem.

     Já em relação a composição química do alimento, vide o rótulo abaixo que contém as informações nutricionais do produto:

Imagem 2: Rótulo – Farinha Láctea Nestlé. Disponível em:  https://www.drogariavenancio.com.br/farinha-lactea-nestle-tradicional-210g/p?idsku=68524 . Acesso em: 03/10/2020


     Ao observar o rótulo é possível ver uma quantidade considerável de carboidratos e açúcares para uma porção de 30g de Farinha Láctea, assim como uma quantidade grande de vitaminas e minerais.

     Para fins de definição, segundo a RESOLUÇÃO - RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, carboidratos e açúcares são:

2.5. Carboidratos ou hidratos de carbono ou glicídios: são todos os monos, di e polissacarídeos, incluídos os polióis presentes no alimento, que são digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano.

2.5.1. Açúcares: são todos os monossacarídeos e dissacarídeos presentes em um alimento que são digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano. Não se incluem os polióis.

     Além disso, ao observar os ingredientes, é possível perceber a presença considerável de um componente um tanto quanto problemático, precursor de inúmeras discussões: a farinha de trigo.  

Imagem 3: Ingredientes – Farinha Láctea Nestlé. Disponível em: https://www.nestle.com.br/marcas/farinha-lactea-nestle/farinha-lactea-nestle-tradicional Acesso em: 03/10/2020

Segundo a PORTARIA Nº 354, DE 18 DE JULHO DE 1996, entende-se por Farinha de Trigo o produto obtido a partir da espécie Triticum seativan ou de outras espécies do gênero Triticum reconhecidas (exceto Triticum durum) através do processo de moagem do grão de trigo beneficiado. À farinha obtida poderá ser acrescido outros componentes, de acordo com o especificado na presente Norma.

     Neste caso, foi acrescido a farinha de trigo ferro e ácido fólico, dois componentes essenciais para o combate a má formação de bebês durante a gestação e anemia. Entretanto, a quantidade exacerbada de farinha de trigo presente em mais de 50% de sua composição pode ser também um risco à saúde, ainda mais se consumida com frequência e em grande quantidade por crianças e adultos.  


Legislação

CAPÍTULO V E VI DO RIISPOA - Lei Nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950 que dispõe sobre a Inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, regulamentada pelo Decreto Nº 30.691 de 29 de março de 1952 e suas alterações.

Art. 673 - Entende-se por "farinha láctea" o produto resultante de dessecação em condições próprias, da mistura de leite com farinha de cereais e leguminosas, cujo amido tenha sido tornado solúvel por técnica apropriada.

Parágrafo único - É permitida a adição de cacau, ou de chocolate em pó, de malte ou de outras substâncias às farinhas lácteas, desde que tenham aplicação na dietética e sejam permitidas pelo D.I.P.O.A.

Art. 674 - A farinha láctea deve atender as seguintes especificações:

1 - Ser obtida de matéria-prima e de substâncias que satisfaçam à regulamentação vigente;

2 - Apresentar caracteres normais, inclusive boa solubilidade em água;

3 - Ter no mínimo 20% (vinte por cento) de extrato seco total de leite;

4 - Ter no mínimo 5% (cinco por cento) de gordura láctea;

5 - Não ter mais de 6% (seis por cento) de umidade;

6 - Ter no mínimo 30% (trinta por cento) de farinha de cereais ou de leguminosas;

7 - Não ter mais de 1% (um por cento) de celulose;

8 - Não conter substâncias conservadores.

Parágrafo único - O acondicionamento de farinha láctea deve ser feito de modo que o produto fique ao abrigo do ar ou de qualquer fator de deterioração.


Discussão

     O valor de ingestão diária de carboidratos recomendado para crianças e adultos é semelhante e fica em torno de 300g por dia. Ao analisar as informações nutricionais da Farinha Láctea, a quantidade de carboidratos presentes na qual pode até parecer pouco quando comparado aos valores diários de referência (VDR). No entanto, se considerar o consumo de Farinha Láctea como complementar a uma dieta já rica em carboidratos, isso futuramente pode se tornar um problema. E considerando que uma dieta de 2000 Kcal atenda a necessidade energética de um adulto, enquanto a de uma criança entre 4 e 8 anos de idade varia de 1200 a 1800 kcal (dependendo da sua condição de saúde), significa que para uma criança, o consumo exagerado ou frequente deste produto pode exceder o valor recomendado e causar males à sua saúde.

     A sacarose (glicose + frutose) ou açúcar comum é o carboidrato majoritário, proveniente principalmente da farinha de trigo, do açúcar e do leite em pó integral, os três principais componentes da Farinha Láctea. O açúcar utilizado na sua preparação é o branco e refinado, mais barato, porém escasso de sais minerais e muito pobre em nutrientes, além de super calórico. É de rápida digestão, logo apresenta um alto índice glicêmico. Não o bastante, uma parte do excesso desse carboidrato ingerido é armazenado nas células sob a forma de glicogênio - uma importante reserva energética - e a outra é convertida em gordura, sendo armazenada nas células adiposas. Sabe-se o quanto os carboidratos são importantes para gerar energia sob a forma de glicose e manter o funcionamento normal de nossas células, especialmente do nosso cérebro, mas se ingerido em grande quantidade, pode também trazer malefícios, como obesidade, síndrome metabólica, hipertensão e diabetes Mellitus tipo 2.

A farinha de trigo não é muito diferente do açúcar, pois quando passa pelo processo de refinamento, também perde muitos nutrientes; seus riscos à saúde são semelhantes igualmente. Além disso a farinha branca contém Aloxana, um análogo tóxico da glicose que tem um efeito negativo no corpo. Destrói as células beta do pâncreas e também é conhecido por ser um contaminante que pode causar diabetes.


Conclusão

      É evidente que as crianças necessitam de vitaminas e minerais para o seu desenvolvimento, e não há dúvidas de que a Farinha Láctea tem estes componentes fundamentais, além da adesão da criançada por possuir um sabor adocicado deveras singular. Todavia, se a criança mantiver uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras, consumi-la torna-se dispensável, visto que o consumo frequente e crônico pode causar males à sua saúde. Portanto, cabe aos pais e responsáveis consultar um médico pediatra e decidir se incluem ou não a Farinha Láctea na dieta de suas crianças.


Referências

História – NESTLÉ. Disponível em: https://corporativo.nestle.com.br/aboutus/history#:~:text=ao%20leite%20fresco.-,1867,altas%20taxas%20de%20mortalidade%20infantil. Acesso em: 29/09/2020

Farinha Láctea – NESTLÉ. Disponível em: https://www.nestle.com.br/marcas/farinha-lactea-nestle/farinha-lactea-nestle-tradicional. Acesso em: 29/09/2020

Rótulos de Alimentos – BVS – Ministério da Saúde – Dicas de saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/246_rotulos_alimentos.html Acesso em: 03/10/2020

TACO - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – Unicamp. Disponível em: http://www.nepa.unicamp.br/taco/index.php  Acesso em: 03/10/2020

https://www.renataspallicci.com.br/dietas/farinha-branca-faz-mal/

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_bio_ufpr_marareginascortegagnabesegato.pdf

 


12 comentários:

  1. A farinha láctea foi uma boa opção de suplementação para a época em que foi lançada por Henri Nestlé, mas, hoje em dia, estudando afundo a composição nutricional, vê-se que finalidade de usar o produto na alimentação infantil não é tão adequada. Como dito, a farinha láctea é rica em carboidratos e açúcares, podendo ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a síndrome metabólica. Novamente, hoje em dia existem produtos alimentícios voltados para o público infantil com composição mais saudável, que visam a diminuição da incorporação de açúcares na dieta, dessa forma, pais e pediatras deviam evitar, quando possível, o uso da farinha láctea na alimentação de bebês e crianças.

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  2. A farinha láctea é um alimento rico em vitaminas e minerais, porém analisando seus fundamentos bromatológicos, é um alimento que possui grandes quantidades de açúcares, que não é necessário para uma criança. Esta pode consumir vitaminas e minerais com outros alimentos que não vão fornecer tanto açúcar, como frutas, verduras, sendo muito mais nutritivo. É necessário que o responsável sempre analise os ingredientes de cada produto e sempre pergunte ao pediatra se é realmente necessário o alimento em questão.

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  3. Como você pode ver, a farinha láctea é um composto enriquecido com uma série de vitaminas e minerais, sem contar os nutrientes presentes no leite. A vitamina C, presente no alimento, atua como antioxidante, aumenta a imunidade e a capacidade do corpo de absorver minerais e outras vitaminas.

    Além disso, é uma fonte excelente de ferro, mineral fundamental para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças.

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  4. Entendendo-se que o papel da farinha láctea é de complementar a alimentação de crianças a partir de 3 anos, apresenta-se como um alimento rico em vitaminas e minerais, que “auxiliam” na obtenção da complementação alimentar. Um ponto importante a ser analisado são os componentes nutricionais desse alimento, assim como outros, apresenta em sua rotulagem uma vasta quantidade de nutrientes, tendo destaque no artigo a presente de açúcar, carboidratos e a farinha de trigo. A quantidade de carboidratos de fato é um ponto de atenção, devido ao consumo diário indicado, pois pode atingir valores diários consideravelmente altos. A complementação alimentar com a farinha láctea é uma boa opção alimentar para suprir essas carências nutricionais, entretanto, a sua forma de preparação e indicação de uso, destacando por exemplo essa quantidade arriscada de carboidratos deveria ser descrita de uma forma clara para conscientização do consumidor, que na maioria das vezes não tem noção desse tipo de informação e risco.

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  5. Discursão super relevante. Obrigado por fomentar!

    Rômulo Rangel

    https://romulorangel.blogspot.com

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  6. A postagem do blog “Farinha Láctea Nestlé: alimento saudável ou vilão?” visa gerar uma discussão a respeito de um alimento que é muito consumido por criança e por uma parcela da população adolescente e dos adultos. Com uma discussão elaborada e técnica, o autor da postagem nos faz pensar com base em fundamentos a considerar se tal alimento é saudável ou pode vir a causa algum malefício para crianças.
    A farinha láctea tendo sido desenvolvida pela Nestlé em primeiro lugar com o intuito de combater altas taxas de mortalidade infantil, hoje acabou se tornando um alimento para um fim especial, trazendo a premissa de ser um alimento utilizado como suplemento alimentar. A portaria 29/1998 identifica diversos tipos de “alimentos para fins especiais”. O que torna preocupante o fato de um alimento ter o fim de ser um suplemento alimentar, possuir 10g de açúcares para cada 30g de produto. E pasmem, no rótulo do alimento vem a informação que é o produto original desde 1867, podendo vir a passar uma informação errônea para o compromador. Dessa forma, o consumidor pode tender a achar que crianças podem vir a consumir tal alimento deliberadamente, se fazendo necessária que haja uma rotulagem específica para tais tipos de alimentos, como vimos ao longo da disciplina.
    Sendo um produto, como podemos ver durante a postagem, embasado pela riqueza de vitaminas e sais minerais, a falta da informação da quantidade de açúcar e farinha de trigo (com o mesmo destaque) se faz necessário. Dessa maneira, a indústria alimentícia se aproveita de trazer informações que façam o consumidor achar que estão fazendo uma escolha segura, sem pensar nos males que pode vir a causar ao longo prazo, conforme a postagem aborda ao longo da discussão. Além disso, tecnicamente, as informações são embasadas por RDCs e portarias e informações que nos fazem refletir em como tal alimento consumido de forma exagerada pode ser preocupante.
    Como vimos no vídeo “Chocolate para diabéticos: Aprende ANVISA”, a falta de informações claras no rótulo das embalagens é realmente preocupante, desde a alimentos diet, como outros alimentos que prometem um fim específico, como no caso da farinha láctea como suplemento alimentar. Um alimento com tanta quantidade de açúcar e farinha de trigo, sendo super calórico e com excesso de carboidrato pode vir a causar em crianças desde problemas no balanço energético até nas exigências nutricionais ao longo do crescimento. Tal alimento tendo sensorial adocicado e facilmente agradável para crianças, pode entrar como um vilão se consumido muitas vezes no dia a dia. Como dispõe a RDC 24/2010 “IV - ALIMENTO COM QUANTIDADE ELEVADA DE AÇÚCAR é aquele que possui em sua composição uma quantidade igual ou superior a 15 g de açúcar por 100 g ou 7,5 g por 100 ml na forma como está exposto à venda.”. Sendo a farinha láctea segundo seu rótulo com 10g de açúcar para cada 30g de produto, entra facilmente nessa categoria.
    Assim, chegamos à conclusão igual à do autor da postagem se baseando em fundamentos bromatológicos. Tal alimento pode sim ser associado como suplemento alimentar, mas um dos pontos necessário como vimos ao longo da disciplina, que a ANVISA regulamente, exija e oriente de forma eficaz a rotulagem adequada de alimentos destinados a fins especiais. E além disso, em muitos casos, tal alimento pode ser substituído por uma alimentação saudável, com a utilização de frutas, legumes e verduras, ao invés dos pais partirem em primeiro momento para um alimento industrializado com a premissa de ser saudável, mas que se usado de forma abusiva pode trazer sérios problemas para as crianças ao longo do tempo.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Atualmente, vemos muitos pais e avós utilizando a Farinha Láctea como um complemento alimentar ou até mesmo utilizando-a como único tipo de alimento( dentre outros cuja composição é semelhante) para recém-nascidos e bebês, com o intuito de substituir o leite materno seja por opção de não amamentar, seja porque a mãe não consegue produzir o leite, seja porque a mãe não é presente, e outras situações que podem não fazer dessa a melhor opção. De fato, a farinha láctea é para complementação alimentar, mas é melhor indicada para crianças maiores de 3 anos e , ainda assim, requer atenção com a frequência e a quantidade. Apesar de conter vitaminas e minerais em sua composição, a farinha láctea também contém açúcares, carboidratos e farinha de trigo e, como mencionado no texto e descrito no rótulo, estes ingredientes se apresentam em uma quantia que requer atenção para que não supere o recomendado para consumo diário, visto que deve-se considerar que é um complemento e , portanto, complementa uma dieta que pode já estar rica destes nutrientes/ingredientes mencionados. Como tudo em excesso, pode-se tornar um risco à saúde. Posso citar aqui o exemplo da minha maternidade: meu filho nunca se deu bem com alimentos como a farinha láctea. Embora eu sempre tenha priorizado o leite materno, tive que voltar a trabalhar e estudar após os 6 meses de vida dele e, para suprir as necessidades dele, eu , mesmo com dificuldade, tirava meu leite com auxílio da bombinha para que ele tivesse o necessário enquanto eu estivesse fora, só que não parecia estar suprindo a fome dele(erro meu pensar assim). Pensei em utilizar as fórmulas infantis só que, por serem mais caras, não eram viáveis financeiramente. Então, comecei a buscar por leite em pó ( como o Ninho) e até mesmo leite de caixa e a farinha láctea estava entre as opções. O bebê até aceita por conta do gosto que é doce, por conta do aroma e da textura, mas não é a melhor combinação, pois provoca gases, cólica e até prisão de ventre, até porque o sistema digestivo dele ainda é imaturo.

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  9. JESSICA FERNANDES DE ALMEIDA22 de maio de 2022 às 21:09

    Baseado na leitura do trabalho “Farinha Láctea Nestlé: alimento saudável ou vilão?”, podemos ver que a farinha láctea foi desenvolvida em 1867 com intuito de suprimir a mortalidade infantil da época. Porém, hoje em dia, existem produtos nas prateleiras que podem suprir facilmente a carência vitamínica do consumidor, produtos estes que são bem menos calóricos que a Farinha Láctea.
    Na embalagem a indústria visou, como estratégia, destacar as vitaminas contidas e dar uma ênfase na porcentagem de leite (20%), porém não deram ênfase nas altas quantidades de açúcares e carboidratos, e também informar que no produto há uma maior porcentagem de açúcar do que de leite. Além disso, não consta informações sobre um “limite diário” para consumo, visto que, tem uma alta porcentagem de carboidrato. O limite diário recomendado de carboidrato para crianças de 3 a 8 anos é de 130g, e em 30g do produto já se tem 22g de carboidrato, e levando em consideração as outras refeições diárias da criança, o valor recomendado de 130g é facilmente extrapolado. Um excesso na quantidade de carboidratos pode levar a obesidade, problemas cardíacos, diabetes, prisão de ventre.
    Outro ponto a destacar é a falta de informação sobre a indicação de idade para consumo, geralmente são letras extremamente pequenas, na internet diz que a indicação é a partir dos 3 anos de idade, porém, na embalagem deveria estar descrito que o produto não é recomendado para criança abaixo de 3 anos, pois nessa etapa estão se formando seus hábitos alimentares, e também por ter uma alta porcentagem de açúcar, podendo contribuir para malefícios a saúde.

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  10. Uso para minha mãe, idosa 90 anos, ela adora...
    Acho bem difícil ter alguém no corre corre da vida de hoje e ainda conseguir fazer uma alimentação completa a ponto de não precisar de algum suplemento, mas enfim...bom além da farinha láctea uso sustagem adulto+ banana, que ela gosta bastante o mais alimentação normal por assim dizer.

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  11. Que pena...minha infância nos anos 70, foi contemplada em todas as manhãs com o mingau delicioso de farinha NESTLÉ ,está no meu imaginário afetivo até hoje e, quando estou triste, me dou de presente boas colheradas, que grudam no céu da boca.

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