Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Betacaroteno sem limites


Por Nathalia Hammes

Suplementos vitamínicos são muito utilizados com a desculpa de falta de tempo para uma alimentação balanceada. Entre eles, estão as cápsulas de betacaroteno, vendidas em farmácias e lojas de produtos naturais. O betacaroteno é precursor de vitamina A e pode ser encontrado em frutas e vegetais amarelos-alaranjados e vegetais com folhas verdes escuras. Tem propriedades antioxidantes e é muito utilizado com a promessa de ser eficaz no bronzeamento.
A Natural Wealth disponibiliza cápsulas com 15 mg de betacaroteno para serem consumidas uma vez ao dia. Mas segundo o próprio rótulo isso corresponde a 1250 % da ingestão diária recomendada, mais de 10 vezes o necessário! Qual a justificativa para esse excesso? Mesmo que o produto seja considerado “seguro” pelo fabricante, uma quantidade abusiva de betacaroteno não traz riscos ao organismo? Uma alimentação correta não seria o suficiente para prover a necessidade dessa pró-vitamina?


A Natural Wealth produz cápsulas gelatinosas moles com 25000 UI de betacaroteno em cada cápsula, que corresponde a 15 mg do mesmo (1 mg = 1667 UI, para o betacaroteno). No rótulo consta a informação de que essa quantidade de betacaroteno corresponde a 1250 % da ingestão diária recomendada.

O veículo do produto é composto por óleo de soja, gelatina, glicerol, cera de abelha amarela e lecitina de soja. O fabricante informa que o betacaroteno é uma pró-vitamina A, que estimula o sistema imune e é antioxidante. A ingestão diária recomendada para adultos é de 1 cápsula por dia, sendo que o frasco comercializado contém 100 cápsulas.

A propaganda do produto em sites de produtos naturais também informa que o betacaroteno é uma forma segura de suplementação de vitamina A, que é eficaz no bronzeamento e que gestantes e crianças devem procurar orientação de nutricionista ou médico para consumir esse produto.


O betacaroteno, presente em certas frutas e vegetais como cenoura, abóbora e mamão, é o principal carotenóide precursor de vitamina A. No organismo, ele é convertido em vitamina A por reações enzimáticas, conforme a necessidade. O fígado é o responsável pela detecção dos níveis de vitamina A e são as suas enzimas que catalisam essa reação, assim como enzimas específicas presente no intestino delgado, que clivam o betacaroteno.

A deficiência de vitamina A pode causar cegueira noturna, ressecamento da pele e dificultar o crescimento; essa vitamina também tem a capacidade de auxiliar na formação da melanina, que protege a pele dos raios ultravioletas e confere o bronzeamento. O excesso de vitamina A (hipervitaminose A) é tóxico ao organismo, podendo causar náuseas, tonturas, dores de cabeça e até lesões hepáticas.

O betacaroteno é chamado de uma fonte “segura” de vitamina A, pois quando os níveis da vitamina no sangue atingem o máximo, o fígado detecta e diminui a conversão. O excesso de betacaroteno não possui tantos efeitos adversos quanto o de vitamina A. O principal sintoma é o aparecimento de uma cor amarelada na pele, devido ao acúmulo do betacaroteno, sendo que essa coloração desaparece com a diminuição ou interrupção do uso. Também já foram feitos estudos (AHMED, 1994) que demonstram que o uso excessivo de betacaroteno em etilistas pode potencializar os riscos de lesões hepáticas causadas pelo etanol, já que esses dois componentes juntos podem sobrecarregar o fígado. Em tabagistas esse excesso pode aumentar a incidência de câncer de pulmão, embora esse mecanismo ainda não tenha sido bem elucidado.

Apesar de muitas vezes ser visto apenas como um precursor da vitamina A, novos estudos demonstram que o betacaroteno em si tem propriedades de capturar radicais livres (propriedade antioxidante) e seu uso diminui a incidência de câncer.


Na Legislação Brasileira é possível observar como os efeitos do betacaroteno são desconsiderados. A Portaria nº 33, de 13 de janeiro de 1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) trata da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de proteínas, vitaminas e minerais. Nela está presente o valor de 800 mcg RE (micrograma de retinol equivalente) para a IDR de vitamina A (para adultos) apenas com uma nota de rodapé indicando que 1 UI (unidade internacional) corresponde a 0,3 mcg de retinol ou 1,8 mcg de betacaroteno.

Mesmo que o betacaroteno praticamente não promova efeitos adversos, seus efeitos benéficos já são comprovados e sua IDR deveria fazer parte dessa lista.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possui uma Tabela de Composição Nutricional de Hortaliças constando as principais vitaminas e minerais. Novamente, apenas o teor de vitamina A está presente e ao betacaroteno só é delegado seu valor correspondente a essa vitamina (0,6 mcg de betcaroteno = 1 UI de vitamina A).


A partir desses dados é possível calcular a IDR do betacaroteno: se 0,3 mcg de vitamina A correspondem a 1,8 mcg de betacaroteno, 800 mcg do primeiro equivalem a 4800 mcg da provitamina. Assim, é possível concluir que a IDR de betacaroteno equivale a 4,8 mg por dia, sendo que esse valor corresponde a 8000 UI (1 mg = 1667 UI).

Mesmo que as cápsulas de betacaroteno sejam importadas dos EUA, a informação de que 25000 UI equivalem a 1250 % da necessidade diária está equivocada. Se fosse assim, a necessidade diária de betacaroteno seria de 1,2 mg, muito abaixo do recomendado, já que eles adotam o mesmo valor de IDR para vitamina A que o Brasil. Na verdade, esse produto apresenta 312,5 % da necessidade diária recomendada. Pesquisas americanas sobre o assunto alegam que a população estadunidense consome cerca de 1,5 mg de betacaroteno por dia, valor abaixo do necessário. US National Câncer Institute (NCI) e US Department of Agriculture (USDA) são órgãos que tem recomendado o consumo de alimentos ricos em betacaroteno.

Outros estudos (DIMITROV, 2011) indicam que apenas o consumo diário de mais de 30 mg de betacaroteno pode provocar o aparecimento da cor amarelada na pele. Por esse ponto, as cápsulas de 15 mg não provocariam nenhum tipo de reação. Mas esse suplemento é realmente necessário? Como um exemplo, a cenoura é um dos vegetais mais ricos em carotenóides: cada 100 g contém cerca de 6 mg de betacaroteno. Observando somente por esse aspecto, 100 g de cenoura por dia seriam suficientes, não? Não. Estudos já comprovaram que a biodisponibilidade do betacaroteno é bastante variável (DIMITROV, 2011). Apenas 5 % do betacaroteno presente em alimentos é absorvido, enquanto em suplementos alimentares até 70 % dessa pró-vitamina pode ser absorvida (betacaroteno sintético). Desse modo, seriam necessários 2 kg de canoura por dia para atingir a IDR! A absorção do betacaroteno também é influenciada pelo cozimento do alimento e aumenta se ele for ingerido com alimentos ricos em lipídios, já que ele é lipossolúvel.


A quantidade de 15 mg de betacaroteno por dia está acima do recomendado (312,5 %), mas pode ser justificada pela absorção errante. Visto que não foram demonstrados efeitos tóxicos para esse antioxidante, teoricamente essa quantidade pode ser consumida sem problemas. É curioso observar que a Natural Wealth produz cápsulas de betacaroteno de até 40 mg, o que poderia provocar o indesejável efeito da pele amarelada, que é ainda menos querido por quem usa esse produto para obter um bronzeado mais rapidamente. Não é possível entender qual o objetivo desse excesso, se é causado por desconhecimento ou má fé, já que um frasco custa entre 40 a 70 reais. Um preço alto a se pagar por um bronzeado perfeito. Parece mais um desperdício de dinheiro, considerando que boa parte do excesso é eliminada sem ser absorvida.

Por mais que o produto seja dito “seguro”, vale ressaltar que ele deveria vir com as contra-indicações para fumantes e pessoas que consomem muito álcool. Pessoas que fazem uso de betacaroteno e estão passando por sessões de bronzeamento artificial não devem se expor ao sol, correndo riscos de queimaduras solares. Mulheres grávidas, crianças e lactentes também não devem usar esse produto indiscriminadamente porque possuem necessidades diferentes das dos adultos. Enquanto grávidas e lactentes precisam de uma quantidade maior, crianças necessitam de uma quantidade menor de betacaroteno (em relação aos adultos).

Considerando a quantidade de betacaroteno que pode ser absorvida pela alimentação ou suplementos vitamínicos e também observando a realidade do cotidiano das pessoas, pode ser mais indicado o consumo desses suplementos para obter a necessidade diária dessa pró-vitamina, desde que não seja em excesso e sob a orientação de um médico ou nutricionista. Mas a preferência ainda deve ser dada a uma alimentação mais balanceada possível, contendo todos os nutrientes necessários para o dia.

A Legislação Brasileira deveria preconizar a IDR de betacaroteno e não apenas de vitamina A, pois já foram comprovados os efeitos benéficos do betacaroteno e observada sua importância na alimentação.


- Referências bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Consulta Pública nº 80, de 13 de dezembro de 2004. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B8989-1-0%5D.PDF. Acesso em: 13 de dez. 2011

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria nº 33, de 13 de janeiro de 1998. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/33_98.htm. Acesso em: 13 de dez. 2011

AHMED, S. LEO, M.A., LIEBER, C.S. Interactions between alcohol and beta-carotene in patients with alcoholic liver disease. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 60, p. 430-436, 1994. Disponível em: http://www.ajcn.org/content/60/3/430.full.pdf+html. Acesso em: 3 de dez. 2011.

DIMITROV, N.V. et al. Bioavailability of beta-carotene in humans. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 48, p. 298-304, 1988. Disponível em: http://www.ajcn.org/content/48/2/298.full.pdf+html. Acesso em: 3 de dez. 2011.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Tabela de composição nutricional das hortaliças. Disponível em: http://www.cnph.embrapa.br/util/tabelahortalicas.htm. Acesso em: 11 de dez. 2011

HEYWOOD, R. et al. The toxicity of beta-carotene. Toxicology, v. 36, p. 91-100, 1985. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0300483X85900435. Acesso em: 3 de dez. 2011.

Natural Wealth. Produto: Beta-carotene 25.000 I.U. Softgel. Disponível em: http://www.naturalwealth.com.br/produtosDetalhes.aspx?id=3. Acesso em: 3 de dez. 2011.

NAVES, M.M.V. Beta-caroteno e câncer. Revista de Nutrição, Campinas, v. 11, n. 2, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52731998000200001&script=sci_arttext. Acesso em: 13 de dez. 2011.

Vitamin A or Retinol. Disponível em: http://www.dietobio.com/vegetarisme/en/vit_a.html. Acesso em: 13 de dez. 2011.

Vitamin Basics: the facts about vitamins in nutrition. Beta-carotene. Disponível em: http://www.vitamin-basics.com/index.php?id=35. Acesso em 14 de dez. 2011

11 comentários:

  1. Muitas pessoas partem da premissa: se é vitamina, e teoricamente faz bem, qual o problema ingerir grandes quantidades deste nutriente? Dessa forma, acompanhando o pensamento do consumidor e produzindo grande quantidade de propaganda acerca de “vender saúde”, muitos produtos são lançados no mercado indicando vantagens pela ingestão de quantidades maiores que as recomendadas de determinados nutrientes. Um exemplo disso é o produto acima citado, onde alega-se 1250% da recomendação de ingestão diária de betacaroteno.
    A ingestão de betacaroteno de acordo com a quantidade recomendada é importante pois este será convertido em retinol (vitamina A) que possui diversas funções no organismo. Além disso, o próprio betacaroteno vem sendo estudado como uma substância que por si só apresenta efeitos benéficos para o organismo, como, por exemplo, a prevenção de algumas neoplasias.
    Vale ressaltar, que o excesso de nutrientes não necessariamente contribuirá de forma positiva para o organismo. Estudos demonstraram que o excesso de betacaroteno no organismo de fumantes, por exemplo, pode desencadear efeito pró-oxidante no pulmão destes indivíduos. Além disso, para indivíduos saudáveis, doses farmacológicas diárias, por longo período, poderiam desencadear problemas relacionados à absorção de outras substâncias. Deve-se considerar também a capacidade do organismo em metabolizar a substância, pois estando em grande quantidade, pode-se sobrecarregar as vias de metabolização.
    A análise do rótulo pelo autor deste artigo também apresentou discrepâncias entre a % declarada de betacaroteno (1250%) e a quantidade que seria a real (312,5%). Será que existe uma vigilância rigorosa quanto a estes produtos? Será que os consumidores realmente podem consumir estes tipos de produto sem medo? É necessário maior atenção para a fiscalização destes produtos.
    OLSON, J.A. Benefits and liabilities of vitamin A and carotenoids. Journal of Nutrition, Philadelphia, v.126, Supplement 4, p.1208S-1212S, 1996.
    NAVES, M.M.V. Beta-caroteno e câncer. Revista de Nutrição, Campinas, v. 11, n. 2, 1998.

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  3. Andreia dos Santos Marques10 de setembro de 2013 às 23:13

    O consumo de suplementos vitamínicos é considerado amplamente difundido em diversos países. Aqui no Brasil, a extensão e a frequência do consumo de produtos vitamínicos ainda são praticamente desconhecidas, embora haja registro de aumento da importação e das vendas desses produtos. É praticamente consenso que uma dieta equilibrada pode fornecer todos os nutrientes necessários nas quantidades adequadas para uma pessoa na condição saudável, desta forma, a suplementação vitamínica da dieta é recomendada apenas em situações específicas e, geralmente, em acometimentos de saúde e deficiências nutricionais. Considerando a falta de informações sobre o consumo de produtos vitamínicos no País, os resultados dos estudos mais recentes sugerem que o consumo de produtos vitamínicos é praticado no Brasil, em determinados segmentos populacionais, em níveis de freqüência e extensão internacionais. Esses dados demonstram a necessidade de se considerar a contribuição nutricional desses produtos na avaliação da ingestão de nutrientes de determinados grupos populacionais, além de elucidar a necessidade de estudos aprofundados sobre o consumo destes suplementos em longo prazo e a importância de investimentos em programas de educação nutricional.

    Referências:
    SANTOS, KMO. et AL. Consumo de produtos vitamínicos entre universitários de São Paulo, SP. Rev. Saúde Pública vol.36 no.2 São Paulo Abr. 2002.

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  4. Não há dúvidas, nem por leigos nem por estudiosos, que o consumo de vitaminas a partir de frutas e hortaliças é necessário e benéfico para a saúde. Partindo dessa premissa, muitas pessoas acreditam que substituir uma dieta naturalmente rica nesses nutrientes por um produto sintético contendo esses nutrientes é o suficiente para satisfazer as necessidades do organismo.

    O que alguns estudos epidemiológicos demonstram, no entanto, é que, apesar de oferecerem quantidades suficientes e até superiores dessas vitaminas, esses produtos não mostram ações benéficas correspondentes ao consumo das mesmas vitaminas por meio da dieta alimentar.

    Além disso, a elevada concentração dessas vitaminas pode não só não levar a um efeito benéfico, como também levar a alguns problemas, como consequencia principalmente de sobrecarregar alguns órgãos para sua metabolização, como o fígado.

    Portanto, antes da prescrição pelos médicos e da automedicação pelos pacientes, a real necessidade do consumo de suplementos vitamínicos deve ser avaliada, considerando como prioridade a obtenção dessas vitaminas por meio da dieta constituída de variedade de frutas e hortaliças. É importante que se fixe a ideia de que uma boa alimentação é necessária, e que a suplementação por produtos sintéticos não pode substituí-la.


    Referências:

    CATANIA, ANTONELA SIQUEIRA. Vitaminas e minerais com propriedades
    antioxidantes e risco cardiometabólico: controvérsias e perspectivas. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5.

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  5. O beta-caroteno é um pigmento natural do grupo dos carotenóides e presente em vegetais e frutas de coloração amarelo/alaranjada e vegetais verde-escuros. Consiste na forma inativa da vitamina A (retinol).
    Apesar dos seus conhecidos efeitos benéficos, alguns estudos sugerem que o uso de suplementos a base de beta-caroteno ou vitamina A por fumantes ex-fumantes pode estar associado a um aumento no risco de câncer de pulmão. O mecanismo através do qual isso ocorre pode estar associado a instabilidade da molécula de betacaroteno quando exposto a fumaça de cigarro no pulmão. Devido a essa instabilidade, a molécula de betacaroteno pode ser oxidada e formar espécies carcinogênicas.
    Entretanto, são necessários estudos de metanalise em populações de alto risco assim como investigações aprofundadas sobre o mecanismo através do a indução e câncer pode ocorrer. Visto que suplementos vitamínicos são muito populares, novos estudos sobre a segurança do uso desses suplementos por fumantes e ex-fumantes são relevantes para correta orientação da população.

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  6. Isso significa que eu posso comer cenoura todo dia que não vai fazer diferença nenhuma?

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  7. Vcs deram tanta informação, e terminaram o artigo sem uma conclusão clara. Afinal o uso de suplementos é ou não necessário? Se mesmo comendo cenoura que é o alimento mais rico nao garantimos o consumo ideal de betacaroteno!? Melhor se arriscar a sofrer com a carência ou com o excesso? O que na verdadr nos leva à outra pergunta: O modo como os órgãos fiscalizadores chegam à quantidade ideal de consumo de nutrientes é realmente preciso e correto?

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  8. Vcs deram tanta informação, e terminaram o artigo sem uma conclusão clara. Afinal o uso de suplementos é ou não necessário? Se mesmo comendo cenoura que é o alimento mais rico nao garantimos o consumo ideal de betacaroteno!? Melhor se arriscar a sofrer com a carência ou com o excesso? O que na verdadr nos leva à outra pergunta: O modo como os órgãos fiscalizadores chegam à quantidade ideal de consumo de nutrientes é realmente preciso e correto?

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  9. Olá. Realmente concordo com você. Falam sobre os benefícios e deixam dúvidas sobre o câncer se desenvolver. Parece político em campanha. Uns falando mal dos outros. Tudo para confundir os eleitores. Eu entendo que o Betacaroteno é essencial para o nosso organismo, mas se sem ele não podemos ter uma boa saúde, como vamos lidar utilizando o produto com este enigma sobre desenvolver o câncer. O câncer é ilustrado nos maços de cigarro. No entanto, repassando mais de setenta por cento para o governo, ninguém fala em acabar com este tipo de droga. Só assustam os usuários. Minha vó faleceu aos noventa anos e minha bisa aos cento e quatorze anos. Nenhuma teve câncer e as duas fumaram a vida toda. Bem, difícil é saber em quem acreditar. Vamos fazer o jogo e acreditar na sorte. Afinal, a vida não é um jogo, mas o jogo está em nossas vidas sobre todas as coisas. Abraços

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  10. Para quem leu e quer uma conclusão:
    betacaroteno apesar de ser convertida em vitamina A não deve ser sua fonte da vitamina já que é comprovado que em excesso pode sobrecarregar outros orgãos do seu corpo e você precisa ingerir muito mais do que seu corpo consegue absorver. 30mg por dia deve ser a ingestão máxima do mesmo. Recomendado é de 10 a 15mg de referencia cozidas e com lipidios para potencializar a absorção.

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  11. Análise importante quanto ao consumo das vitaminas, tendo em vista que muitos indivíduos as consideram como inofensivas e apenas benéficas; "quanto mais, melhor", dizem. Entretanto, é de suma importância avaliar que o excesso de vitaminas pode causar o quadro de hipervitaminose, caracterizado pelo armazenamento de altos níveis de vitaminas, causando efeitos tóxicos. Vale lembrar que as vitaminas são absorvidas através da ingestão pela dieta. A dose recomendada de vitamina A é de 3000 mcg, o que equivale a 3 mg para um adulto acima dos 19 anos (National Institute of Health).
    Na discussão, poderia ser abordado sobre as contraindicações e as indicações de uso do suplemento, mencionando a legislação, à vista que a Portaria nº 31, de 13 de janeiro de 1998 da ANVISA prevê que “o nutriente deve estar presente em concentrações que não impliquem ingestão excessiva ou insignificante do nutriente adicionado, considerando as quantidades derivadas de outros alimentos da dieta e as necessidades do consumidor a que se destina.”
    Além disso, a RDC Nº. 269, de 22 de setembro de 2005 estabelece a ingestão recomendada de vitaminas, minerais e proteínas, estimando 600 microgramas RE diárias para um adulto, ou seja, um único pacote da bala já alcançaria a dose referenciada pela legislação. Dessa forma, também seria importante utilizar essa RDC e a conversão do betacaroteno (pró-vitamina A) para RE.

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