Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chia: emagrecimento rápido e saudável? Será mesmo?

A semente de Chia é oriunda da planta mexicana Salvia hispânica L. e vem sendo divulgada como a mais "nova" aliada no combate à obesidade, prometendo perda de peso rápida e saudável. Manchetes que tratam a semente como um produto milagroso, nutricionalmente mais rico que a linhaça e a quinua, podem ser vistas em diversas reportagens e propagandas. Considerada um alimento funcional por especialistas da nutrição, a semente de Chia é descrita como um alimento completo: alto valor energético, fonte de ômega-3, minerais, fibras e proteínas. Contudo, é correto afirmar que o consumo isolado dessa semente promova todos os resultados que vem sendo divulgados? A semente de Chia é de fato mais “poderosa” que as demais? Quanto de Chia deve ser consumida para se beneficiar dos seus efeitos e como deve ser esse consumo? O que a legislação diz sobre isso? Questionamentos que devem ser esclarecidos para quem deseja acrescentar a semente de Chia à sua dieta.

Apresentação 
A Chia (Salvia hispânica L.) é uma planta originária do México e Colômbia, cultivada a milhares de anos e utilizada na alimentação de indígenas. Na língua maia, Chia significa força, sendo considerada um “superalimento” por ser capaz de suprir as necessidades nutricionais diárias de um indivíduo adulto. Suas sementes são ovais e pequenas, de cor preta, marrom ou cinza, sendo essencialmente insípidas, de modo que podem ser adicionadas a qualquer outro alimento sem alterar o seu sabor. Nos últimos anos, o cultivo desse vegetal tem sido resgatado devido às propriedades nutricionais que possui e sua ingestão já vem sendo associada ao tratamento de diversas doenças como obesidade, diabetes, dislipidemias, hipertensão e outras doenças cardiovasculares. As propriedades terapêuticas da Chia são, em grande parte, atribuídas ao excelente teor de ômega-3 que possui. O grão contém ainda compostos antioxidantes (ácido caféico), fibras dietéticas e proteínas de alta digestibilidade, além de ser rica em ferro, fósforo, potássio e magnésio. Porém, a qualidade nutricional do grão depende do solo onde este é plantado e de sua interação com o meio ambiente.
 A Chia pode ser encontrada para compra em forma de sementes, farinha ou óleo. Contudo, é necessário estar atento quando se trata da farinha de Chia, pois algumas empresas ao produzi-la fazem a extração parcial do óleo, e assim retiram grande parte dos ômegas presentes, deixando o produto nutricionalmente mais pobre. Na embalagem do produto deve estar descrito se a farinha é parcialmente desengordurada ou se é integral, podendo também ser observada a quantidade de gorduras através da tabela nutricional.

Fundamentos 
• Ômega-3 
A Chia possui entre 32 e 39% de óleos em sua composição, sendo cerca de 60% correspondente ao ácido alfa-linolênico (ômega-3), cujos benefícios já são comprovados. Estudos clínicos mostram que o ômega-3 auxilia no controle da pressão sanguínea e na redução de triglicérides e colesterol, possuindo ainda atividade antitrombótica e anti-inflamatória que protege o organismo contra doenças cardiovasculares. Além disso, o ômega-3 traz benefícios no humor e aprendizado, aumentando a capacidade de concentração e proporcionando o equilíbrio emocional. Um estudo da Universidade de Ohio/EUA, provou que estudantes que ingeriram uma dose diária da Chia reduziram os níveis de ansiedade em comparação a quem tomou placebo. 
 • Proteínas e Fibras 
A Chia é uma grande fonte de proteína, contendo cerca de 20% em sua composição. As proteínas desse grão são de boa digestibilidade e de alto valor biológico, pois possuem aminoácidos essenciais. A semente de chia possui em 100g, 36% de fibras insolúveis e 5% de fibras solúveis, totalizando 40% de fibras dietéticas que possuem diversos efeitos benéficos para a saúde, auxiliando no controle da glicemia e aumentando saciedade. Devido a sua capacidade em absorver água, as fibras insolúveis aceleram o trânsito intestinal e aumentam o peso das fezes. Já as fibras solúveis formam um gel no estômago e intestino que garante o aumento do quimo, prolongando o tempo de absorção da glicose e aumentando a saciedade. O potencial “emagrecedor” do grão é atribuído a essa grande quantidade de fibras. Ao entrar em contato com a água ou outros líquidos, a Chia aumenta até 12 vezes de tamanho, ocupando um grande volume no estômago. Com isso, os hormônios que avisam ao cérebro que o corpo já foi alimentado começam a entrar em ação, ativando mais rapidamente a saciedade, permitindo um melhor controle da fome. Segundo nutricionistas, para obter tal efeito deve-se consumir uma colher de sopa de chia, 30 minutos antes das refeições. O consumo diário de fibras recomendado é de 20 a 35g. 
 • Minerais 
A semente de Chia é uma excelente fonte de cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio. Cerca de 100g de Chia pode conter de 13 a 35 vezes mais cálcio, de 2 a 12 vezes mais fósforo, e até 9 vezes mais potássio do que o trigo, arroz, cevada, aveia e milho. O Cálcio previne a osteoporose ou suaviza os seus efeitos. O fósforo melhora a atividade do cérebro, enquanto o potássio melhora a atividade muscular e ajuda a manter a pressão arterial estável. 

Legislação 
Por se tratar de um produto recente no Brasil, ainda há carência da legislação a respeito da Chia e do seu consumo. Na Europa, a Chia foi classificada como um novo alimento através do regulamento 258/97 da UE Novel Foods, devido à falta de consumo pela população local antes de 1997. Em 2009, o status da semente de Chia foi alterado tornando-a reconhecida e aprovada como um novo ingrediente que poderia ser vendido e consumido. Devido ao aumento do consumo humano da Chia nos últimos anos, o grão foi aprovado legalmente como alimento na América do Norte, Austrália, Argentina, e na Ásia. Segundo o FDA, a Chia é considerada um alimento isento de regulação devido a ausência de riscos à saúde e ao consumo histórico que possui. Devido às alegações terapêuticas, a Chia vem sendo considerada um alimento funcional básico (natural, cru e sem aditivos). As substâncias com alegações de propriedades funcionais presentes na Chia e aprovadas pela ANVISA são: ômega-3, Fibras e fitoesteróis. Segundo a legislação brasileira, os alimentos que apresentarem em seus dizeres de rotulagem ou material publicitário as alegações de propriedade funcional dos nutrientes citados devem ser registrados na categoria de “Alimentos com Alegações de Propriedade Funcional e ou de Saúde”. Assim, devem ter registro prévio à comercialização, conforme a RDC nº. 278/2005. 

Discussão
A Chia pode ser consumida de três formas: in natura (grãos), óleo e farinha. Independentemente da forma de consumo, a ingestão deve ser sempre 30 minutos antes de duas das principais refeições diárias. O grão pode ser consumido puro ou misturado a frutas, sendo o consumo ideal de uma colher (sopa) da semente 30 minutos antes das refeições. O óleo pode ser utilizado como tempero em saladas, contudo, ele não conta com os benefícios das fibras, encontradas exclusivamente na farinha e nos grãos. A Farinha pode ser adicionada no preparo de iogurtes, vitaminas e saladas, sempre utilizando a porção de uma colher (sopa). Além das formas de consumo citadas, a Chia pode ser utilizada na produção de pães, bolos, hambúrgueres, etc. O importante é não ultrapassar 2 colheres (sopa) por dia . Apesar das evidências, alegações de que a Chia é mais “poderosa” nutricionalmente do que a linhaça e a quinoa, por exemplo, devem ser feitas com cautela, já que é preciso diversas análises desses alimentos para de fato afirmar. No entanto, sabe-se que a oxidação da Chia é mínima, pois ela é rica em antioxidantes, como o ácido caféico. Comparando com a linhaça, a Chia é rica em vitamina B e possui maior teor de ômega-3. Em relação à quinua, quando se trata de vitaminas e minerais, ela apresenta-se superior a Chia. O poder de emagrecimento atribuído à Chia está relacionado a elevada quantidade de fibras que faz com que a digestão ocorra de maneira mais lenta, gerando a sensação de saciedade e levando ao consumo de porções menores dos demais alimentos. Além disso, o magnésio favorece o correto funcionamento do metabolismo celular, ajudando a manter o peso ou até mesmo emagrecer em alguns casos. Ainda que historicamente a Chia seja considerada um “superalimento” e apesar da grande publicidade em torno dos efeitos benéficos que ela proporciona, quando se busca na literatura científica a respeito, a decepção é grande. Um dos poucos estudos científicos notórios acerca da Chia concluiu que o consumo dela, por si só, não promove perda de peso ou alteram o colesterol, a pressão arterial e o estresse oxidativo, ou seja, segundo o estudo a Chia não gera os resultados para o qual se propõe. A propriedade emagrecedora da semente é, sem dúvida, a mais divulgada e também a mais procurada pelos consumidores. Embora não sejam relatadas contraindicações, a semente de Chia é altamente calórica e em excesso pode levar ao ganho de peso. Vale lembrar que muitos dos alimentos ditos “emagrecedores” mais atrapalham do que ajudam, já que tiram o foco das escolhas saudáveis na alimentação, além de acrescentarem calorias à dieta quando não são feitas substituições. Por exemplo, um colher de semente de chia tem a quantidade de calorias equivalente a 2 colheres de arroz ou um fatia de pão. 

Conclusão e Recomendações
Apesar das evidências de que a Chia promova diversos benefícios ao consumidor, ainda são necessários maiores estudos para que o grão seja considerado um alimento funcional. Os estudos realizados até então mostram dados promissores e um bom potencial, mas o consumo do grão deve estar sempre associado a uma dieta balanceada, respeitando a individualidade bioquímica de cada um. A Chia não deve ser tratada como uma “semente milagrosa”, mas com uma ferramenta útil que deve estar associada a uma alimentação balanceada e a atividade física regular. 

Referências Bibliográficas 
• AYERZA R, COATES W. Dietary levels of chia: influence on yolk cholesterol, lipid content and fatty acid composition for two strains of hens. Poult Sci. 2000 May;79(5):724-39. 
• CHIA SEED – Salvia hispanica L. TECHNICAL SHEET. Department of Health and Human Service. Setter N° 2005 - 2769.
• E. REYES-CAUDILLO, A. TECANTE, M.A. VALDIVIA-LÓPEZ. Dietary fibre content and antioxidant activity of phenolic compounds present in Mexican chia (Salvia hispanica L.) seeds. Elsevier, Food Chemistry, Volume 107, Issue 2, 15 March 2008, Pages 656–663. 
• European Commission (1997). "Commission recommentation of 29 July 1997 conceringing the scientific aspects and the presentation of information necessary to support applications for the placing on the market of novel foods and novel food ingredients and the preparation of initial assessment reports under Regulation (EC) No 258/97 of the European Parliament and of the Council (97/618/EC)." Official Journal of the European Communities L253: : 1-36. 
• NIEMAN DC, CAYEA EJ, AUSTIN MD, HENSON DA, MCANULTY SR, JIN F. Chia seed does not promote weight loss or alter disease risk factors in overweight adults. Nutr Res. 2009 Jun;29(6):414-8. 
• PASCHOAL, V; NAVES, A. Salvia Hispanica: Monografia Científica. 
• RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 278, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 , ANVISA. 
• RICHER, K. Research and commercialization. Department of health and human services. May, 2005. Disponível em: http://azchia.com/chia_seed_fda.html. Último acesso em: 30/06/2012. 
• SANTOS, F. Chia e o ômega 3. Disponível em: http://www.anutricionista.com/voce-conhece-o-grao-de-chia.html. Último acesso em: 20/06/2012. 


7 comentários:

  1. Carla Conti Diederichs15 de dezembro de 2012 às 15:06

    Neste trabalho pode ser visto que o poder de emagrecimento da Chia está relacionado à elevada quantidade de fibras que proporcionam sensação de saciedade. Isso acontece pois quando essas fibras entram em contato com a água, formam uma espécie de gel no estômago, dando sensação de saciedade.

    Porém, a população parte do princípio de que, adicionando este alimento à sua alimentação normal, irá ter um resultado de emagrecimento imediato. O engano está no fato de que a chia é um alimento que auxilia a completar a alimentação diária com fibras, ômega 3 e proteínas, e não necessariamente, um produto emagrecedor. Além disso, a chia também é utilizada em dietas hipercalóricas, devido ao seu alto teor de calorias (1 colher de sopa de semente de chia tem 55 calorias), ajudando não só a complementar a alimentação como aumentar o peso de um indivíduo.

    Ou seja, o rótulo do produto possibilita um emagrecimento, mas se um indivíduo leigo ingere o produto de forma errada, ele acaba tendo o efeito oposto ao efeito prometido pelo rótulo.
    Para ter o efeito emagrecedor da chia, o consumidor deve balancear sua dieta e não somente continuar se alimentando normalmente e apenas adicionando a chia à sua dieta. Além disso, ele deve também manter exercícios físicos diários para ajudar a queimar o conteúdo altamente calórido proveniente da chia.

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  2. Como relatado no trabalho realizado com a semente de Chia, esta apresenta um potencial “emagrecedor” devido a sua grande quantidade de fibras e a presença do ômega-3 é responsável por alguns de seus benefícios. Porém, um bom resultado só será alcançado, desde que o indivíduo realize uma dieta balanceada e pratique exercícios físicos regularmente.
    A Chia pode ajudar no emagrecimento, pois apresenta a capacidade em absorver 12 vezes o próprio peso em água e em formar um gel ao entrar em contato com a água, dando a sensação de saciedade, reduzindo a fome. Além disso, ela também apresenta um importante papel no tratamento de pessoas que sofrem de “intestino preguiçoso”, por conter alto teor de fibras e, com isso, atua aumentando a plenitude gástrica e a viscosidade do conteúdo gástrico, estimulando o bom funcionamento do intestino e prevenindo a constipação intestinal e doenças relacionadas ao intestino. Sua grande quantidade de ômega-3 auxilia o organismo no combate a doenças cardíacas, regulando a pressão arterial e reduzindo as taxas de colesterol e triglicerídeos. Outros benefícios em estudo que tem sido observado é a utilização da Chia no tratamento complementar a diabetes, pois as fibras do grão diminuem a velocidade com que o açúcar é absorvido no organismo e também no tratamento do câncer de mama, devido à presença de antioxidantes, podendo diminuir o número de metástases. Outros benefícios que foram relatados é que a Chia ajuda no tratamento da ansiedade e da depressão e atua contra as agressões dos raios ultravioletas do sol, diminuindo a inflamação local, devido ao ômega-3.
    Portanto, pode-se considerar a Chia como um alimento funcional.

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  3. Paula Sabino de Carvalho24 de novembro de 2013 às 17:14

    É visivel que ocorre uma manipulação da indústria de alimentos em eleger um alimento como saudável. Os benefícios das fibras e omega 3,6 e 9 já estão bem evidenciados. O germem de trigo e alinhaça, já foram os protagonistas da saúde, agora é a vez da chia. Outro questão importante para o consumidor é ter a informação adequada sobre como consumidor o produto da maneira correta, para este lhe trazer benefícios. As fibras, por exemplo se não forem consumidar com um consumo de água diário adequado, podem gerar um efeito oposto ao esperado. Com isso é imprescindível que o consumidor tenha a informação correta sobre o produto e saiba distinguir o que é real do q é apenas propaganda.

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  4. Diversas nutricionistas indicam a chia como potente fonte emagrecedora pelos motivos citados no post. Porém, ainda faltam estudos que comprovem ser verdade. Ao buscar artigos científicos sobre a chia pode-se constatar que a grande maioria dos artigos que veem grandes benefícios são feitos em ratos ou camundongos. Só se acha um único artigo em humanos! Neste artigo, os pesquisadores trataram homens e mulheres obesas, entre 20 e 70 anos, com 25g de semente de CHIA ou placebo, administrados 2x ao dia (total de 50g de CHIA por dia). Avaliaram parâmetros do metabolismo, peso, pressão arterial, glicose, gorduras no sangue (colesterol e triglicerídeos), substâncias inflamatórias dosáveis no sangue (que predispõe ao diabetes, câncer e doença cardíaca, dentre outras), antes e após 12 semanas de estudo. Ao final do estudo concluíram que não houve diferença entre os grupos que usaram CHIA ou placebo. Tratou-se apenas de um estudo, com poucas pessoas, onde pode haver erros, por isso esse tema deve-se ser estudado mais profundamente para sabermos se os efeitos da chia são mitos os verdades.

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  5. Thamyres Pereira DRE:11119751021 de julho de 2016 às 22:53

    Como se sabe, a chia é rica em ômegas 3 e 6 que ajudam a aumentar o colesterol HDL, reduzir o colesterol LDL, atuando, assim, na prevenção das doenças cardiovasculares. É rica em proteínas e minerais, além de auxiliar na manutenção da saciedade o que favorece, dessa forma, também o emagrecimento. E isso ocorre pois, quando entra em contato com a água forma uma espécie de gel que dá uma sensação de que a fome foi saciada, além disso são sementes capazes de hidratar o corpo protegendo a mucosa do intestino, sendo que suas fibras fazem a retenção de gorduras que fazem parte dos alimentos. Pode-se perceber, portanto, que a dieta da chia se mostra eficaz e ainda traz benefícios para a saúde.

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  6. A partir do excelente texto, é possível perceber que a chia quando inserida em uma dieta balanceada, traz uma gama de benefícios, podendo ser benéfica inclusive para pacientes com diabetes. Justamente por ela ser rica em fibras, quando inserida na alimentação, lentifica a absorção dos carboidratos. Dessa forma, a chia evita que ocorram picos hiperglicêmicos, controlando melhor as taxas de açúcar no sangue. A partir do excelente texto, é possível perceber que a chia quando inserida em uma dieta balanceada, traz uma gama de benefícios, podendo ser benéfica inclusive para pacientes com diabetes. Justamente por ela ser rica em fibras, quando inserida na alimentação, lentifica a absorção dos carboidratos. Dessa forma, a chia evita que ocorram picos hiperglicêmicos, controlando melhor as taxas de açúcar no sangue.
    Porém é importante frisar o cuidado que o indivíduo que possua interessa em incluir a chia na dieta pelo fato de ela apresentar um efeito emagrecedor, quando consumida antes da refeição a fim de conferir uma sensação de saciedade. Precisa-se atentar ao fato que por mais que confira a sensação de saciedade e consequentemente estimule um menor consumo de alimentos na refeição em questão, o seu consumo não deve extrapolar 1 colher de sopa, pois ela apresenta considerável valor calórico.

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  7. Boa noite! Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar você por seu excelente trabalho. Eu desconhecia dos inúmeros benefícios da Chia e depois de ler seu texto, me interessei muito em pesquisar mais e inclusive a consumir este alimento, devido às suas propriedades nutricionais.

    Acredito que você poderia, porém, dar mais destaque aos compostos fenólicos presentes na composição da Chia, que são considerados ótimos antioxidantes. Afinal, a chia tem um grande potencial dentro da indústria alimentícia, dado que a sua oxidação é mínima,
    comparada com outras fontes de ômega-3 como a linhaça, que apresenta uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes (TOSCO, 2004). A semente de chia contém uma quantidade de compostos com
    potente atividade antioxidante devido a substâncias como
    miricetina, quercetina, kaempfenol e ácido cafeico. Esses
    compostos são antioxidantes primários e sinérgicos que
    contribuem para a sua potente atividade antioxidante.
    A importância destes é a atividade contra a oxidação
    de lipídios que afeta não só a qualidade dos alimentos
    como também a saúde do consumidor (CASTROMARTINEZ et al., 1986; TAGA et al., 1984).

    Referência:

    COELHO, Michele Silveira; SALAS-MELLADO, Myriam de Las Mercedes. Revisão: Composição química, propriedades funcionais e aplicações tecnológicas da semente de chia (Salvia hispanica L) em alimentos. Braz. J. Food Technol., Campinas , v. 17, n. 4, p. 259-268, dez. 2014 . Disponível em . acessos em 26 set. 2020. https://doi.org/10.1590/1981-6723.1814.

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