Muitas pessoas acreditam que o consumo do azeite de dendê é prejudicial a saúde, isso faz com que seu consumo seja reduzido e em algumas regiões praticamente inexistente. É importante ressaltar que assim como qualquer outro produto, quando usado em excesso este azeite pode ser prejudicial, mas também vale lembrar que ele possui propriedades que são benéficas para saúde. <
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O azeite de dendê (óleo de palma) é obtido do mesocarpo dos frutos do Dendezeiro (Elaeis guineensis), árvore tropical originária da costa ocidental da África (Golfo da Guiné).
O azeite de dendê é composto principalmente de glicerídeos. Os triglicerídeos constituem o principal componente, com pequenas porções de diglicerídeos e monoglicerídeos, também é constituído por ácidos graxos livres, componentes não-glicerídeos e se apresenta livre de ácidos graxos trans, podendo assim substituir outros óleos hidrogenados durante o produto de fabricação de produtos alimentícios. Aproximadamente 1% dos componentes do azeite de dendê são, carotenóides, vitamina E, esteróis, fosfolipídeos, glicolipídeos, hidrocarbonetos terpênicos e alifáticos e traços de impurezas. Os mais importantes são os carotenóides que lhe conferem uma importância nutricional como valiosa fonte de pró-vitamina A, e a vitamina E.
De acordo com literatura pesquisada, os triglicerídeos encontrados no azeite de dendê possuem o ácido palmítico localizado na posição 1 da molécula, conferindo-lhe assim uma propriedade não hipercolesterolêmica.
Estudos realizados mostraram que o azeite de dendê reduz os níveis do colesterol LDL, e aumenta o HDL. Outros estudos realizados na Malásia, comparando os efeitos do azeite de dendê com o óleo de coco no nível do colesterol sérico, mostraram que o óleo de coco aumentou em mais 10% a concentração do colesterol, enquanto o azeite de dendê reduziu a 36%.
O óleo de palma é a maior fonte vegetal de carotenos em termos equivalente de retinol (pró-vitamina A).
O consumo de alimentos ricos em carotenos pode controlar ou moderar a deficiência de vitamina A. Pesquisas demonstram, que o azeite de dendê pode ser usado para redução ou combate da deficiência de vitamina A (hipovitaminose A).
A hipovitaminose A é um problema nutricional importante que causa impacto negativo na saúde pública pelas sérias consequências à saúde.
A fortificação de alimentos com vitamina A, é uma medida que vem sendo adoptada por vários países para melhorar a qualidade nutricional da alimentação.
Com base nisso, alguns estudos verificam a capacidade do azeite de dendê, em substituição ao retinol comercial, como fonte de complemento vitamínico num procedimento de enriquecimento de alimentos.
Referências:
1- http://www.unicamp.br/nepa/taco/ (acessado em 30/06/2012)
2- RODRIGEUS P. H. C., A inclusão do azeite de dendê em alimentos no controle da hipovitaminose A. Faculdade de Saúde Pública. (Dissertação Mestrado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.
Antes de tudo, vale lembrar que de acordo com a RDC nº 270, de 22 de setembro de 2005, a designação "Azeite de Dendê" pode ser utilizada somente para o óleo de palma bruto (Elaeis guineensis Jacq.).
ResponderExcluirComo vantagem do azeite de dendê, temos que estes possuem esteróis, que são substâncias que dificultam a absorção de colesterol no intestino, e o beta caroteno, que é antioxidante, ou seja, combate os radicais livres.
Porém, segundo o INMETRO, o resultado de teor de saturados na amostra de Azeite de Dendê evidencia que esse azeite é rico em ácidos graxos saturados, os quais representam mais de 40% do total de ácidos graxos nele presentes. Isso torna o Azeite de Dendê menos adequado ao consumo diário, uma vez que o consumo em grandes quantidades de gorduras saturadas tem sido relacionado a índices maiores de doenças cardiovasculares. Além disso, com o aquecimento do azeite as alterações podem trazer um diferencial para a saúde cardiovascular. O aquecimento satura os azeites, o que é indesejável, mas em quantidades mínimas e não proibitivas. Deve-se recomendar os azeites extra virgens de menor acidez, pois estes parecem sofrer menos alterações em relação as indesejáveis gorduras trans. Deste modo, o azeite de dendê não deve ser o mais recomendável.
Boa Tarde, estou começando a estudar o óleo de Dendê ! gostaria de mais informações. kelviscampos@yahoo.com.br muito obrigado!
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ExcluirAssistam e tirem suas conclusões. https://m.youtube.com/watch?v=1kAR1kZy444
ExcluirNo Recôncavo Baiano, o azeite de oliva sempre foi muito utilizado e não houve essa sangria de gente com problemas coronários. Muitas dessas pessoas sempre mantiveram corpo magros e com musculatura defina. Claro que a realidade desde a escravidão era outra, e não havia tanta toxina produzina no mundo e nem tanto sedentarismo.
ExcluirMuitas empresas de análise de produtos visam só dinheiro. Não são muito confiáveis. E, será que a gordura saturada é essa vilã? Óleos instaurados é que são veneno. Novamente a indústria alimentícia e farmacêutica juntas.
O colesterol também pode não ser vilão. Carboidratos simples é que criam todos os tipos de doenças. Estes e a gordura trans usada em tantos produtos industrializados. Triglicerideos e Índice Insulínico é que precisam andar bem baixos. Fico questionando se gordura saturada aumenta colesterol - o dito ruim - mesmo ou os Carboidratos simples (encontrado num simples suco de frutas) é que fazem esse trabalho. É claro que quase tudo em excesso...
A gente fica numa situação difícil porque muitas X dizem o que querem sob a batuta da Magnânima Ciência Moderna.
Em 1930 já haviam estudos sobre os carotenóides do azeite de dendê. Donath e Sruyt estudaram os carotenóides o óleo de palma e verificaram a presença dos alfa e beta carotenos, em quantidade equivalente a 445-660 U.I de provitamina A por grama de óleo. Posteriormente, Yamamoto, Isu e Ito confirmaram a presença nesse óleo desses dois carotenos .
ResponderExcluirDe acordo com a pesquisadora Klícia Araújo Sampaio em sua tese de doutorado já nos anos 2000, o óleo pode perder essas propriedades quando submetidos a altas temperaturas para diminuir a acidez, já que no processo de obtenção de óleo refinado utilizam-se temperaturas bastante elevadas, podendo levar a uma perda total dos carotenóides e entre 10 a 35% dos esteróides e tocoferois (antioxidantes). No entanto, dependendo da qualidade da matéria prima é possível utilizar de outras metodologias a fim de diminuir tais perdas.
A pesquisadora ressalta que o mesmo pode ser consumido na forma bruta conservando alguns aspectos naturais. No Brasil as empresas já conseguem produzir um óleo bruto com acidez abaixo de 2%, podendo assim, melhorar o processo de refino requerendo menos tempo e menores remperaturas, podendo então, auxiliar na conservação dos compostos.
Outro aspecto interessante do trabalho da pesquisadora consiste no fato do óleo de dendê apresentar antioxidantes mais potentes que os tocoferóis, estes possuem três duplas ligações na sua cadeia lateral que conseguem estabilizar de forma mais eficiente os radicais livres produzidos pelo corpo humano. Alem disso, em analises por cromatografia liquida de alta eficiência, a pesquisadora mostra que a degradação dos carotenoides no óleo de palma é retardada por causa da presença dos antioxidantes tocotrienóis e tocoferóis.
Segundo o pesquisador Antonio José de Almeida Meirelles, há informações de que na Bahia o índice de crianças com deficiência de vitamina A é baixo devido à utilização deste óleo na culinária.
Boa Tarde, estou começando a estudar o óleo de Dendê ! gostaria de mais informações. kelviscampos@yahoo.com.br
ExcluirMuitas pesquisas já comprovaram a eficácia do azeite de dendê em reduzir o colesterol e triglicerídeos, mas devemos ressaltar que como todo alimento, em excesso trás malefícios, existe uma quantidade benéfica, pois, se consumido em excesso pode levar ao ganho peso, já que se trata de ácidos graxos saturados e insaturados, um estudo mostrou que a quantidade de duas colheres de chá de dendê por dia, durante duas semanas, levou a uma redução da taxa de colesterol total em 4% e a redução de triglicerídeos em 11%.
ResponderExcluirOutro ponto importante é lembrar que o cozimento deve ser o mínimo possível, sendo preferível usa-lo na finalização do prato, para que não ocorra a degradação das vitaminas e antioxidantes presentes no óleo de palma, que são os responsáveis pela sua ação benéfica no organismo, caso contrário restará apenas a ''gordura'' presente em qualquer óleo de cozinha.
Portanto, deve-se tomar cuidado, pois apesar dos muitos sites e boatos de que o azeite de dendê ajuda a reduzir medidas, não se deve exagerar no consumo deste, tento em mente que uma dieta balanceada que é o ideal.
ok
ResponderExcluirComprei azeite de dendê ontem e bateu uma dúvida... foi muito bom ler essas informações!
ResponderExcluireu uso o azeite de dendê na salada
ResponderExcluirComo identificar o melhor azeite-de-dendê, e qual o mais apropriado para o consumo humano ? Digo isso devido a observar no mercado duas variantes do mesmo, um de consistência sempre líquida e outro um tanto encorpado, apresentando uma parte sólida no fundo do recipiente.
ResponderExcluirTambém tenho dúvidas. Hoje pela primeira vez fiz pipoca com azeite de dendê, e ela fica toda amarelada. Entretanto, só consigo engolir uma parte da pipoca (a parte branca) e como sem sal. O gosto não modifica muito, porque eu estava acostumada a fazer com azeite de oliva. Ocorre que como o azeite acaba sendo fervido, não posso aquilatar o valor bromatológico, nem se vale a pena continuar em razão da propagada vitamina A. Quem puder, opine, por favor. O meu email é dearaujomarian@bol.com.br Abraços Marian
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ResponderExcluirAlguém sabe me dizer quanto tempo o azeite de dendê tem de validade?
ResponderExcluirAlguém sabe me dizer quanto tempo o azeite de dendê tem de validade?
ResponderExcluirAlguém sabe me dizer quanto tempo o azeite de dendê tem de validade?
ResponderExcluirOk esclarecimento em base de estudos!
ResponderExcluirDois gatos que eu tinha, um com a orelha pelada e o outro, no lombo
ResponderExcluircaindo o pêlo acho que era calazar. Passei azeite dendê tres vezes em cada um e foram curados.
Comi peixe c azeite de dende e estou com diarreia ha horas.
ResponderExcluircomprei azeite de dende para usar no lugar do oleo de soja , pois tenho ipotiroidismo e a soja faz muito mal estou substituindo no cozimento das comidas aqui de casa,vou ver daqui algum tempo se hávera mudansas boas.
ResponderExcluireai, como foi? Teve mudanças positivas?
ExcluirAssistam esse vídeo recente de uma pessoa que também estudou sobre o tema. Está em espanhol, mas da para entender bem - https://m.youtube.com/watch?v=1kAR1kZy444
ResponderExcluirO vídeo está falando apenas do azeite industrial, correto?
ExcluirSe eu tenho 3 palmeiras, aqui no fundo de minha casa, não posso extrair para cozinhar meu alimento diariamente? Obviamente, a temperatura da água nunca passará de 100 graus.
Mesmo assim eu não posso consumir azeite de palma artesanal? Isso prejudicaria minha saúde?
Assistam esse video em espanhol e tirem suas conclusões sobre o tema - https://m.youtube.com/watch?v=1kAR1kZy444
ResponderExcluirOi estão falando que o azeite de palma provoca cancêr fervido em altas temperatura.Só queria saber se tem algum estudo sobre isso?
ResponderExcluirSe fosse verdade na Bahia, precisamente em Salvador, todos já teriam morrido de cancer. O acarajé é frito no azeide de dendê, todas as moquecas de peixe e tantas outras iguarias baianas. Eu não acredito que o azeite de dendê cause todo esse mal.
ExcluirFake, se fosse assim a maior incidência de câncer seria no continente africano, Bahia e alguns lugares do norte, lugares que mais se consome dendê na culinária , a maior incidência é na Europa,(principalmente : Dinamarca
ExcluirFrança,Bélgica) e outros países com maioria branca populacional, e aqui, no Sul do país, os indígenas , africanos e asiáticos, tem muito a nos ensinar sobre alimentação saudável.
Sou transplantada renal .Eu como comer comida feita com azeite de dendê
ResponderExcluirMinha pressão arterial aumenta quando eu como azeite de dendê pôr isso procuro evitar
ResponderExcluirA eficácia do azeite de dendê em reduzir os níveis sanguíneos de lipídeos já foi amplamente comprovada na literatura, mas sempre devemos lembrar que “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, ou seja, para tudo que ingerimos o excesso trás malefícios. Esse produto, se consumido em excesso, pode levar ao ganho de peso, pois estamos falando da ingestão de lipídeos, o macronutriente de maior eficiência energética. Também deve-se tomar cuidado com o cozimento, para prevenir a degradação das vitaminas e antioxidantes presentes no óleo, que possuem grande responsabilidade na ação benéfica do óleo de dendê. Recomenda-se usar o óleo na finalização do prato para evitar esse fenômeno.
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