Desde que a obesidade se tornou o maior problema de saúde da
atualidade, vários produtos surgiram no mercado prometendo emagrecimento
instantâneo. Mas a verdade sobre a perda de peso ainda reside na dieta
alimentar e no gasto de energia. Sabe-se que carboidratos fornecem energia, têm
que estar na alimentação, mas quando não utilizados como fonte de energia, são
armazenados na forma de tecido adiposo. Pensando nisso, cientistas passaram a
pesquisar a faseolamina, uma proteína extraída do feijão branco.
O
feijão (Phaseolus vulgaris L.),
principalmente o feijão branco é matéria-prima para a obtenção do inibidor de α-amilase, denominado, por
Marshall & Lauda (1975), de Faseolamina. É uma fonte importante de fibras,
proteínas e compostos como os inibidores de tripsina, de amilase, lectinas e
saponinas de conhecida toxicidade e são denominados como fatores antinutricionais devido ao fato de interferirem na
absorção de nutrientes, podendo acarretar danos à saúde quando ingeridos em
altas quantidades.
O
papel dos fatores antinutricionais tem sido discutido novamente, em função de
descobertas que demonstraram que algumas dessas substâncias têm funções
benéficas ao organismo humano. A Faseolamina é exemplo da diversidade de
atuação dessas substâncias, interfere na digestão de amido reduzindo sua
absorção a nível intestinal e por isso tem sido utilizada na terapêutica como adjuvantes em dietas
para perda de peso e efeito hipoglicemiante em pacientes portadores de diabetes
mellitus não-insulino dependentes.
Estudos
em humanos mostraram que a perfusão de inibidor de α-amilase parcialmente
purificado no duodeno inibiu significativamente a atividade da amilase durante
a digestão do amido (Layer et al.; 1985). A ingestão de inibidor purificado,
junto com 50g de amido, reduziu os níveis de glicemia pós-prandial em
indivíduos diabéticos (Layer et al.; 1986). O efeito a longo prazo do uso do
inibidor de α-amilase
intraluminal no trato gastrintestinal foi, contudo, pouco estudado (Tormo et
al.; 2004).
Apesar
dos estudos realizados é importante ressaltar que poucos estudos foram
feitos em humanos para demonstrar a eficácia e segurança da Faseolamina como
suplemento dietético para perda de peso e redução dos níveis de glicemia. Entre
as limitações que apresentam os estudos se observa que as amostras de
indivíduos nos trabalhos publicados disponíveis são limitadas e que não existe
estudos a longo prazo que possam ser considerados confiáveis.
Em
relação a legislação vigente a Faseolamina (extrato de Phaseolus
vulgaris) não pode ser comercializada como fitoterápico e segundo a
Resolução-RE nº 1.992, de 3 de maio de 2010 que determina, como medida cautelar
de interesse sanitário, a suspensão em todo território nacional, da publicidade
e propaganda em todos os veículos de comunicação, dos produtos sem registro
contendo a Faseolamina (extrato de Phaseolus vulgaris) na forma de gomas de
mascar, balas, cápsulas ou qualquer outra forma de uso interno, incluindo os
manipulados, com indicações para a queima de gorduras, redução do apetite e
perda de peso, melhora da pele e da celulite, entre outras propriedades não
aprovadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Ano passado o produto Dietrine Phaseolamin consumido
em um número cada vez maior pelos brasileiros recebeu a proibição de ser
comercializado no Brasil, pois era fabricado e importado por empresas sem
registros no órgão nacional.
Portanto
é preciso ter cautela ao fazer uso do extrato de Faseolamina, pois ainda não
foram comprovadas eficácia/segurança quanto ao uso a longo prazo, ademais
existem muitos produtos contendo a Faseolamina sem registros e comercializados
como fitoterápicos proibidos pela Anvisa.
Referências Bibliográficas:
A faseolamina é uma glicoproteína presente neste alimento, além de ser utilizada para o emagrecimento, é indicada para pacintes com diabetes melito, pois reduz os
ResponderExcluiraumentos pós-prandias nas concentrações de glicose e insulina em pacientes. É muito utilizada em associação a diversos fitoterápicos de ação emagrecedora, como extratos
de Curcuma longa, Garcinia cambodgia, Gymnema sylvestres, aloe Vera, Chitosan, Green
tea,Ginseng coreano e guaraná é compatível também com L-carnitina, L-metionina, L-fenilalanina, Vit. C , lípase, Bromelina, Papaína , Picolinato de Cromo, Geléia Real, Protease , Inositol e L- tirosina. É contra-indicada para mulheres grávidas, diabéticos insulino dependente. Outra questão é que o consumo do feijão branco cru, por longo tempo, é
que este pode apresentar outros anti-nutrientes que podem ter impacto negativo na
saúde dos consumidores.E um possível efeito adverso da planta seria o
impacto do carboidrato excedente no cólon, já que o excesso poderá sofrer fermentação pelas bactérias intestinais, provocando uma alteração na microbiota intestinal. Mas ainda há poucas pesquisas sobre este alimento, como descrito na postagem, então seria mas um produto dito milagroso, com poucas comprovações científicas, e que seu consumo deve ter muita cautela.