A
ciência e a inovação de Aptamil Pepti. Fórmula utilizada para casos de alergia
a proteínas do leite e da soja. Sua fórmula é hipoalergênica com 100% de
proteína do soro extensamente hidrolisada.
Descrição do Produto
A alergia à proteína do leite de vaca
(APLV) é o tipo de alergia alimentar mais comum, afetando cerca de 2 a 8% de
crianças no mundo. Seu tratamento requer a realização de uma dieta de exclusão
total do leite de vaca e na ausência do alimento materno exclusivo. O Aptamil
Pepti é uma fórmula infantil destinada a alimentação destes lactentes,
devido sua formulação ser extensamente hidrolisada.
Lista de ingredientes: Proteína
hidrolisada do soro de leite, maltodextrina, óleos vegetais (palma, canola,
coco, girassol), actooligossacarídeos (GOS), frutooligossacarídeos (FOS),
fosfato tricálcico, cloreto de potássio, óleo de peixe, cloreto de magnésio,
citrato trissódico, óleo de Mortierella alpina, carbonato de cálcio, vitamina
C, cloreto de colina, taurina, sulfato ferroso, inositol, sulfato de zinco,
nucleotídeos (uridina, citidina, adenosina, inosina, guanosina), vitamina E,
L-carnitina, niacina, d-pantotenato de cálcio, d-biotina, sulfato de
cobre, ácido fólico, vitaminas A, B12, B1, B2, D, B6, sulfato de manganês,
iodeto de potássio, vitamina K, selenito de sódio, emulsificantes ésteres de
ácido cítrico e mono e diglicerídeos. NÃO CONTEM GLUTEN.
Fundamentos
Bromatológicos
O perfil de carboidratos é composto
por 60% de maltodextrina e por 40% de lactose passando por um processamento que
leva a eliminação de quais quer potenciais alergênicos e residuais do leite de
vaca. Apresenta 100% das proteínas do leite extensamente hidrolisadas tendo
como resultado a presença de 85% de pequenos peptídeos e 15% de aminoácidos
livres. Contém uma mistura de prebióticos na proporção de 90% de
galactooligossacarídeo e 10% de frutooligossacarídeo na concentração de 0,8g
por 100mL de fórmula reconstituída. A adição de prebióticos tem papel no
crescimento da flora intestinal assim como, a redução da adesão da mesma no
intestino reduzindo as chances de processos inflamatórios. Possui 99% de óleos
vegetais como o de palma, canola, coco e girassol e cerca de 1% de óleo de
peixe e óleo de Mortierella alpina,
fontes lipídicas dos ácidos graxos essenciais (AGE) e dos ácidos graxos de
cadeia longa (LcPUFAs). Além da adição
de vitaminas, de minerais e de oligoelementos necessários ao bom desenvolvimento
e crescimento do lactente. Contém nucleotídeos, sendo isenta de frutose e
sacarose.
Legislação
Segundo a RDC Nº 222 de 05 agosto
2002, produtos substitutivos ao leite materno são “qualquer alimento comercializado ou de
alguma forma apresentado como um substituto parcial ou total do leite materno e
ou humano.”, e é nesse conceito que o Aptamil Pepti esta enquadrado, entretanto
mais especificamente esse produto tenta se enquadrar no conceito de fórmula infantil para necessidades dietoterápicas específicas,
que segundo a mesma RDC é: ”aquela cuja composição foi alterada com o
objetivo de atender às necessidades específicas decorrentes de alterações
fisiológicas e ou patológicas temporárias ou permanentes.” Esse produto foi
criado com o objetivo de atingir crianças menores que um ano que possuam
alergia às proteínas contidas no leite de vaca e na soja, pois são as proteínas
utilizadas pelos fabricantes para resolver esse problema essas proteínas são extensamente
hidrolisadas, ou seja, fragmentadas para uma composição de 85% de peptídeos e 15% de aminoácidos livres, dessa
maneira, o resultado dessa hidrólise seria o não reconhecimento das proteínas
pelo sistema imune da criança. A legislação vigente abre brechas que permitem
que as indústrias das fórmulas infantis não produzam exatamente um mimético ao
leite materno, pois as naturezas dos componentes podem variar de uma formulação
para outra, no caso específico com Apitamil Pepti a base do carboidrato usado é
60% maltodextrina e 40% lactose, sendo que o leite materno possui lactose como
base de carboidrato. A legislação permite que sejam adicionados aditivos na
formulação que acabam dando uma cara de produto enriquecido ou melhorado, como
acontece no caso do Apitamil Pepti, que em seu rótulo é destacado a informação que
foi adicionada no conteúdo do produto o DHA (ácido docosa-hexaenóico) um ácido graxo do tipo ômega-3 encontrado em peixes e
algas, ARA ( ácido araquidônico) um ácido da família do ômega-6 e pré-biotiótipos que possuem a função de ser
alimento para a flora intestinal do bebê, ou seja, alguns ingredientes que não
tentam mimetizar o leite materno, mas sim “melhorá-lo”.
Discussão
Tentar mimetizar algo que é produzido
biologicamente tem sido um grande problema para inúmeras indústrias
farmacêuticas e alimentícias, pois a maioria desses produtos tendem a
apresentar uma baixa estabilidade fora do ambiente biológico e são produtos com
um alto grau de complexidade. Nesse sentido se enquadra uma categoria de
produto mimético ao biológico que muitas vezes são tratados como produtos de
“prateleira de supermercado”, são eles os substitutos do leite materno ou
alimentos de transição (fórmulas infantis). O leite materno é muito complexo em
sua composição, pois nele não se encontra apenas nutrientes para o bebê, mas
também hormônios que são essências para o crescimento infantil e elementos
indispensáveis para a formação do sistema imune do indivíduo, substâncias essas
que as formulas infantis não conseguem mimetizar. Além disso, esse tipo de
produto não apresenta uma padronização muito boa de substâncias utilizadas,
visto que dependendo da marca as bases de carboidratos, proteínas e lídios
podem ser muito distintas, e muitas vezes não chega perto das bases
nutricionais contidas no leite materno. No rótulo é possível observar uma
mensagem expressa que o produto não deve ser usado para crianças menores de 1
ano de idade e que deve ser usado sob orientação de um profissional de saúde,
ou seja, o uso desse produto é muito restrito, são para crianças com alergia a
proteína do leite de vaca menores que 1 ano que possivelmente a mãe não possa
amamentar, entretanto esse produto pode ser encontrado em diversos locais de
venda e até pela internet, alguns sites pedem o CRM do médico que indicou o
produto, entretanto em outros é possível comprar o produto sem esse artifício,
isso pode ser um risco, pois pode haver uma banalização do produto.
Conclusão
A gama de
produtos oferecidos pelo mercado é muito grande, cada um com uma especificação
e nome diferente, conhecê-los, portanto é algo muito importante para um
profissional de saúde. A adição de prebiótico, DHA e
ARA ao produto podem dar um ar de produto melhorado mas que na verdade
sua qualidade não chega perto da qualidade contida no leite materno
Biografia:
Host A, Koletzko B, Dreborg S, Muraro A, Wahn U, Agget P, et al. Joint Statement of the European Society for Pediatric Allergology and Clinical Imunology (ESPACI), Committee on Hipoallergenic Formulas and the European Pediatric Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN). Dietary products used in infants for treatment and prevention of food allergy. Arch Dis Child 1999; 81:80-84
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/6b6c3b004745973b9f89df3fbc4c6735/rdc_222.pdf?MOD=AJPERES
Sua indagação de qual seria a melhor opção para alergia a proteína do leite e da soja seria este aptamil pepti? por que a danone cria este pepti que é com proteínas extensamente hidrolisada e o active que é parcialmente hidrolisada? ainda temos a opção com restrição de lactose. Faltou fazer uma comparação entre as fórmulas infantis como as da acima citadas e fazer uma metodologia mais abrangente para termos uma conclusão melhor de qual formulação infantil seria mais indicada para as crianças com essas necessidades dietoterápica, como alergia a proteína do leite. e se realmente estas inovações e as diferenças nessas formulações são eficazes para este público em especial.
ResponderExcluirSua indagação de qual seria a melhor opção para alergia a proteína do leite e da soja seria este aptamil pepti? por que a danone cria este pepti que é com proteínas extensamente hidrolisada e o active que é parcialmente hidrolisada? ainda temos a opção com restrição de lactose. Faltou fazer uma comparação entre as fórmulas infantis como as da acima citadas e fazer uma metodologia mais abrangente para termos uma conclusão melhor de qual formulação infantil seria mais indicada para as crianças com essas necessidades dietoterápica, como alergia a proteína do leite. e se realmente estas inovações e as diferenças nessas formulações são eficazes para este público em especial.
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