Descrição
Desde sua
introdução no mercado brasileiro, em 2007, a Coca-Cola® Zero tem ganhado
espaço principalmente de pessoas que visam ter uma dieta mais “light”. Com
isso, pessoas ao invés de beber água quando estão com sede, passam a tomar
refrigerantes, como por exemplo, a Coca-Cola® Zero, pois acham que é uma
forma de eliminar a sede com um alimento “light”. Mas será essa a melhor
alternativa para saciar a sua sede?
Muitos não
sabem, mas a Coca cola® zero apresenta uma quantidade muito grande de sódio
(aproximadamente 50mg de sódio em uma lata de 350 ml) e esse componente pode
provocar um aumento da tonicidade sanguínea, que consequentemente produz
a sensação de sede. Isso acontece por conta da hipernatremia caracterizada
pelo excesso de sódio no sangue, que pode ocorrer quando ingerimos muito sal na
dieta, aumentando a concentração de sódio sanguínea e, acarretando em uma
desidratação intracelular.
Como a
concentração do íon sódio no liquido extracelular aumenta muito, cria-se um gradiente
osmótico que resulta na movimentação da água para fora das células. A
conservação renal de água (pela liberação do hormônio antidiurético – HAD) e a
sede constituem os dois mecanismos essenciais no combate da hipernatremia. São
os centros nervosos do hipotálamo, os centros da sede, que detectam esse
aumento da tonicidade e produzem a sensação de sede.
Fundamentos Bromatológicos
A informação nutricional na embalagem dos produtos
alimentícios é obrigatória e geralmente são apresentadas as quantidades por
porção e porcentagem referente à recomendação diária daquele nutriente. Outra
informação importante presente nos rótulos dos alimentos é a composição dos
mesmos, listados na ordem decrescente de concentração.
Como identificar se um alimento é rico em sódio?
Se a quantidade de sódio for superior a 400mg em
100g do alimento, este é considerado um alimento rico em sódio, sendo
prejudicial à saúde, devendo ser evitado.
A Coca Cola® Zero possui aproximadamente 50mg de
sódio em 350ml, portanto, não é considerada um produto rico em sódio, mas ainda
pode causar complicações como a hipernatremia e aumento da pressão arterial, se
ingerida em excesso.
Uma das maneiras mais práticas de se diminuir o consumo de sal é
comparar a quantidade de sódio nos alimentos, observando as informações
nutricionais no verso das embalagens. Opte sempre por escolher aquele que
possui menos sódio/ sal em sua composição.
Legislação
A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo máximo de 2000mg (2g) de sódio por
pessoa ao dia, o que equivale a 5g de sal (lembrando que 40% do sal é composto
de sódio), mas os brasileiros atualmente consomem mais do que o dobro desta
quantidade. Então, é preciso reduzir drasticamente seu consumo para diminuir os
adoecimentos e mortes na população e, mais que isso, melhorar a saúde dos
brasileiros.
Em 2010, foi proposta uma nova agenda, relacionada ao sódio, com vistas
a contribuir para os esforços de redução do consumo de sódio da população
brasileira a menos de 2000mg/pessoa/dia até 2020, que vem sendo intensamente
trabalhada em conjunto pelo Ministério da Saúde, Anvisa e entidades
representativas das indústrias.
As discussões gerais sobre a redução da quantidade de sódio nos
alimentos industrializados vêm sendo realizadas no âmbito da Câmara Setorial de
Alimentos da Anvisa e as discussões específicas, por categorias de alimentos e
outros assuntos técnicos, no Grupo de Trabalhado, coordenado pela CGAN/MS, do
qual participam a Anvisa, a Coordenação-Geral de Doenças e Agravos
Não-Transmissíveis (CGDANT/MS) e representantes do setor produtivo.
Conclusão
Tudo que
modifica a quantidade de sal afeta a retenção de líquidos no corpo, pois o sal
ajuda a regular as passagens de líquidos e de substâncias pelas membranas das
células, mantendo a pressão osmótica delas. E é exatamente o cloreto de sódio
em exagero, juntamente com o dióxido de carbono do gás do refrigerante, que
juntos promovem a sensação de refrigeração e ao mesmo tempo dá sede em dobro, o
que induz o consumidor a pedir outro refrigerante e aumenta o comércio do
produto.
Não é necessário parar de consumir esses alimentos, apenas evitá-los,
dando preferência à alimentos mais saudáveis, pobres em sódio.
E não se
iluda, nem tudo que é líquido pode matar a sua sede!
É interessante notar este como mais um problema relacionado à Coca Cola Zero, visto que a própria marca já está associada à diversos problemas de saúde, por conter também compostos como corantes, acidulantes e conservantes, que podem apresentar sérios riscos à saúde do indivíduo a médio e longo prazo. Sem levar em consideração o alto teor calórico da bebida original.
ResponderExcluirA alta concentração de sódio na bebida Zero a determinaria como a ser evitada por indivíduos com problemas renais ou pressão alta, o que muitas vezes não ocorre. Indivíduos diabéticos por exemplo, tomam a versão zero da bebida e, levando em consideração que a diabetes e pressão alta estão entre as principais doenças que acometem Brasil, o indivíduo diabético possivelmente lembra-se de que não pode ter alta ingestão de açúcar mas, por não ser tão óbvio ou por ignorância, esquece-se de verificar o teor de sódio do que consome. O que contribui para a prevalência da doença nos indivíduos.
Inclusive, vale notar que o adoçante utilizado na Coca Zero no Brasil é o ciclamato de sódio (o que pode estar associado com os altos níveis de sódio presentes no refrigerante), um tipo de adoçante mais barato (que o aspartame por exemplo) mas que tem venda proibida pelo FDA nos Estados Unidos.