Leite Zero Lactose Piracanjuba®
O Leite Sem Lactose Piracanjuba é um produto indicado para
pessoas que necessitam realizar uma dieta com restrições ou intolerância a
lactose. A lactose é o açúcar presente no leite. Para ser digerida, é
necessário que a enzima lactase degrade-a, formando glicose e galactose. Quando
o organismo é incapaz de realizar a digestão de quantidades significativas
desse açúcar, ocorre o que chamamos de intolerância a lactose. Essa
incapacidade é resultado de uma quantidade insuficiente da enzima lactase nas
vilosidades intestinais.
Diferente do que
muitos pensam, o leite livre de lactose não é indicado para quem tem alergia as
proteínas do leite. Caso seja consumido, o indivíduo apresentará reação
alérgica, pois esse produto é livre somente do açúcar. Pessoas com esse tipo de
transtorno devem consumir o leite hipoalergênico.
Descrição do produto
O Leite Sem Lactose Piracanjuba é composto por leite semi desnatado, enzima lactase, estabilizante citrato de sódio, trifosfato de sódio, monofosfato de sódio e difosfato de sódio. Em destaque observa-se duas informações: “NÃO CONTÉM GLÚTEM” e “DIABÉTICOS: CONTÉM GLICOSE”. Diferente dos leites sem lactose de outras marcas, o Piracanjuba alega ser totalmente livre do açúcar, pois possui a enzima lactase na mesma proporção de lactose
Legislação vigente
De acordo com a
definição da ANVISA, produtos biológicos são moléculas complexas de alto peso molecular obtidas a partir de fluidos
biológicos, tecidos de origem animal ou procedimentos biotecnológicos por meio
de manipulação ou inserção de outro material genético (tecnologia do DNA
recombinante) ou alteração dos genes que ocorre devido à irradiação, produtos
químicos ou seleção forçada.
Apesar de se
encaixar em tal definição, a legislação do portal é voltada para medicamentos,
o que deixa a produção de alimentos biológicos praticamente livre de um padrão
de produção e comercialização.
Fundamentos bromatológicos
Os componentes do leite sem lactose são iguais ao leite bovino, diferindo apenas na ausência da lactose, que foi degradada pela enzima lactase. Os principais componentes são:
Água: está presente em maior quantidade, onde se encontram dissolvidos, suspensos ou emulsionados os demais componentes
Proteínas: são os componentes mais importantes do leite e são classificadas em: caseínas e proteínas do soro. São elas que conferem ao leite a cor esbranquiçada e opaca. As proteínas do leite consistem de 80% de caseína, que por sua vez é composta de vários componentes que juntos formam partículas complexas denominadas micelas.
Gordura: é formada por aproximadamente 98% de triglicerídeos,
os 2% restantes são formados por diglicerídeos, monoglicerídeos e ácidos
graxos livres. O leite de vaca contém em média 35 g de gordura/litro.Os
ácidos graxos predominantes no leite são os saturados, que formam de
60% a 70% dos triglicerídeos. Já os insaturados correspondem de 25% a
30%. Dois ácidos graxos de cadeia curta, o butírico e o capróico, são os
responsáveis pelo aroma característico do leite. A quantidade da
gordura total do leite integral é, em média, 3,8% e 14 mg/100 ml de
colesterol. O desnatado contém 1,7 mg de colesterol por 100 ml.
Vitaminas: o leite apresenta vitaminas A, D, E e K. Também são encontradas no leite as
vitaminas hidrossolúveis como, B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico e
niacina.
Sais Minerais: o leite possui os minerais
considerados essenciais à dieta do ser humano, existindo em maiores
concentrações os fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio,
potássio e magnésio. A ação fisiológica dos diferentes sais do leite é
importante, principalmente do fosfato de cálcio, na formação de ossos e
dentes.
Análises e comentários
Cerca de 25% da população brasileira tem intolerância a
lactose e são impossibilitadas de consumir leite e seus derivados. Os sintomas são dores abdominais, diarréia
ácida e gases. Com o objetivo de evitar tais desconfortos a esses indivíduos,
grandes empresas do ramo alimentício tem investido em produtos livres de
lactose, utilizando técnicas biotecnológicas em sua produção.
Nenhum animal mamífero continua ingerindo leite na fase adulta, exceto o homem. Evolutivamente é interessante a tolerância a lactose devido ao fato do leite ser uma rica fonte de nutrientes e de fácil acesso. Provavelmente a tolerância a lactose foi selecionada em
períodos de escassez de alimentos onde os homens tinham de recorrer ao
alimento dos bebês e os com maior tolerância a lactose sobreviveram e
passaram seus genes adiante.
Referências bibliográficas
ANTHONY K. CAMPBELL et al. The molecular basis of lactose intolerance. Science Progress No. 92, p. 241–287, 2009. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16805112>
A publicação sobre o leite sem lactose está bem clara e objetiva. Porém, me chamou a atenção a embalagem do leite conter a mensagem "Zero Lactose", uma vez que há uma briga entre as indústrias alimentícias e a ANVISA para poder utilizar esta frase nas embalagens.
ResponderExcluirA regulação da ANVISA entende que produtos isentos de lactose, para serem rotulados como tal, devem seguir uma regulamentação específica de alimentos para fins especiais. Mesmo sendo classificados como tal, ainda assim a portaria não prevê a possibilidade de se utilizar uma chamada na parte frontal do rótulo, informando de forma clara para o consumidor que o produto é sem lactose ou baixa lactose. A Agência alega não ser imprescindível informar sobre o conteúdo de lactose em alimentos para que nós, consumidores, possamos compor nossa alimentação. Além disso, o órgão regulador entende que o consumidor pode identificar, a partir da lista de ingredientes, a adição de lactose e derivados lácteos ao produto; uma afirmação totalmente equivocada, uma vez que a lista de ingredientes são escritas com letras minúsculas e boa parte da população não tem discernimento para identificar o que é cada ingrediente.A ANVISA ainda afirma que "O conteúdo de lactose em produtos são relevantes apenas para indivíduos com Intolerância a Lactose.” O que a Agência parece desconhecer é que pessoas com intolerância à lactose compõem mais da metade da população brasileira. De acordo com um artigo publicado pela Revista da Associação Médica Brasileira, em 2010, a prevalência da hipolactasia primária em adultos (intolerância à lactose mais comum) é de 57% entre brasileiros brancos e mulatos, chegando a 80 e 100% entre brasileiros negros e de descendência japonesa, respectivamente. Adiciona-se a este grupo celíacos (alguns celíacos não podem consumir lactose), pessoas com Sindrome do Intestino Irritável, Doença de Crohn, entre outras doenças que também fazem uso de uma dieta de restrição à lactose, e chegaremos a um número ainda mais alto. Será que mais de 115 milhões de brasileiros podem ser considerados APENAS um grupo específico?
Dessa maneira, parabenizo a indústria Piracanjuba por passar por cima dessa legislação para informar, claramente, aos seus consumidores sobre a ausência de lactose.
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ResponderExcluirRealmente é importante ressaltar a diferença entre ter alergia a proteína do leite e ser intolerante a lactose. Alguns médicos afirmam que as vezes até mesmo as reações em intolerantes à lactose e alérgicos à proteína são parecidas, principalmente em crianças, que podem ter sintomas como vômito, diarreia e mal estar. Apesar da marca em questão não ferir nenhuma regulamentação de informação de nutrientes, fabricantes desses produtos poderiam informar de forma mais clara as especificações do produto no rótulo para evitar casos como o de 2013, onde uma menina consumiu várias caixas de leite dessa mesma marca pensando estar adquirindo um produto isento da proteína do leite. Outro fato interessante que despertou meu interesse é, como ocorre esse processo de fabricação do Leite, como a enzima é inserida e em qual etapa do processo de fabricação? Para colocar a lactase dentro da caixa de leite, a indústria conta com uma cultura de bactérias que fabricam a enzima. A lactase é mais rápida na quebra da lactose a uma temperatura como a do nosso corpo, aproximadamente 36 graus. Abaixo disso, ela fica mais devagar e muito acima disso ela pode sofrer desnaturação. Os primeiros fabricantes colocavam a lactase no leite refrigerado antes do tratamento térmico, deixando a enzima trabalhando nos galões de leite durante 30 horas. Porém, na hora do tratamento térmico, os carboidratos menores e a enzima reagiam e acontecia a chamada Reação de Maillard. Atualmente a lactase é injetada no leite posteriormente ao tratamento térmico, na hora do envase, onde fica em repouso por 3 a 4 horas, impedindo a ocorrência da Reação de Maillard. Segundo nutricionistas, o produto só será considerado sem lactose, se o leite e soro de leite empregados tiverem sido tratados com a enzima lactase até a quebra de pelo menos 99,5% da lactose.
ResponderExcluirA lactose é o principal açúcar encontrado no leite e seus derivados e, para ser digerida, necessita da presença da enzima lactase. Um bebê normalmente apresenta grande quantidade desta enzima no intestino para ajudá-lo na digestão do leite materno, mas ela é comumente reduzida após o desmame, o que pode dificultar a digestão da lactose com o avanço da idade. Para que pessoas com baixa produção de enzima lactase possam usufruir dos benefícios dos produtos lácteos, a indústria tem criado cada vez mais produtos na versão ZERO LACTOSE. Hoje já encontramos, além do leite, opções de queijos, iogurtes e vários derivados com teor reduzido de lactose. Um litro de leite comum apresenta, em média, 4,9g de lactose. Na versão zero lactose, o alimento se torna mais leve e de fácil digestão.
ResponderExcluirAo contrário do que se pensa, a lactose não é retirada do produto lácteo. Ela passa pelo processo de hidrólise, ou seja, a molécula deste açúcar é quebrada em duas outras moléculas menores, glicose e galactose, com a adição da enzima lactase. Com isso, os produtos zero lactose não perdem as características sensoriais e nutricionais que fazem do leite um alimento tão completo, e apresentam uma melhora de sua digestibilidade, fato que tem chamado a atenção até mesmo de pessoas que não apresentam intolerância à lactose.
Vários pontos positivos podem ser destacados acerca do texto. Inicialmente fica clara a diferença entre alergia a proteína do leite e intolerância a lactose. Embora o consumo de leite por pessoas que tenham essas doenças gere sintomas semelhantes, as alternativas para evitá-las são completamente diferentes. Aos intolerantes a lactose é indicado o consumo de produtos bioógicos,caracterizados pela presença da enzima lactase, responsável pela degradação da lactose. O consumo desse produto por pessoas com alergia ao leite não é indicado, pois o a proteína ainda estará intacta e causará a alergia. Em geral crianças que apresentam alergia ao leite, inclusive materno, usam formulações especificas onde a proteína está hidrolisada e não causará nenhuma reação. A legislação vigente sobre produtos biológicos deve ser revista de modo a se tornar mais clara em relação a esse tipo de produto. Outro ponto marcante do texto é a descrição detalhada da composição nutricional do produto. O fato do homem ser o único animal que consome leite na fase adulta é interessante e pode estar relacionado ao sucesso evolutivo da espécie. Ótimo texto!
ResponderExcluirVários pontos positivos podem ser destacados acerca do texto. Inicialmente fica clara a diferença entre alergia a proteína do leite e intolerância a lactose. Embora o consumo de leite por pessoas que tenham essas doenças gere sintomas semelhantes, as alternativas para evitá-las são completamente diferentes. Aos intolerantes a lactose é indicado o consumo de produtos bioógicos,caracterizados pela presença da enzima lactase, responsável pela degradação da lactose. O consumo desse produto por pessoas com alergia ao leite não é indicado, pois o a proteína ainda estará intacta e causará a alergia. Em geral crianças que apresentam alergia ao leite, inclusive materno, usam formulações especificas onde a proteína está hidrolisada e não causará nenhuma reação. A legislação vigente sobre produtos biológicos deve ser revista de modo a se tornar mais clara em relação a esse tipo de produto. Outro ponto marcante do texto é a descrição detalhada da composição nutricional do produto. O fato do homem ser o único animal que consome leite na fase adulta é interessante e pode estar relacionado ao sucesso evolutivo da espécie. Ótimo texto!
ResponderExcluirÉ extremamente importante saber diferenciar a intolerância à lactose da alergia à proteína do leite de vaca. Esta alergia à proteína é uma doença quase que exclusiva em crianças, e promove sintomas diferentes dos apresentados na intolerância à lactose, como lesões na pele e problemas respiratórios. Já as pessoas que apresentam a intolerância à lactose, apresentam uma tolerância individual a este carboidrato presente no leite, ou seja, existe uma quantidade que cada pessoa pode ingerir de leite e seus derivados sem apresentar os sintomas de intolerância.A intolerância à lactose é caracterizada pela deficiência da enzima lactase. Esta enzima é responsável pela quebra da lactose - açúcar presente no leite -, que promove a absorção deste nutriente, e assim, fornece energia para o organismo. A presença desta lactose intacta, ou seja, que não foi aproveitada pelo organismo, causa alterações na parede do intestino, promovendo sintomas característicos desta intolerância, tais como dores abdominais, gases e diarréia. Grande parte da população acima dos 5 anos apresenta deficiência da enzima lactase, porém muitos não apresentam os seus sintomas, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico preciso. Por isso é importante que se acontecer alguma reação diferente ao consumir um destes produtos, deve ser imediatamente informada a um profissional médico, para que seja providenciado um diagnóstico adequado. Nos casos em que a alergia é identificada, é necessária a exclusão de todos os alimentos que contenham proteínas do leite de vaca, enquanto para os intolerantes, não há necessidade de exclusão obrigatória e total do leite e seus derivados.
ResponderExcluirA exclusão do leite da alimentação em função da intolerância pode contribuir com a deficiência de nutrientes, uma vez que o leite e derivados são importantes fontes de proteínas, vitaminas, cálcio e outros minerais. Neste sentido, o cuidado com a ingestão de nutrientes presentes no leite e derivados é importante para as pessoas que apresentam a intolerância à lactose.
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ResponderExcluirÉ importante ressaltar para o consumidor a diferença entre alergia ao leite (sensível à proteínas do leite) e intolerância à lactose (não possui a enzima lactase, que degrada a lactose). Leite e seus derivados são importante fonte de proteínas na dieta. Atualmente existem produtos, como iogurte e leite sem lactose, voltados para os indivíduos intolerantes à lactose. Também é necessário que seja regulamentada que o rótulo cite a presença de traço de leite, pois indivíduos alérgicos podem ter reações graves ao consumi-los.
ResponderExcluirDevido ao fato de um número significativo de indivíduos apresentar a chamada intolerância a lactose, é importante que a indústria de laticínios comece a se adaptar a realidade desta parcela da população e lançar mão de produtos que possam ser consumidos por estes sem que apresentem os incômodos relacionados com a intolerância, como os citados no testo (dor abdominal, diarreia ácida, gases). Na falta destas opções, resta a esses consumidores fazerem uso de comprimidos de lactase, que devem ser administrados antes de realizar o consumo de alimentos que contenham lactose. A lactase presente nos comprimidos degradam a lactose dos alimentos ingeridos, fazendo com que não ocorram as complicações envolvidas em seu consumo para aqueles que apresentam intolerância.
ResponderExcluirDevido ao fato de um número significativo de indivíduos apresentar a chamada intolerância a lactose, é importante que a indústria de laticínios comece a se adaptar a realidade desta parcela da população e lançar mão de produtos que possam ser consumidos por estes sem que apresentem os incômodos relacionados com a intolerância, como os citados no testo (dor abdominal, diarreia ácida, gases). Na falta destas opções, resta a esses consumidores fazerem uso de comprimidos de lactase, que devem ser administrados antes de realizar o consumo de alimentos que contenham lactose. A lactase presente nos comprimidos degradam a lactose dos alimentos ingeridos, fazendo com que não ocorram as complicações envolvidas em seu consumo para aqueles que apresentam intolerância.
ResponderExcluirOi Bianca Costa e Paula Gabriela dos Santos Barreto,
ResponderExcluirO produto tema do seu post é classificado com um alimento para dietas com restrição em lactose e não um produto biológico.
A intolerancia a lactose é uma deficiencia enzimática que acomete 1/4 da população brasileira (em variados níveis de intensidade) o que constitui um grande estorvo para estes quase 50.000.000 de brasileiros, pois em quase todo o territorio nacional o desenvolvimento historico, economico e socio-cultural levou ao desenvolvimento de hábitos culturais e alimentares majoritariamente voltados para o consumo de lacticinios como leite, queijo e manteiga. Tais individuos passam por grandes dificuldades na obtenção de alimentos proprios, especialment fora de suas residencias. O leite zero lactose não provoca sintomas gastrointestinais pois sua lactose foi previamente degradada, de forma que este carbohidrato nao é degradado indevidamente pela flora intestinal provocando gases e diarreia por elevar a pressao osmotica do bolo fecal, constituindo uma alternativa alimentar para aqueles acometidos.
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ResponderExcluirOs produtos "sem lactose" como explicado no texto, são produtos que apresentam uma quantidade proporcional de lactase (enzima degradadora de lactose) e lactose, sendo assim, podendo ser consumidos por indivíduos com intolerância a lactose e sendo diretamente direcionados a este tipo de público. Por outro lado, indivíduos com alergia às proteínas do leite não podem de forma alguma consumir este tipo de alimento, vide que as proteínas encontram-se intáctas. Deste modo, é de extrema importância que este tipo de produto apresente claramente na embalagem uma informação que deixe explícito esta diferença, já que muitos indivíduos podem não compreender a diferença entre estas duas debilidades. Acho extremamente necessário esta mudança na legislação, exigindo esta informação ainda na embalagem para evitar possíveis transtornos a pessoas com alergia a proteína do leite.
ResponderExcluirLuana Martins - 111197552 Período 2016.1
A má digestão da lactose acomete cerca de 70% da população mundial. A má digestão da lactose está relacionada com a deficiência da enzima lactase no intestino do indivíduo e consequentemente, a lactose não será digerida. Desse modo, quando há a chegada da lactose ao cólon, bactérias intestinais irão degradar a lactose em ácido láctico, ácido acético, hidrogênio e dióxido de carbono, que causarão os sintomas abdominais comuns na intolerância à lactose, como flatulência, diarréia, entre outros. A lactose é importante para alguns processos fisiológicos como agir sinergicamente com o cálcio melhorando sua fixação. Deve-se deixar claro que a redução de lactase após o desmame é um fenômeno geneticamente normal, programado e irreversível no ser humano, mas a prevalência depende do grupo étnico que o mesmo pertence. Esse fenômeno se chama de hipolactasia primária. Desse modo, a má digestão da lactose é classificada pela ANVISA como intolerância alimentar e não como alergia alimentar, pois não envolve o sistema imunológico. Assim, esses tipos de alimentos diferem na sua legislação também. De um lado, os alimentos alergênicos devem seguir a legislação de rotulagem segundo a RDC nº 26/2015, que incluem os indivíduos que são alérgicos à caseína, por exemplo, que é uma proteína presente no leite. De outro, os alimentos que são classificados como intolerantes alimentares devem seguir a Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998, que dispõe dos alimentos para fins especiais. Sendo que esse Leite Piracanjuba está classificado como alimentos com restrição de nutrientes, sendo subclassificado como alimentos para dietas com restrição de carboidratos, sendo incluido em alimentos para dietas com restrição de outros mono-e ou dissacarídios, que nesse caso é a lactose. Essa legislação de rotulagem será aperfeiçoada na Agenda Regulatória Biênio 2015-2016. Deve ser alertado que o indivíduo que possui alergia a alguma proteína presente no leite, como a caseína, por exemplo, não deve fazer a ingestão desse alimento. Por isso, a importância da diferenciação do que é intolerância e o que é alergênico. Um aspecto interessante é que o tipo de leite que não contém lactose é acrescido de uma cultura de bactérias, na indústria alimentícia, que irão produzir lactase e haverá degradação da lactose contida no mesmo. Deve-se atentar também que na rotulagem está escrito que o alimento não contém Glúten, que é uma proteína composta de glutenina e gliadina e essa informação é importante para os indivíduos que possuem a doença celíaca, que é uma doença autoimune inflamatória do intestino delgado. Assim, esses alimentos também devem seguir uma legislação específica que é a Lei 10.674/2003.
ResponderExcluirCristina da Costa- 112208720- 2016.1