http://www.vptrainers.com/wp-content/uploads/2013/07/bebida_isotonica.jpg
Descrição do produto:
Nos
últimos anos o consumo de bebidas esportivas, popularmente conhecidas como
isotônicos ou repositores hidroeletrolíticos, tem experimentado um crescimento
bastante expressivo. De acordo com uma empresa que fornece
análise de mercado, o Brasil consumiu o equivalente a US$ 423,2
milhões em 118,9 milhões de litros de bebidas esportivas no ano de 2011, um
crescimento de 30% sobre o faturamento de 2010 e de 14% sobre o volume de
vendas.
Esses
alimentos são direcionados para praticantes de atividades físicas, sendo uma
categoria especialmente formulada para suprir as necessidades e as perdas de
hidroeletrólitos relacionados aos exercícios físicos; ou seja, são utilizados para
facilitar a reidratação após ou durante a prática de exercícios regulares.
Essas
bebidas apresentam uma concentração de substâncias ou minerais semelhantes às
encontradas nos fluidos orgânicos, logo, um isotônico deve possuir a mesma
pressão osmótica que o sangue humano. Essa é a principal característica que permite
que a bebida seja rapidamente absorvida após o consumo. Os seus eletrólitos
principais são: sódio, cloreto, potássio, cálcio, magnésio e
fósforo.
A
osmolalidade da bebida, expressa em mOsm/L, depende de sua pressão osmótica e é
calculada a partir da concentração molal de cada eletrólito. Os isotônicos estão
classificados na faixa de valor de osmolalidade entre 290 - 330 mOsm/L, sendo
que o valor osmótico do plasma sangüíneo humano geralmente varia de 285 a 295
mOsm/L. A fabricação dessas bebidas é, primariamente, uma questão de mistura de
ingredientes, onde o sabor básico dos eletrólitos presentes na bebida se torna
pouco agradável ao paladar, logo é comum a adição de flavorizantes a base de
frutas na sua composição.
Fundamentos Bromatológicos
As perdas de líquidos e
das reservas corporais de carboidratos e eletrólitos são as causas principais
de fadiga em um exercício prolongado. Os carboidratos presentes nos isotônicos
funcionam como substrato energético dutante e após atividade física.
Além dos carboidratos,
há a presença de cloreto de sódio. Eles estão presentes predominantemente nos
líquidos extracelulares e participam na manutenção da pressão osmótica dos
fluidos corporais. A adição de sódio à água aumenta a absorção de fluidos, o
que ocorre em maior proporção na presença de carboidratos.
O potássio é o íon mais
encontrado nos fluidos intracelulares e, assim como o sódio, está largamente
combinado ao cloro e também contribui para a manutenção da pressão osmótica e
balanço ácido-básico.
Legislação
Pertinente
As
bebidas isotônicas estão classificadas como “suplemento hidroeletrolítico para
atletas” segundo a RDC n°
18, de 27 de abril de 2010 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde.
Além disso, devem conter
uma concentração de sódio entre 460 e 1150 mg/L, devendo ser utilizados sais
inorgânicos para fins alimentícios como fonte de sódio. A osmolalidade do
produto deve ser inferior a 330 mOsm/kg água e os carboidratos podem constituir
em até 8% (m/v). O produto pode ser adicionados de vitaminas e minerais,
conforme o Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes
essenciais. Pode ocorrer a adição potássio em até 700 mg/L, sendo proibida a
adição de outros nutrientes e não nutrientes, inclusive de fibras alimentares
Na rotulagem dos suplementos
hidroeletrolíticos deve-se constar a expressão: “isotônico” para os produtos
prontos para o consumo com osmolalidade entre 270 e 330 mOsm/kg água, além da
frase,“Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e seu consumo deve ser orientado
por nutricionista ou médico”. Não podem constar: imagens e/ou expressões que
induzam o consumidor ao engano quanto a propriedades do produto e/ou efeitos
que não possam ser demonstrados referentes à perda de peso, ganho ou definição
de massa muscular e similares, referências a hormônios e outras substâncias
farmacológicas e/ou do metabolismo mediante imagens e ou expressões. Além das palavras: "anabolizantes",
"hipertrofia muscular", “massa muscular”, "queima de
gorduras", "fat burners", "aumento da capacidade
sexual", “anticatabólico”, “anabólico”, equivalentes ou similares.
Análises
e comentários
Quando
você sente aquela sede num dia quente, depois de um exercício físico leve ou
até mesmo pela caminhada da sua casa até algum lugar. É quase certo que esse
"exercício" vá pedir uma bebida para aliviar a situação. Antigamente
o natural seria tomar um copo de água, mas atualmente essa prática está sendo substituída.
Talvez o sabor e a composição dos isotônicos sugerem que essa bebida seja uma
boa ideia e até faça bem para o organismo. Mas não é tão simples assim.
Como
descrito anteriormente, essas bebidas são produzidas especialmente para
atletas, e às vezes o seu uso inadequado por pessoas que não as necessitam,
podem acabar se transformando em potenciais riscos a saúde. Segundo a
ANVISA, “este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes,
portadores de enfermidades e idosos”. O seu uso indiscriminado, sem noção, como
refrigerante por exemplo, por crianças e mesmo por jovens, adultos, além de
gestantes, deve ser evitado e sem dúvida, alertado pelo médico.
Um
dos alertas é para pessoas que sofrem de hipertensão, pois essas bebidas são
ricas em sódio, e os hipertensos precisam controlar o consumo tendo em vista
que a dieta do brasileiro de forma geral já é rica em sódio em uma série de
fontes que suprem muito bem a demanda diária. A recomendação de especialistas é
que o consumo de cloreto de sódio seja de 2 g, e no máximo 5g por dia. Além da hipertensão, o
consumo não é indicado para quem tem diabetes, tendo em vista que a bebida possui
sacarose e para quem tem problemas renais. Os isotônicos também não substituem
o soro em casos de diarreia, embora possam ajudar quando o problema não é tão
sério, sendo esse um dos grandes mitos existentes.
Essas
informações muitas das vezes passam despercebidas pela população, que acabam
utilizando o isotônico como uma bebida usual, como o refrigerante por exemplo.
Ou quando simplesmente sentem sede, ao invés de ingerir água, ingerem
isotônicos. Por isso, cabem aos profissionais da saúde o maior esclarecimento e
indicação da melhor forma de reidratação de acordo com cada caso.
http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/66/isotonicos-consuma-com-moderacao-seu-corpo-reage-quando-voce-104019-1.asp
Referência
Bibliográficas:
BRASIL. Resolução RDC n° 18, de 27 de abril de 2010
da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 27
abril. 2010.
BENJO AM, PINEDA AM et al.Left
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Circulation. 2012;
GEITTENS, R,M; Estudo Comparativo entre Bebidas Isotônicas e Hidrotônicas. Universidade Tecnológica Federal do Paraná..2012
MATTA,
V.M; WOLKOFF,D.B;MORETTI, R.B; Bebidas para praticantes de
atividades físicas: repositores
hidroeletrolíticos.
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Agroindústria de Alimentos. Rio de Janeiro, RJ.2009
PETRUS,
R.R; FARIA, J.A.S. Processamento e
avaliação de estabilidade de bebida isotônica em garrafa plástica. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, jul.-set.
2005
Sports drinks
and energy drinks for children and adolescents: are they appropriate?Committee on
Nutrition and the Council on Sports Medicine and Fitness. From TheAmerican
Academy of Pediatrics. Pediatrics 2011.
Alunos: Rafael Miranda e Luiz Carlos
A definição de “bebida isotônica” ou “bebida esportiva” é indicada para atletas e praticantes de atividades físicas prolongadas e intensas, especialmente formulada para suprir as necessidades relacionadas aos exercícios físicos facilitando a reidratação durante e após a prática de exercícios intensos, repondo água e sais minerais perdidos pela transpiração.
ResponderExcluirVale ressaltar que, devido ao alto consumo de bebidas isotônicas pela população em geral, a portaria da ANVISA de 13 de Novembro de 2008 alterou a denominação de “repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade física" para ser considerado "repositor hidroeletrolítico para atletas", e as empresas devem atender aos seguintes requisitos, como:
- O produto formulado para fins de reposição hidroeletrolítica deve conter sódio, cloreto e carboidratos.
- A quantidade de sódio deve estar entre 460 e 1150 mg/l.
- Os carboidratos devem constituir de 4% a 8% (m/v).
- A osmolalidade do produto não deve ser superior a 330 mOsm/Kg água. A empresa deve comprovar, por meio de cálculos e ou de análise laboratorial, a osmolalidade do produto. As bebidas com osmolalidade entre 270 e 330 mOsm/kg água podem ser consideradas isotônicas.
- Este produto não pode conter vitaminas e outros minerais.
As bebidas isotônicas não fornecem energia, repõe água e sais minerais perdidos pelo suor, retardam a fadiga muscular e melhoraram a performance em exercícios de longa duração ou realizados sob uma temperatura elevada com sudorese excessiva.
Outro fator que deve ser ressaltado é que o consumo inadequado pode trazer prejuízos à saúde, pode agravar doenças como diabetes, hipertensão, doença renal e oferecer riscos à saúde de grupos específicos como crianças, idosos e gestantes.
O uso de bebidas isotônicas é uma boa forma de hidratação e reposição eletrolítica para atletas e praticantes de atividades físicas. Entretanto, como ressaltado no texto, o seu uso deve ser controlado e não utilizado apenas para "matar a sede". A facilidade com que encontramos esses produtos no mercado e os diversos sabores oferecidos facilitam o uso excessivo e, muitas vezes, inadequado. Como já citado, hipertensos e diabéticos geralmente não possuem o conhecimento do risco que isotônicos podem trazer para a situação em que se encontram. Não há informações à respeito nos rótulos e médicos e nutricionistas dificilmente citam essas bebidas durante as consultas médicas. Idosos e crianças também devem ficar atentos ao uso de isotônicos, pois raramente os exercícios praticados nessas fases da vida justificam o uso dessas bebidas. Outro fator que não é muito citado, mas que trás riscos para a saúde é a fragilidade que isotônicos podem trazer para os dentes. O pH baixo dessas bebidas promove a desmineralização dos dentes, aumentando as chances de cáries e sensibilidade dentária. Além disso, indivíduos que fazem uso de bebidas isotônicas sem a prática de exercícios físicos podem ter dificuldades em perder peso, devido a quantidade de carboidratos contida nelas.
ResponderExcluirDepois de praticar um exercício físico, é importante se hidratar. Essa afirmação todo mundo já conhece. Os isotônicos são uma boa solução para repor o líquido que perdemos, no entanto, a dúvida sempre fica: e quando eu não pratico exercícios físicos, é melhor beber água ou isotônicos? O consumo inadequado de bebidas isotônicas pode ser um erro grave, que pode levar ao agravamento de algumas doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Crianças e idosos, principalmente, devem tomar cuidado. O aumento dos sais na corrente sanguínea, causado pela ingestão de isotônicos, pode ser um fator desencadeador para sintomas de algumas doenças, principalmente doenças renais.
ResponderExcluirOutro problema grande é a fragilização do esmalte de nossos dentes. Já que quando ingerimos um líquido muito ácido, os nossos dentes sofrem um processo de desmineralização, ficando com poros por toda sua superfície.
O termo isotônico refere-se à concentração iônica do liquido em relação ao sangue. Isso quer dizer que a concentração de sais minerais presente nesse tipo de bebida é igual ou muito similar ao do sangue. Por apresentar essa característica os isotônicos apresentam melhor capacidade de repor os líquidos e sais minerais, como sódio, potássio, cálcio e fósforo, perdidos através da transpiração durante um exercício com uma carga intensa. Assim, ele tem o intuito de prevenir, por exemplo, a desidratação e ainda melhorar o desempenho esportivo. Dessa forma, eles devem ser ingeridos preferencialmente por atletas. Para aqueles que não praticam atividades físicas suficientes que o façam perderem muitas calorias, a bebida isotônica não é a melhor opção, pois ela vai diminuir as chances da perda de peso, devido à presença de carboidratos no isotônico. Além disso, o consumo excessivo do isotônico como alternativa para matar a sede e se hidratar, é um erro grave, pois pode levar ao agravamento de algumas doenças crônicas como hipertensão e diabetes, sobrecarregar o rim no processo de excreção dos minerais e ainda prejudicar o esmalte do dente, podendo causar cáries e aumento da sensibilidade.
ResponderExcluirO uso desse tipo de produto realmente deve ser feito com cautela. Muitas pessoas encaram esses isotônicos como bebidas inofensivas que podem ser utilizadas por qualquer tipo de pessoa. É necessário que se faça um alerta principalmente a pessoas com doenças metabólicas, como hipertensão e diabetes que podem ter o quadro agravado com o consumo excessivo desse tipo de produto. Além disso, pacientes com problemas renais podem aumentar a sobrecarga ao rim quando consomem isotônicos. O ideal é que seja feita uma ampla divulgação para alertar a população sobre os possíveis riscos do uso de isotônicos. Para cessar a sede, água, sempre. Como os próprios autores escrevem: "isotônico não é água!". Bom texto!
ResponderExcluirÉ importante ressaltar que muitas pessoas buscam por este tipo de produto por considerarem-no superior a água, com mais vitaminas e minerais, como uma forma de hidratar-se mais completa e rapidamente.A propaganda que gira em torno deste tipo de produto contribui para esta má-interpretação da população consumidora. Os autores do trabalho foram muito perspicazes em ressaltar as diferenças entre isotônicos e a água, pura e simples e muito fortunos na exemplificação e explicação dos riscos que o consumo excessivo deste tipo de produto pode trazer à saúde das população, em especial a população, em especial a indivíduos com problemas renais, cardíacos e distúrbios eletrolíticos. Vale ressaltar também que este tipo de produto pode sofrer interações medicamentosas com fármacos que influenciem de algum modo o equilíbrio eletrolítico corporal.
ResponderExcluirTudo que é administrado no corpo humano, seja um medicamento, um alimento ou um líquido, precisa ser considerado no equilíbrio final do organismo.
Thalita Reis Cabral - 111197170
A legislação vigente estipula que bebidas com osmolaridade entre 270 - 330 mosm sejam caracterizadas como "isotonicos", ou seja, possuem osmolaridade semelhante à aquela do plasma sanguíndeo normal. Esta isotonicidade permite que o liquido seja absorvido mais rapidamente além de fornecer eletrólitos necessarios para a manutenção das funçõess musculares e nervosas de um exercício intenso. Porém tais eletrólitos podem ser um problema se consumidos por pessoas que apresentam hipertensão ou problemas renais, pois o aumento no consumo de eletrólitos pode elevar a pressão osmótica do sangue provocando crise hipertensiva, e sobrecarregar a função renal em pessoas acometidas por problemas renais. A água continua sendo a melhor alternativa em caso de sede, os isotonicos industriais sendo mais bem empregados por pessoas desidratadas ou por atletas de alto rendimento para a manutenção do equilibrio eletrolitico durante exercicio intenso.
ResponderExcluirAs bebidas energéticas são consumidas por 30% a 50% de adolescentes e jovens adultos, e estando associadas com efeitos adversos sérios, especialmente em crianças, adolescentes e jovens adultos com convulsões, diabetes, anormalidades cardíacas, distúrbios comportamentais ou de humor, e ainda, aqueles que fazem o uso de medicamentos. Ainda que na RDC nº18/2010 esteja expresso que "crianças, gestantes, portadores de enfermidades e idosos não podem fazer o uso dessas bebidas energéticas", ainda há negligencia por parte dos pais que deixam seus filhos ingerirem. Há um debate nos EUA para que essas bebidas tenham sua venda restrita e advertida, porque tiveram casos de superdose de cafeína e 46% desses casos ocorreram com jovens de 19 anos.
ResponderExcluirOutro aspecto interessante a ser abordado é que alguns indivíduos que estão iniciando a prática de esportes tem em mente que ingerindo essas bebidas energéticas podem obter um emagrecimento mais rápido. Um estudo interessante que ocorreu no estado americano de Illinois compararam o consumo de energia de bebidas esportivas ingeridas durante o exercício com o gasto calórico induzido pelo exercício em que eles determinaram se o uso da bebida podia eliminar o déficit de energia e comprometer condições para uma melhor aptidão metabólica. O resultado desse estudo foi que essas bebidas não aboliram o déficit calórico do exercício aeróbico, sendo bebidas que oferecem 30 a 60g de carboidratos por hora, mas o indivíduo tinha que se exercitar em períodos adequados com intensidade de moderada à alta. Nessas condições, o indivíduo ainda mantinha um déficit calórico substancial. Esse estudo foi feito com atletas de alta performance e possuíam acompanhamento médico. O grande problema dessas bebidas é a falta de informação para os leigos, que chegam ao mercado e fazem a compra desses produtos, a respeito os seus efeitos adversos que podem ser inúmeros e muitas vezes perigosos, como indicados acima, se não possuir um acompanhamento de um médico ou de um nutricionista.
Os isotônicos passaram a ser uma bebida muito comum no dia a dia da população, pois muitos não sabem que seu consumo indiscriminado pode gerar problemas para a saúde, uma vez que são destinados à esportistas que precisam suprir as necessidades e perdas de hidroeletrólitos. Segundo a legislação, os isotônicos devem conter entre 460 e 1150 mg/L de concentração de sódio, sua osmolalidade deve ser inferior a 330 mOsm/kg água e pode conter até 8% (m/v) de carboidratos. Sendo assim, sua composição pode causar riscos para certos públicos, como hipertensos, e seu consumo deve ser feito de maneira responsável. O alerta sobre esse assunto deveria ser muito maior, visto que esses produtos estão livremente nas prateleiras de supermercados e são muito consumidos.
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