Drinkinity apresenta um desing contituído de duas parte: Vessel e
Pods. O Vessel contém 1 garrafa plástica reutilizável para
bebidas não alcoólicas e frias (com água em temperatura de até 65°C), com capacidade
de 700ML=24Oz, que deve ser conservada em local seco, fresco e sem odores
fortes. Os Pods são constituídos por ingredientes em pó e
elementos líquidos essenciais, que são liberados quando acoplados ao Vessel.
São oferecidas várias combinações de sabores e benefícios que permitem que o
consumidor personalize sua hidratação de acordo com as suas necessidades.
Revisão bibliográfica e
fundamentos bromatológicos:
Dando
um maior enfoque para a categoria ENERGY,os pods de sabor maçã guaraná apresentam os seguintes
ingredientes: água, açúcar, maltodextrina, cafeína
(41,6 mg/200mL produto preparado), niacinamida, d-pantotenato de cálcio,
cloridrato de piridoxina, ácido fólico, cianocobalamina, biotina, acidulante
ácido cítrico, aromatizantes, conservadores: benzoato de sódio e sorbato de
potássio, reguladores de acidez: ácido málico e citrato de sódio, corante
caramelo IV, edulcorantes: acesulfame de potássio e sucralose e corante
artificial tartrazina. Os pods de sabores erva
mate e romã ameixa apresentam os
seguintes ingredientes: água, açúcar, maltodextrina, cafeína (38 mg/200mL produto
preparado), niacinamida, d-pantotenato de cálcio, cloridrato de piridoxina,
ácido fólico, cianocobalamina, biotina, acidulante ácido cítrico,
aromatizantes, conservadores: benzoato de sódio e sorbato de potássio,
emulsificante goma arábica, edulcorantes: acesulfame de potássio e sucralose,
regulador de acidez citrato de sódio e estabilizante goma éster.
Sendo assim, o objetivo do nosso trabalho foi avaliar se uma
hidratação baseada em bebidas, que possuem um sistema de aromatização e
edulcoração trazem de fato benefícios à saúde de indivíduos que
não consomem água em quantidade considerada necessária para consumo diário, ou
se adição destes atrativos se trata apenas uma estratégia de marketing para
venda do produto.
A
água é a molécula mais abundante do organismo e também é consumida em maior
quantidade que qualquer outro nutriente, constituindo cerca de 50% a 70% do
peso corporal. A necessidade diária de água varia individualmente. Apesar de essencial à vida, a água é
muitas vezes deixada de lado pelo consumo de refrigerantes e sucos
industrializados, por exemplo.
No entanto, nas últimas décadas, a
preocupação com a saúde está cada vez mais visível no comportamento da
população. A busca pela qualidade de vida se estende aos cuidados com a alimentação,
caracterizada por uma crescente demanda por produtos saudáveis e com
características nutricionais e sensoriais próximas dos alimentos in natura.
Baseada nisto, a indústria alimentícia está cada vez mais atenta aos desejos do
consumidor e investe na formulação e produção de novos produtos, concentrando
seus esforços na área de marketing no apelo à vida saudável.
O
consumo de bebidas com adição de componentes estimulantes teve uma aumento
muito grande em todo o mundo, sendo desenvolvidas para incrementar a
resistência física, prover reações mais velozes a quem as consumia, levar a uma
maior concentração nas atividades exercidas, evitar o sono, proporcionar
sensação de bem-estar, estimular o metabolismo e ajudar a eliminar substâncias
nocivas para o corpo. A fortificação de bebidas isotônicas e energéticas com
vitaminas tem sido uma prática adotada pela maioria das indústrias do ramo,
sendo as vitaminas do complexo B, vitaminas C e ácido fólico as principais
encontradas nos produtos.
DISCUSSÃO :
As bebidas com finalidade energética
apresentam normalmente carboidratos e cafeína como seus principais
ingredientes. O carboidrato tem a função de prover o nutriente energético e a
cafeína de estimular o sistema nervoso central, além destes eles também pode conter
uma ampla variedade de outros ingredientes como aminoácidos e vitamina.
Principalmente vitaminas do complexo B usadas pelo corpo como cofatores auxiliares que permitem que a energia seja fornecida a partir dos nutrientes energéticos.
Segundo a legislação o limite máximo é de 35
mg/100mL de cafeína em bebidas energéticas. O produto analisado não extrapola
esse valor considerando que será usado um pod por 400mL de água no vessel. O
consumidor pode querer potencializar a bebida usando mais de um pod ou até
mesmo colocar menos água já que o produto será preparado por ele, com isso a
quantidade ingerida pode ser bem maior que o permitido, isso não só para a
cafeína, mas também pode haver o aumento de carboidrato, vitamina do complexo
B, sódio mais também conservante e edulcorante e aromatizante.
O grande problema é que o consumo dessa
bebida é altamente estimulado em propagandas para ser consumido como substituto
do consumo diário de água, podendo em excesso causar danos ao consumidor.
Concentrações elevadas de açúcar diminuem a
absorção de água pelo corpo, fazendo com que estas bebidas não cumpram a função
de hidratar, especialmente durante exercícios prolongados e vigorosos. Além
disso, o excesso poderá ser armazenado no corpo na forma de gordura. A cafeína
em excesso pode leva a ansiedade, agitação, dificuldades de conciliar o sono,
diarréia, tensão muscular e palpitações cardíacas. O consumo exagerado de sódio
leva a problemas cardiovasculares como o aumento da pressão. O uso exagerado de acido fólico pode gerar
convulsões em pessoas predispostas. Se houver hipervitaminose de complexo B
pode causar sensibilidade dos olhos a luz e dores na extremidade (vitamina B6),
rubor, aumento de glicose, distúrbio do fígado e aumento dos níveis de ácido
úrico (Niacina B3), diarréia (ácido pantatênico), reações alérgicas e
alterações esplênicas (vitamina B12).
O uso desse produto em diabéticos e
hipertensivos não é recomendado pela presença de açúcar e sódio
respectivamente. Se consumidos pode agravar o quadro do paciente principalmente
se usado com freqüência como é induzido pelas propagandas. Em grávidas também
não é recomendado pela presença da cafeína o mesmo ocorre para crianças.
Conclusão:
O
objetivo do produto que é aumentar o consumo de água na população é um ponto
considerado positivo, mas os componentes que vão aumentar a palatabilidade
não devem ser consumidos exageradamente, tornando o produto inadequado para
consumo diário para substituição da água potável. O produto pode ser utilizado
como uma bebida da classificação energy drink que é determinada na legislação.
Outro ponto negativo é a procedência da água que não é incluída no produto,
sendo responsabilidade exclusiva do próprio consumidor. O aviso de que o
produto não deve ser consumido por hipertensos, diabético, grávidas e crianças deve
vir incluso na embalagem do produto e ser mencionado nas campanhas publicitárias.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
CARVALHO, Joelia Marques de; MAIA,
Geraldo Arraes; SOUSA, Paulo H.M. dee RODRIGUES, Sueli. Perfil
dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína,
taurina, guaraná e glucoronolactona. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.).
2006, vol.65, n.2, pp. 78-85. ISSN 0073-9855.
ENDO, Érika et al. Caracterização
do mercado consumidor de "água aromatizada": hábitos e
motivações para o consumo. Ciênc. Tecnol. Aliment.. 2009,
vol.29, n.2, pp. 365-370. ISSN 1678-457X.
CASTRO, Fernanda J. de; SCHERER, Rodrigo and GODOY, Helena
T.. Avaliação do teor e da estabilidade de vitaminas do
complexo B e vitamina C em bebidas isotônicas e energéticas. Quím. Nova. 2006, vol.29, n.4,
pp. 719-723. ISSN 1678-7064.
Autoras: Sara Monteiro e Thaís Oliveira
De fato, o consumo de água deve ser incentivado uma vez que ela é de vital importância para o bom funcionamento do organismo. O produto apresentado deve ser inserido nesse contexto apenas como uma forma temporária de aumentar a ingesta de água ou em casos de qualquer deficiência de um ou mais componentes. Preço a parte, me pergunto qual seria o efeito de consumir durante anos a bebida só pra ter um motivo para aumentar a ingesta de água chamando a atenção da presença de cafeína e de corantes que podem ser prejudiciais a saúde. A água está presente em diversos alimentos em quantidades razoáveis e sua quantidade diária pode ser facilmente alcançada. É praticamente desnecessário o consumo desse produto apenas por esse motivo, além do dinheiro envolvido.
ResponderExcluirSou consumidora do Drinkfinity faz um ano e não creio que o produto em si substitua a ingestão de água pura. Inclusive a própria marca incentiva consumir água com frutas dentro do recipiente/garrafa, não só o consumo da cápsula. Eu não consigo consumir várias cápsulas por dia como substituo da água, uma é o suficiente. Seria interessante avaliar a frequência de uso dos usuários e ver se existe o consumo diário e se bebem água pura.
ResponderExcluirNa verdade quando eu comprei Drinkfinity ninguém me falou de substituir a agua por ele, e sim substituir refrigerante por ele e não consumir mais que 2 pods por dia
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