Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aditivos Alimentares: Será que tem como substituir?



O Dolly guaraná é um refrigente produzido a base de extrato de guaraná, planta nativa da floresta amazônica e, atualmente, cultivada em várias regiões do Brasil. A empresa produtora, a Dolly, é uma empresa 100% brasileira que utiliza um personagem de caráter infantil, o Dollynho, sendo uma marca bastante atrativa a crianças. O refrigerante apresenta os aditivos benzoato de sódio como conservante. benzoato de sódio já foi citado como causa de casos de crises alérgicas em crianças com intolerância a aspirina e como causa de hiperatividade em crianças. Segundo a Portaria SVS/MS n° 540 de 27 de outubro de 1997, o uso de aditivos necessita de razão tecnológicas, nutricional ou sensorial para ser ultilizado e quando sua função puder ser obtida por processo de fabricação adequado seu uso torna-se inadequado. Segundo a Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos (ANIRSF) de Portugal, os refrigerantes são submetidos a um processo físico de conservação, a pasteurização, ou seja, sem adição de aditivos. Seria possível que o Dolly guaraná fosse produzido sem a adição do conservante e prevenir, assim, sua criança dos efeitos prejudiciais deste composto?


RESUMO

O Dolly guaraná é um refrigerante produzido por uma empresa 100% brasileira Dolly que utiliza a expressão “O melhor é brasileiro”. Em sua propaganda mostra um personagem, o Dollynho, o qual é bastante atrativo para as crianças. Por outro lado, apresenta em seus ingredientes o benzoato de sódio, um conservante artificial o qual está entre os aditivos alimentares que causam hiperatividade e hipersensibilidade em crianças. O objetivo deste trabalho é avaliar a nescessidade do uso do conservante benzoato de sódio, assim como sua toxicidade, no refrigerante Dolly guaraná. A existência de produtos comerciais pasteurizados e, por isso, isentos de conservantes, mostraram a possibilidade da não utilização do benzoato de sódio como conservante no refrigerante analisado.

IMAGENS DO PRODUTO



LEGISLAÇÃO

Aditivo alimentar é definido, segundo a portaria n° 540 de 1997, como “qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”. De acordo com esta portaria, os aditivos, antes de serem autorizados devem ser submetidos a avaliação toxicológica adequada, levando em conta efeitos acumulativos, sinérgicos e de proteção decorrentes do uso, assim como, seu uso deve ser limitado a alimentos específicos e antes de serem utilizados devem apresentar justificativa da nescessidade tecnológica de seu uso, quando não apresentarem alternativas operacionais mais adequadas que possam alcançar o mesmo fim. Os aditivos alimentares são listados e enumerados segundo o Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares e os limites para os aditivos em bebidas não alcoolicas gaseificadas e não gaseificadas estão listados na RDC n° 5 de 2007, onde o limite para o uso dos benzoatos é de 0,05g/100ml (como ácido benzóico).

Segundo o código de boas práticas de higiene e guia de aplicação do HACCP (Análise de Perigos e Controle dos Pontos Críticos) para as indústrias de refrigerantes, sumos de frutos e néctares elaborado pela ANIRSF (Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutas), os refrigerantes gaseificados são produtos que contêm “água, açúcar(es) e/ou edulcorante(s), aromas, outros ingredientes e aditivos alimentares permitidos legalmente e a adição de dióxido de carbono” e podem conter ainda sumos de frutas. Neste código ainda, apresenta a estabilidade microbiológica como sendo garantida por boas práticas de fabricação, boa higienização, pH ácido (pH<4,5),e carbonação, podendo ou não apresentar conservantes e apresentando a pasteurização como um método de evitar a contaminação microbiologica em bebidas que contem sumos de frutas.


FUNDAMENTOS BROMATOLÓGICOS ANUNCIADOS

Os refrigenrantes também estão sujeitos a deteriorização microbiológica, causada por leveduras e bacterias provocando alterações no aspecto, sabor e odor. O benzoato de sódio é um sal de ácido benzóico com propriedade conservante e toxicidade similires ao acido benzóico. O benzoato de sódio é utilizado mais frequentemente na industria de alimentos por ser mais aproximadamente 200 vezes mais solúvel em água que o ácido benzóico (WHO, 2000). Acredita-se que o poder conservante se dá pela forma não ionizada do composto, a qual atravessa a membrana celular do microorganismo, tornando-se ionizada no interior celular. Sua forma ionizada acumula no interior celular, alterando as funções normais do sistema de transporte pela membrana celular por gradiente de concentração.
A Pasteurização é um método esterilização comercial de alimentos, utilizado na produção de refrigerantes em Portugal (ANIRSF), por tratamento térmico onde há a destruição dos micoorganismos patogênicos dentre outros microorganismos não esporulados e termossensíveis. É também um método utilizado para aumentar o tempo de prateleira de alguns alimentos, já que é capaz de eliminar os microorganismos que deterioram os alimentos. Há 4 tipos possíveis de se realizar a pasteurização mostrada no quadro 1 (Camargo e Walder, 2006).



DISCUSSÃO

A conservação microbiológica de alimentos é de grande importância para industria de alimentos. Para este fim são utilizados métodos de esterilização parcial, como a pasteurização, e métodos que impeçam o crescimento de microorganismos como a adição de aditivos alimentares da classe de conservantes. Como os aditivos alimentares devem ter seu uso limitado e somente utilizado quando não a alternativa tecnologica que alcance o objetivo, devem ser evitados. Isto não é o que observamos nos refrigerantes brasileiros.
Observando o Dolly guaraná observamos a existência do conservante benzoato de sódio, o qual é muito ultilizado pela sua baixa toxicidade. Por outro lado, este conservante tem demonstrado associação com aparecimento de hipersensibilidade alimentar e hiperatividade, situações preocupantes quando observamos o consumo de crianças. Estas são as mais sucetíveis a apresentar estas circunstâncias, como também, os grandes consumidores de alimentos contendo aditivos alimentares com mesmos efeitos, como a tartrazina, aditivo utilizado como corante.
A Classificação Internacional das Doenças da OMS, classifica hiperatividade infantil por: "... uma combinação de comportamento hiperativo e pobremente modulado, com desatenção marcante e falta de envolvimento persistente nas tarefas; conduta evasiva nas situações; e persistência no tempo dessas características de comportamento". Estudos feitos com benzoato de sódio mostraram que este pode exacerbar o comportamento hiperativo de crianças pequenas (Barrett, 2007). Estudos epidemiológicos têm demonstrado que crianças com comportamento hiperativo, quando não tratadas, ficam mais propensas a desenvolver distúrbios sociais, emocionais e comportamentais, bem como a ter problemas na escola (Braga, 1998).
Um estudo duplo-cego para investigação de hipersensibilidade realizado com os aditivos alimentares metabissulfito de sódio, benzoato de sódio e tartrazina foi realizado em pacientes com diagnóstico de urticária e angioedema crônicos e história clínica que sugeriam relação entre o aparecimento dos sintomas e a ingestão de aditivos alimentares, ou sem causa desencadeante definida (Montaño-García et al., 1989). Foram realizados 132 testes, sendo 8,3% positivoa para angioedema e urticária, onde 15% foram referente ao benzoato de sódio, 12,1% á tartrazina e 6% ao metabissulfito de sódio.
Diferentemente da maioria dos refrigerantes brasileiros, os produtos oriundos de Portugal, o qual teve sua primeira bebida de sumo de fruta pasteurizada em 1954, o refrigerante Sumol, e hoje apresenta inumeras bebidas não alcoólicas gaseificadas sem conservante, como o refrigerante de guaraná da Unicer. Este método foi desenvolvido por Louis Pasteur, em 1864, através da observação da possibilidade de inativação de microorganismos deterioradores em vinho por meio da aplicação de calor, e, como visto, vem sendo utilizado comercialmente em Portugal, despensando a utilização de conservantes. O uso comercial deste método sendo utilizado em refrigerantes mostra uma alternativa operacional adequada para garantir o tempo de prateleira do Dolly sem a adição de conservante, no caso o benzoato de sódio.

CONCLUSÃO

A Pasteurização, método de esterilização comercial, é utilizada no Brasil principalmente na produção de leite, suco de frutas e cerveja, se apresenta como uma possibilidade de garantir a conservação e o aumento de prateleira de refrigerantes, como o refrigerante Dolly, quando presente no processo de produção. Este método isenta o uso de conservante na formulação, o que permite menor risco de toxicidade, principalmente para crianças que consomem diversos produtos contendo esses aditivos. Desta forma, seria importante a regulamentação de boas práticas de fabricação de refrigerantes incluindo como opção métodos de esterilização comercial como a pasteurização.

BIBLIOGRAFIA

-A guerra dos refrigerantes em Portugal. Disponível em: http://www.g-sat.net/caderneta-de-cromos-3055/a-guerra-dos-refrigerantes-em-portugal-372406.html. Acesso em: 14/12/2010.
-ANIRSF. Código De Boas Práticas De Higiene E Guia De Aplicação Do Haccp Para As Indústrias De Refrigerantes, Sumos De Frutos E Néctares. Disponível em: http://www.gppaa.min-agricultura.pt/RegAlimentar/Higiene_HACCP_RSF_ANIRSF.pdf. Acesso em: 23/12/2010.
-BARRETT, J.R. Hyperactive ingredients? Environ. Health Perspect., v.115, n.12, p.A578, 2007
-Braga R. O comportamento hiperativo na infância. Curitiba: Conscientia; 1998
- Brasil. Ministerio da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997.
-Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada nº 5, de 15 de janeiro de 2007.
-Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares.
-Camargo A.C.; Walder J.M.M. Divulgação da Tecnologia da Irradiação de Alimentos e Outros Materiais. Conservação pelo calor. USP-CENA/PCLQ. Reformulado em Abril/2006
-Dolly. Disponível em: http://www.dolly.com.br/2009/. Acesso em: 11/12/2010.
-Emprego de conservantes em alimentos. Disponível em: www.ufrgs.br/Alimentus/ped/seminarios/conservantes.doc. Acesso em: 19/12/2010
-Fichas Técnicas - Sumos e Refrigerantes: Guaraná Brasil. Atualizado em 2009. Disponível em: http://www.unicer.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=70. Acesso em: 20/12/2010.
-Montaño-García ML, Orea-Solano M. Estudio de la frecuencia de urticaria y angioedema inducidos por aditivos de alimentos. Alergia Méx 1989; 36:15-8
-WHO. Benzoic acid and sodium benzoate. Geneva, 2000. Concise International Chemical Assessment, Document 26.


10 comentários:

  1. Realmente, se você pode usar a pasteurização, então seria desnecessário usar aditivos. Talvez a indústria faça essa opção pelo custo, mas por outro lado não sei se o processo de fabricação e a composição do refrigerante em portugal é semelhante à do Dolly. É algo a se pensar!

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  2. Muito interessante a abordagem feita a cerca do processo de preservação do refrigerante Dolly! A pasteurização de fato seria capaz de contornar os efeitos tóxicos oriundos do ácido benzóico - efeitos clastogênicos e teratogênicos além de reações de intolerância tais como urticária e asma.

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  3. É importante seu levantamento. O benzoato de sódio tem importância médica, pois é um cfármaco aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), para o tratamento de defeitos metabólicos hepáticos associados com hiperamonemia, como o transtorno do ciclo da uréia em crianças. (Effect of alternative pathway therapy on branched chain amino acid metabolism in urea cycle disorder patients. Scaglia, F, S. Carter, W. E. O'Brien, B. Lee. Mol. Genet. Metab 2004 $ Urea cycle disorders. Semin. Leonard, J. V., A. A. Morris. Neonatol. 2002).
    Diante do exposto, esta substância seria inerte ao organismo como aditivo? Acredito que mais estudos acerca disso deveriam ser realizados, uma vez que aditivos näo devem ser nocivos, principalmente no perìodo infantil de desenvolvimento.

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  4. Muito interessante o acrescentado pela Bianca a respeito dos efeitos farmacológicos do benzoato de sódio. Realmente julgo que é necessário uma maior pesquisa e fiscalização em cima de alguns aditivos, como nesse caso.

    Outro aspecto que poderia ser um diferencial para a indústria utilizar o benzoato de sódio ao invés do processo de pasteurização, é o prazo de validade; pode haver diferença neste dependendo do processo utilizado.

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  5. Se na composição do refrigerante tiver substâncias termolábeis como o ácido ascorbico, antioxidante muito utilizado na composição de refrigerantes, o uso da pasteurização deve ser analisado. E dependendo do maquinário a ser utilizado na pasteurização, assim como sua manutençao e o todo o gasto de energia, é bem provável que o custo fique bem mais alto que o uso apenas do conservante.

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  6. Mas não pode pasteurizar e depois adicionar o ácido ascórbico?

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  7. Aliás, pra quê você coloca ácido ascórbico se foi pasteurizado?

    Só se fosse pra modificar o sabor...

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  8. O trabalho é muito interessante, pois questiona um processo que já se tem conhecimento de como melhorar, que é o da preservação de refrigerantes, diferentemente de muitos processos em que se chega um consenso de necessidade de melhora, porém ainda não se é possível por falta de uma alternativa, mas que na indústria nacional exemplificada por um motivo inicialmente desconhecido não se sabe por que não é realizado. Além do uso de conservantes como o benzoato de sódio não ser o melhor método de conservação, o mesmo vem sendo referenciando na literatura por estar associado à hiperatividade de crianças ainda nos períodos iniciais da infância, por volta dos 3 anos como no artigo que faz um análise epidemiológica de característica duplo-cega e conclui a incidência de hiperatividade comportamental diretamente associado ao consumo de benzoato de sódio(Fonte: Arch Dis Child. 2004 Jun;89(6):506-11. The effects of a double blind, placebo controlled, artificial food colourings and benzoate preservative challenge on hyperactivity in a general population sample of preschool children.Bateman B, Warner JO, Hutchinson E, Dean T, Rowlandson P, Gant C, Grundy J, Fitzgerald C, Stevenson J.SourceInfection, Inflammation and Repair Division, University of Southampton, Southampton, UK.) Apesar da importância desse problema, alguns motivos podem explicar o motivo da não utilização da pasteurização como a necessidade de uma maquinaria diferenciada o que acarretaria em mias custos para empresa, sendo que não sei se uma indústria brasileira tem capital para investir nessas mudanças e ainda sim competir com empresas internacionais, avaliando também, pela questão do tempo os conservantes parecem ser melhores pois não importa quantas vezes o refrigerante seja aberto e exposto ao ambiente a concentração presente seria a mesma no líquido, já após a pasteurização não haveria nada posterior que garantisse a continuidade do refrigerante próprio para uso, dado as várias possibilidades de ambientes ao que o refrigerante possa ser exposto e por último, uma questão importante é que discutiu-se os riscos deste aditivo principalmente por causa das crianças mas será que abordagem está realmente correta? Devemos retirar os conservantes para as crianças consumirem liberadamente ou devíamos evitar o consumo de refrigerantes por parte das crianças?

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  9. O levantamento feito sobre o uso do benzoato de sódio em refrigerantes, é muito pertinente, já que este aditivo apresenta vários pontos para o questionamento do seu uso.
    Além das considerações já feitas no trabalho, como o fato deste aditivo ter mostrado associação com o aparecimento de hipersensibilidade alimentar e hiperatividade, e a sua substituição por um processo de “esterilização”, como a Pasteurização, podem ser acrescentadas também as investigações que vem sendo feitas pelo Ministério Público Federal a respeito do aparecimento de benzeno em refrigerantes, que está também relacionada com o benzoato de sódio.
    Sabe-se que o benzeno é uma substância tóxica e cancerígena, que em refrigerantes, é proveniente da associação entre o benzoato de sódio e o ácido ascórbico. Estas duas substâncias juntas, sob certas condições de exposição à luz e ao calor, podem reagir formando então o benzeno.
    De acordo com a Associação de Defesa dos Consumidores Pro-Teste, os índices de benzeno em alguns refrigerantes estariam acima do permitido. A associação testou 24 tipos de refrigerantes, e sete marcas apresentaram concentrações de benzeno. Dessas, cinco estavam com uma quantidade aceitável, enquanto dois deles, apresentaram níveis de benzeno acima do valor máximo permitido pela Anvisa para água potável. O refrigerante Dolly guaraná está entre umas das cinco marcas onde detectou-se a presença do benzeno em quantidade aceitável. No Brasil, a portaria da Anvisa nº 518/04, que estabelece o padrão de potabilidade da água, determina o limite máximo permitido para benzeno de 5 µg/L (micrograma por litro). Então, na falta de regulamentação das quantidades em bebidas, assume-se as mesmas quantidades para os refrigerantes. Em 2010, o MPF deu um ultimato à Anvisa, ordenando que a agência estabeleça um nível de concentração máxima tolerável do benzeno (utilizado até como solvente) em refrigerantes comercializados no país.
    As indústrias de bebidas alegam que o uso do benzoato de sódio como conservante compensa os potenciais riscos que este aditivo possa trazer à saúde do consumidor. No entanto, é válido ressaltar que, deve ser inadmissível a presença de uma substância com potencial cancerígeno em produtos alimentícios, seja em qualquer concentração, a menor que seja. Além disso, o maior problema é a regularidade e o excesso com que os refrigerantes são consumidos, onde o indivíduo se expõe de forma acumulativa às “pequenas concentrações” do benzeno, aumentando a possibilidade do surgimento de câncer.
    Outra questão que também observei, ao correlacionar o rótulo do refrigerante Dolly guaraná com os dados químicos a respeito da formação do benzeno, foi que, no rótulo não há indicação da presença do antioxidante ácido ascórbico, que está envolvido na reação de formação do benzeno. No entanto, o Dolly, foi apontado em estudos realizados como um dos refrigerantes que apresentavam benzeno. Então, qual será a origem do benzeno encontrado neste refrigerante? Estaria vindo da água? Ou sua formação seria proveniente da reação do benzoato de sódio com outro componente de sua fórmula?

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