O colesterol é encontrado apenas nos produtos de origem animal. Trata-se de uma espécie de álcool presente na gordura do sangue e extremamente necessário para o organismo. Ele é composto pela lipoproteína LDL e HDL. O aumento do colesterol (LDL) no organismo desencadeia sérios problemas de saúde. Ele é responsável por formar placas de gordura nas paredes das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo e, como conseqüência, surgem diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Por isso, é fundamental manter as taxas ideais de colesterol no sangue.
Basicamente, três causas podem levar ao nível de colesterol elevado. A primeira é genética. A segunda concentra-se nas causas ambientais, onde a mais comum é a alimentação feita de forma errada. A terceira está no estilo de vida sedentário, com baixa atividade física. Como muitas pessoas acabam associando as três causas, o risco de morte torna-se iminente.
O óleo de alho é um suplemento alimentar que possui um ótimo valor nutricional, possuindo vitaminas (A1, B2, B6, C), aminoácidos, adenosina, sais minerais (ferro, silício, iodo), enzimas e diversos compostos biologicamente ativos, como a alicina. O alho (Allium sativum) tem uma posição única na história e foi reconhecida por seu potencial terapêutico. Os recentes avanços no campo da imunonutrição, fisiologia e farmacologia mais explorada a sua importância como alimento funcional contra diversas patologias.
Alho em suas preparações são eficazes contra os riscos à saúde e até mesmo usadas como suplementos alimentares, tais como idade extrato de alho (AGE) e óleo de alho, etc. Seus componentes nas formulações pode varrer os radicais livres e proteger as membranas dos danos e mantendo a integridade celular. Ele também oferece proteção cardiovascular mediada por redução do colesterol, pressão arterial, atividades anti-plaquetários, e formação de tromboxano proporcionando uma proteção contra a aterosclerose e doenças associadas. Essas propriedades encontradas no alho é devido ao seu componente, enxofre, que é um antioxidante.
Os antioxidantes são componentes dos alimentos que contribuem para evitar a ação nociva dos radicais livres em nosso organismo. São eficazes contra o que é denominado “estresse oxidativo”.
Situações como estresse ou infecções e hábitos tão comuns, como a prática de exercício físico intenso, o tabagismo, o consumo de dietas muito energéticas e ricas em gordura, a exposição descontrolada a radiação solar, como também a contaminação ambiental, aumentam a produção de radicais livres.
Os radicais livres oxidam os lipídios que circulam pelo sangue, o que implica em um maior risco que estes se depositem nas paredes dos vasos sanguíneos, aumentando a probabilidade de doenças cardiovasculares. Os antioxidantes reduzem ou neutralizam a ação nociva dos radicais livres, contribuindo na redução do risco das doenças mencionadas.
Proposta da Herbarium
Informações Nutricionais do Óleo de Alho Herbarium | |||||
Quantidade | % IDR* | ||||
Allium sativum L., Liliaceae (bulbo) | 2,625 | mg |
| ||
Excipiente (Óleo de soja) | q.s.p. 250 | mg |
Atualmente, a dependência de produtos naturais está a ganhar popularidade para combater diversas ameaças fisiológicas, incluindo o estresse oxidativo, complexidade cardiovascular, câncer de insurgência, e disfunção imune. O uso de remédios tradicionais podem ser encontrados com maior freqüência devido a uma série de evidências científicas a seu favor.
As estatinas são medicamentos muito eficazes se o objetivo principal for reduzir os níveis de colesteróis do sangue e para diminuir a incidência de manifestações de doenças decorrentes da diminuição de perfusão de tecidos irrigados por artérias estreitadas pela arteriosclerose. Mas os efeitos não são totalmente benéficos, deve-se lembrar que todo medicamento tem efeito colateral. Devendo sempre levá-los em conta na hora em que formos fazer uso deste.
Uma das reservas ao entusiasmo provocado pelas estatinas na prevenção das doenças degenerativas relacionadas aos altos níveis de colesterol no sangue decorrem da tendência das pessoas a abandonarem as outras medidas preventivas importantes, como continuarem a fumar, a não obedeceram ás restrições dietéticas, continuarem obesas, não tratarem o diabete, não fazerem exercícios físicos, etc. Acreditam que por terem normalizado os níveis de colesterol, os seus problemas esteja resolvidos, dispensando as outras medidas das quais se valiam.
O exercício físico não faz baixar o colesterol LDL, mas ajuda a aumentar a produção da HDL. Estudos recentes mostraram que pessoas que fazem atividade física regular aceleram a "lavagem" de colesterol ruim dentro dos vasos sangüíneos. A remoção da LDL é até quatro vezes maiores entre os adeptos da atividade física em relação aos sedentários.
Discussão
Por essas razões é fundamental levarmos uma vida saudável, com alimentação adequada, atividades físicas regulares, manutenção do peso e campanhas contra álcool e fumo, do ponto de vista de saúde pública, para afastar o nível alto de colesterol.
Tendo em vista que a ANVISA não possue nenhuma regulamentação específica para o produto nutracêutico óleo de alho, a solução seria a criação de uma lei específica para esse tipo de produto garantindo assim a eficácia e a qualidade deste nutracêutico para o consumidor.
Outra medida que deveria ser tomada para garantir o benefício do uso do óleo de alho seria a realização de estudos em pacientes usuários deste para que assim pudesse obter comprovação científica das propriedades benéficas do óleo extraido do alho.
É válido ressaltar que a Herbarium informa ao consumidor que não há comprovação científica dos benefícios acarretados pelo uso deste nutracêutico. Além de não realizar nenhuma propaganda com foco nas ações positivas que este produtoi pode proporcionar.
Conclusão
Dieta saudável, exercícios físicos e medicamentos são as formas terapêuticas mais utilizadas. O óleo de alho possui uma importante atividade antioxidante que auxilia na redução dos níveis de colesterol, porém não existe muita comprovação científica que o alho realmente possue essas propriedades. As estatinas impedem a formação de grandes quantidades de colesterol. O uso de medicamentos nem sempre é indicado para todos os pacientes. Por isso, o ideal é associar a prática de exercícios, consultas regulares ao nutricionista e ao médico que irão orientar para uma dieta balanceada e o uso de medicamentos que ajudem a reduzir o colesterol, seja a estatina (com comprovação científica) ou o óleo de alho (sem comprovação científica).
Bibliografia
Identified diallyl polysulfides from an aged garlic extract which protects the membranes from lipid peroxidation. Planta Med. 81, 468–469.
HORI, I., AWAZU, S., ITAKURA, Y., FUWA, T., 1992.
Existe uma espécie de contradição quando você diz que: "Tendo em vista que a ANVISA não possue nenhuma regulamentação específica para o produto nutracêutico óleo de alho, a solução seria a criação de uma lei específica para esse tipo de produto garantindo assim a eficácia e a qualidade deste nutracêutico para o consumidor." e que o óleo de alho não é comprovado.
ResponderExcluirComo a ANVISA garantiria, exatamente, sua eficácia se ela não existe?
Hoje no mercado existem variados tipos de alimentos os quais estudos dizem fazer diminuir os nìveis de colesterol sanguíneo, exemplos estäo os chás verde e preto (Green and black tea extracts inhibit HMG-CoA reductase and activate AMP kinase to decrease cholesterol synthesis in hepatoma cells. Singh DK, Banerjee S, Porter TD. J Nutr Biochem. 2009). Desta forma, se uma pessoa tem colesterol elevado, qual deve consumir? Na minha opiniäo, os estudos acerca destes produtos alimentares näo säo conclusivos para alegarem com garantia estes benefícios. Sendo, desta forma, mais importante, seguro e eficaz o uso correto de medicamentos para este fim, caso uma dieta e exercícios físicos näo sejam capazes de diminuir os níveis de LDL e aumentarem HDL.
ResponderExcluir"...e o uso de medicamentos que ajudem a reduzir o colesterol, seja a estatina (com comprovação científica) ou o óleo de alho (sem comprovação científica)."
ResponderExcluirVocê coloca o óleo de alho como medicamento, algo que não é verdadeiro! Para ser classificado como tal, o produto farmacêutico deve ser tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico (Lei nº5.991, de 17/12/73), além de passar por todas as etapas dos Estudos de Ensaio Clínico a fim de verificar os efeitos terapêuticos, os eleitos adversos, posologia, segurança dentre outras características.
É verdade, Paula.
ResponderExcluirMais uma vez encontramos a situação: produto que não é medicamento, mas é vendido na farmácia, com aparência de medicamento, em forma farmacêutica (cápsulas).
Quando visitamos a página do produto temos a seguinte informação: "ÓLEO DE ALHO É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA."
http://www.herbarium.net/pt/Consumidores/Produtos/GuiaProdutos.aspx?id=00028
Mas quando clicamos no folheto do produto:
"O Ministério da Saúde adverte: Não
existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna,
trate ou cure doenças"
http://www.herbarium.net/Geral/ExibeBula.aspx?id=00028
Apesar de toda essa confusão, o número de registro é claro: M.S.: 4.8697.0017
Alimento (início 4).
"É válido ressaltar que a Herbarium informa ao consumidor que não há comprovação científica dos benefícios acarretados pelo uso deste nutracêutico."
ResponderExcluirDe acordo com o trabalho, o óleo de alho é considerado um nutracêutico. Se o próprio fabricante afirma não haver comprovação científica sobre os efeitos benéficos como a Anvisa aceita registrar o produto?
Se os efeitos benéficos não são comprovados, qual será a funcionalidade deste óleo? Por que o consumidor deve adquiri-lo?
Eu vi mais argumentos quanto ao uso de óleo de alho como antioxidante do que como antilipêmicos. A ANVISA não regulamenta o óleo de alho especificamente mas tem leis que regulamentam nutracêuticos, categoria que INCLUI o óleo de alho. Quanto ao aviso na bula "O Ministério da saúde adverte: não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças.", essa é uma das normas da ANVISA, que obriga a presença dessa informação.
ResponderExcluirExistem outros fatores que são chamados de benefícios por quem sugere o consumo do óleo de alho, outros fatores que talvez sejam até mais utilizados como para aumento de imunidade, uso em infecções como gripes e resfriados. Não sei realmente se o uso como antilipêmico é um dos principais.
E também é extremamente importante informar que ele possui efeitos ADVERSOS e não colaterais, colateral pode ser positivo também, porém ele agride a mucosa gástrica e isso é um efeito maléfico para quem tem alguma patologia como gastrite ou úlcera, não sendo recomendado o seu uso.
de onde vc tirou essa tabela de composição de 100g de alho?
ResponderExcluirValeria a pena citar a referência.. E conferir se os valores estão de acordo com a tabela do USDA
Abs
Algo bastante intrigante é o fato que no ste da herbarium vem escrito:
ResponderExcluir"Óleo de Alho
Allium sativum
45 cápsulas
Na forma de cápsulas proporciona uma administração prática dos óleos voláteis presentes nos bulbos do alho.
O Ministério da Saúde adverte: Não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças. NÃO CONTÉM GLÚTEN.
M.S.: 4.8697.0017
ÓLEO DE ALHO É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA."
Logo no site eles consideram o produto hora alimento, hora medicamento. Tal fato demonstra a necessidade urgente de legislações que definam os nutracêuticos.
No site ainda vem escrito "E persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado".
"Por essas razões é fundamental levarmos uma vida saudável, com alimentação adequada, atividades físicas regulares, manutenção do peso e campanhas contra álcool e fumo, do ponto de vista de saúde pública, para afastar o nível alto de colesterol."
ResponderExcluirDe fato, não adianta fazer o tratamento regular com os medicamentos sem este estar acompanhado de exercícios físicos e uma dieta adequada.
Estudos mostram que realizar atividaes físicas regularmente alteram a estrutura do LDL, fazendo com que ele fique menos nocivo, mesmo que não ocorra uma redução no níveis médios.
"Por essas razões é fundamental levarmos uma vida saudável, com alimentação adequada, atividades físicas regulares, manutenção do peso e campanhas contra álcool e fumo, do ponto de vista de saúde pública, para afastar o nível alto de colesterol."
ResponderExcluirDe fato, não adianta fazer o tratamento regular com os medicamentos sem este estar acompanhado de exercícios físicos e uma dieta adequada.
Estudos mostram que realizar atividaes físicas regularmente alteram a estrutura do LDL, fazendo com que ele fique menos nocivo, mesmo que não ocorra uma redução no níveis médios.
Como há uma divergência em espeficicar se o Óleo de Alho é nutracêutico ou medicamento, acho que a solução para diminuir os níveis de colesterol deve ser conforme citado no trabalho, uma alimentação saudável, exercícios físicos e utilização de um medicamento com comprovação científica. Na minha opinião, deve-se procurar um médico para ver se realmente vale a pena administrar óleo de alho.
ResponderExcluirEm nenhum momento eu coloco o óleo de alho como medicamento, tanto é que na minha discussao eu reforço que a anvisa deve ser mais específica perante sua regulamentação para que se tenha comprovação científica que realmente o óleo de alho possue essas propriedades e por fim seja seguro o seu uso.Desculpa, mas acho que houve uma interpretação errada dos fatos que eu expus.
ResponderExcluirMuito bem abordado no trabalho a imagem com o texto dizendo que a proposta da Herbarium é o rígido controle de qualidade do produto, mais uma forma de direcionar o consumidor ao erro, pois de nada adianta um rígido controle de qualidade sobre o produto que não possui eficácia comprovada.
ResponderExcluirSem contar que a promessa de reduzir o colesterol também é algo extremamente vaidoso visto que aproximadamente 25% do mesmo é adquirido na dieta, o restante é proveniente da síntese hepática, mas disso o consumidor não sabe - tal aspecto bioquímico poderia ter sido abordado!
Esse é mais um risco que o consumidor, ou até mesmo o profissional de saúde, constantemente "atualizado" pelos propagandistas a respeito de tais produtos milagrosos assumem ao usar/recomendar produtos do tipo.
A regulação em si torna-se difícil e poderia ser eficiente somente no âmbito do rótulo/propaganda propriamente dito, visto que a literatura científica é rica em provas e contra-provas acerca de assuntos da saúde, gerando um ciclo vicioso - mas uma posição regulatória mais eficiente não pode se basear em tal obstáculo.
O leigo dislipidêmico pode observar em tal produto a "cura natural" da sua patologia e acabar deixando a sua eficiente estatina de lado, acarretando assim, o pronunciamento de seu problema de saúde e adquirindo novos!
O profissional prescritor deve atentar à tais produtos disponíveis ao consumidor e alertá-lo, de maneira preventiva sobre o risco/benefício daquilo ainda não comprovado, que o rótulo afima, mas para isso é necessário conhecer por conta própria o que tais produtos representam para a saúde dos indivíduos.
“Trata-se de uma espécie de álcool presente na gordura do sangue e extremamente necessário para o organismo. Ele é composto pela lipoproteína LDL e HDL.”
ResponderExcluirCuidado essa afirmativa está equivocada! De fato, embora tenha o comportamento de uma “gordura”, o colesterol é um álcool complexo. Mas, de forma alguma, ele é composto pelas lipoproteínas mencionadas. Na realidade, as lipoproteínas o contém em proporções diferentes.
Deixando definições de lado, é muito interessante para um grupo de farmacêuticos saber quais são as moléculas com as propriedades farmacológicas de interesse. Acho que isso ficou faltando. Devido ao uso de diferentes preparações, dosagens e diferentes protocolos, os resultados são muitas vezes conflitantes e inconclusivos, mas aqui vão algumas substâncias que encontrei como as responsáveis pelo papel de hipocolesterolemiante: alil maercaptano, S-alil-cisteína e compostos γ-glutâmico, dialilsulfeto, fructanos (cardioprotetores) [García-Gómez e Sánchez-Muniz, 2000; e Matsuura, 2001].
São mais de cerca de 30 substâncias presentes identificadas no alho com propriedades terapêuticas. O tipo e a concentração dos compostos extraídos do alho dependem do seu grau de maturação, práticas de produção de cultivo, localização na planta, condições de processamento, armazenamento e manipulação.
Uma curiosidade interessante que eu encontrei é que muitos componentes sulfurados não estão presentes nas células intactas. Eles são liberados quando as células são rompidas e interagem com os outros compostos, formando novas substâncias. Esse é um dos motivos para que o consumo seja imediato após o preparo e sem que haja ação de calor ou qualquer outro tipo de tratamento térmico, uma vez que isso diminui muito as concentrações dos fitoquímicos sulfurados em questão. A biodisponibilidade também é um fator crítico já que algumas substâncias ativas são extremamente voláteis.
Isso me preocupa, uma vez que as cápsulas serão administradas, muitas vezes, tempos depois do preparo. Como será a padronização dessas cápsulas? Qual substância é usada como referência? Será que os alhos usados tem as mesmas características?
Gente, não é porque é alimento que não pode trazer malefícios. Consumo excessivo de tudo é prejudicial. Será que o alho só tem propriedades benéficas? E ainda em excesso!!!
Eu me pergunto como é a padronização deste produto, porque ele é registrado no Ministério da Saúde começando pelo número 6, ou seja, embora seja indicado para fins de saúde, ele recebe registro de alimento/suplemento alimentar. Além disso, ainda não há consenso quanto à recomendação de alho que deve ser consumida , mesmo porque sua recomendação depende da utilização terapêutica em questão. Apesar disso, existem várias organizações de saúde que sugerem que a ingestão de 4 g de alho cru ou 8 mg de óleos essenciais são suficientes para a prevenção de fatores de risco cardiovascular. Existem ainda indicações de que o consumo de 600-900 mg de alho/dia seja o ideal. Isso equivale a 1 dente de alho cru.
Outra coisa, como eu já coloquei anteriormente, muitos são os trabalhos abordando os pontos benéficos, mas existem trabalhos que alertam para a inefetividade do tratamento. Neste site da USP tem uma tabela resumindo alguns destes trabalhos e se formos analisar os resultados destes trabalhos científicos são antagônicos: .
Agora, tudo também deve ser avaliado como uma relação de custo/benefício e a necessidade do indivíduo. Até porque, na minha opinião, um dente de alho não pode ser tão mau.
Pra mim a questão mais intrigante ainda é o fato de não haver a priori qualquer benefício associado a uso do alho, o que como já foi questionado me levou em um primeiro momento a também me questionar qual seria então o beneficio do seu uso, por que o consumidor deveria administrar óleo de alho? Qual vantagem ele teria? Contudo um olhar, mas atento pode perceber que o seu uso não tem qualquer comprovação em relação a uma doença específica, mas existem males que não são doenças propriamente ditas, mas que podem ser tratados pelo seu uso. Um cometário importante está ligado ao que foi dito sobre apenas ser atribuído uso benéfico ao uso do alho sendo que com certeza não é só benefícios que ele traz, até porque o benefício e o malefício estão ligados a como interpretamos as conseqüências do seu uso, todas as substancias tem vantagens e desvantagens (algumas mais gerais outras mais especificas para cada individuo) relacionadas ao seu uso, mas será que os malefícios do alho são uma prioridade, nesse contexto? Não estou de forma nenhuma pregando o, como é chamado por alguns, “uso irracional de alimentos”, porém o alho é utilizado a muitas gerações sem uma padronização ou limite máximo e até hoje não foi a associado a algum mal, pelo menos, não diretamente, será que é possível mesmo numa situação de alta ingestão, que o mesmo alcance concentrações nocivas?
ResponderExcluirAllium sativum tem sido ‘propagandeado’ como um aliado na prevenção para um certo número de doenças, de modo geral relacionadas à riscos cardiovasculares. Alguns estudos relatam efeitos cardioprotetores, como propriedades antiplaquetárias, antioxidanes, fibrinolítcas, tendo um pressuposto papel também na redução da pressão sanguínea bem como na redução da síntese de colesterol. Entretanto, a confiança em muitos desses estudos pode ser questionada por descrições vagas de métodos, número pequeno de pacientes analisados, tempo insuficiente de observação e até mesmo a possibilidade de um viés de publicação, considerando a relativa pequena quantidade de artigos relatando resultando negativos ou efeito tóxicos do pool de substâncias presentes no alho com as propriedades previamente citadas. (Beaglehole R. Garlic for flavour, not cardioprotection. Lancet.1996;348:1186-1187).
ResponderExcluirOutro ponto relevante é, como comprovar que, durante o periodo das pesquisas, o paciente não ingeriu alho durante as refeições, sendo ele m condimento tão amplamente utilizado. Ou até mesmo, qual era o nível de atividade física praticada pelos indivíduos. Considerando o fato que não sou ‘expert’ no assunto e não acompanho as publicações sobre o tópico, é possível observar que salvo alguns artigos onde os autores eram metódicos em relação a estes dados (Arch Intern Med.2007;167(4):346-353.), em sua grande maioria estes detalhes não foram explicitados e/ou levados em consideração. Porém, de modo geral, os estudos mais recentes ainda não apontam efeitos de redução de colesterol, o que confere com a informação presente no rótulo, de que ainda não há comprovações científicas dos efeitos mencionados.
Isto traz à tona alguns questionamentos. De acordo com o autor, este produto entra na categoria nos nutracêuticos. De acordo com a Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999, não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças, o que aparentemente esta marca em específico não fez. E se fossem feitas tais alegações, deveriam existir a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem. Porém, se estes efeitos não foram comprovados, qual seria o objetivo de ingerir as duas cápsulas diárias do “Óleo de alho” no lugar de adicionar o alimento na dieta? Paralelamente, ainda não há um consenso entre aqueles que fazem o lobby a favor do alho em prol dos seus efeitos cardioprotetores sobre a quantidade que deve ser consumida ou até mesmo o modo pelo qual ele deve ser preparado, já que alguns ensaios sugerem a biodisponibilidade de alguns de seus constituintes difere do alho cru para as formulações dos suplementes disponíveis no mercado (Ann Intern Med. 2001;135:65-66).
Por último, é interessante lembrar que cada organismo é diferente, e embora não tenham sido encontrados nenhum caso de interação entre fármacos pertencentes à classe das estatinas, não quer dizer que não existam de fato. Já existem cerca de 239 interações relatadas com o óleo de alho (http://www.drugs.com/drug-interactions/garlic,garlic-oil.html), inclusive com medicamentos de venda livre corriqueiramente utilizados pelo público em geral, servindo assim de lembrete o que pode ser inócuo para um pode apresentar riscos para outro indivíduo.
Allium sativum tem sido ‘propagandeado’ como um aliado na prevenção para um certo número de doenças, de modo geral relacionadas à riscos cardiovasculares. Alguns estudos relatam efeitos cardioprotetores, como propriedades antiplaquetárias, antioxidanes, fibrinolítcas, tendo um pressuposto papel também na redução da pressão sanguínea bem como na redução da síntese de colesterol. Entretanto, a confiança em muitos desses estudos pode ser questionada por descrições vagas de métodos, número pequeno de pacientes analisados, tempo insuficiente de observação e até mesmo a possibilidade de um viés de publicação, considerando a relativa pequena quantidade de artigos relatando resultando negativos ou efeito tóxicos do pool de substâncias presentes no alho com as propriedades previamente citadas. (Beaglehole R. Garlic for flavour, not cardioprotection. Lancet.1996;348:1186-1187).
ResponderExcluirOutro ponto relevante é, como comprovar que, durante o periodo das pesquisas, o paciente não ingeriu alho durante as refeições, sendo ele m condimento tão amplamente utilizado. Ou até mesmo, qual era o nível de atividade física praticada pelos indivíduos. Considerando o fato que não sou ‘expert’ no assunto e não acompanho as publicações sobre o tópico, é possível observar que salvo alguns artigos onde os autores eram metódicos em relação a estes dados (Arch Intern Med.2007;167(4):346-353.), em sua grande maioria estes detalhes não foram explicitados e/ou levados em consideração. Porém, de modo geral, os estudos mais recentes ainda não apontam efeitos de redução de colesterol, o que confere com a informação presente no rótulo, de que ainda não há comprovações científicas dos efeitos mencionados.
Isto traz à tona alguns questionamentos. De acordo com o autor, este produto entra na categoria nos nutracêuticos. De acordo com a Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999, não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças, o que aparentemente esta marca em específico não fez. E se fossem feitas tais alegações, deveriam existir a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem. Porém, se estes efeitos não foram comprovados, qual seria o objetivo de ingerir as duas cápsulas diárias do “Óleo de alho” no lugar de adicionar o alimento na dieta? Paralelamente, ainda não há um consenso entre aqueles que fazem o lobby a favor do alho em prol dos seus efeitos cardioprotetores sobre a quantidade que deve ser consumida ou até mesmo o modo pelo qual ele deve ser preparado, já que alguns ensaios sugerem a biodisponibilidade de alguns de seus constituintes difere do alho cru para as formulações dos suplementes disponíveis no mercado (Ann Intern Med. 2001;135:65-66).
Por último, é interessante lembrar que cada organismo é diferente, e embora não tenham sido encontrados nenhum caso de interação entre fármacos pertencentes à classe das estatinas, não quer dizer que não existam de fato. Já existem cerca de 239 interações relatadas com o óleo de alho (http://www.drugs.com/drug-interactions/garlic,garlic-oil.html), inclusive com medicamentos de venda livre corriqueiramente utilizados pelo público em geral, servindo assim de lembrete o que pode ser inócuo para um pode apresentar riscos para outro indivíduo.
Allium sativum tem sido ‘propagandeado’ como um aliado na prevenção para um certo número de doenças, de modo geral relacionadas à riscos cardiovasculares. Alguns estudos relatam efeitos cardioprotetores, como propriedades antiplaquetárias, antioxidanes, fibrinolítcas, tendo um pressuposto papel também na redução da pressão sanguínea bem como na redução da síntese de colesterol. Entretanto, a confiança em muitos desses estudos pode ser questionada por descrições vagas de métodos, número pequeno de pacientes analisados, tempo insuficiente de observação e até mesmo a possibilidade de um viés de publicação, considerando a relativa pequena quantidade de artigos relatando resultando negativos ou efeito tóxicos do pool de substâncias presentes no alho com as propriedades previamente citadas. (Beaglehole R. Garlic for flavour, not cardioprotection. Lancet.1996;348:1186-1187).
ResponderExcluirOutro ponto relevante é, como comprovar que, durante o periodo das pesquisas, o paciente não ingeriu alho durante as refeições, sendo ele m condimento tão amplamente utilizado. Ou até mesmo, qual era o nível de atividade física praticada pelos indivíduos. Considerando o fato que não sou ‘expert’ no assunto e não acompanho as publicações sobre o tópico, é possível observar que salvo alguns artigos onde os autores eram metódicos em relação a estes dados (Arch Intern Med.2007;167(4):346-353.), em sua grande maioria estes detalhes não foram explicitados e/ou levados em consideração. Porém, de modo geral, os estudos mais recentes ainda não apontam efeitos de redução de colesterol, o que confere com a informação presente no rótulo, de que ainda não há comprovações científicas dos efeitos mencionados.
Isto traz à tona alguns questionamentos. De acordo com o autor, este produto entra na categoria nos nutracêuticos. De acordo com a Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999, não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças, o que aparentemente esta marca em específico não fez. E se fossem feitas tais alegações, deveriam existir a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem. Porém, se estes efeitos não foram comprovados, qual seria o objetivo de ingerir as duas cápsulas diárias do “Óleo de alho” no lugar de adicionar o alimento na dieta? Paralelamente, ainda não há um consenso entre aqueles que fazem o lobby a favor do alho em prol dos seus efeitos cardioprotetores sobre a quantidade que deve ser consumida ou até mesmo o modo pelo qual ele deve ser preparado, já que alguns ensaios sugerem a biodisponibilidade de alguns de seus constituintes difere do alho cru para as formulações dos suplementes disponíveis no mercado (Ann Intern Med. 2001;135:65-66).
Por último, é interessante lembrar que cada organismo é diferente, e embora não tenham sido encontrados nenhum caso de interação entre fármacos pertencentes à classe das estatinas, não quer dizer que não existam de fato. Já existem cerca de 239 interações relatadas com o óleo de alho (http://www.drugs.com/drug-interactions/garlic,garlic-oil.html), inclusive com medicamentos de venda livre corriqueiramente utilizados pelo público em geral, servindo assim de lembrete o que pode ser inócuo para um pode apresentar riscos para outro indivíduo.
Só quem já passou por complicações na saúde e fez o uso do Óleo de Alho e viu resultados positivos pode expor alguma coisa, e não fazendo comentários vazios sem ao menos ter usado para combater algo. Fica esperando estudos sobre o alho que vocês que criticam vão morrer de doença esperando a cura. Deus dá a cura de graça. O homem do diabo quer vender a cura pra ter muito dinheiro, simples assim! TOMEM ÓLEO DE ALHO!
ResponderExcluirConcordo com você. Muitos criticam os resultados dos "remédios" que saem direto da natureza para nossa mesa. Para citar um exemplo do benefício do óleo de alho, eu estava com uma Queilite angular "boqueira" e, após fazer uso de várias pomadas e antibióticos durante dias, nada resolveu. Como acredito no poder da natureza, resolvi comprar óleo de alho e passei nos cantos da boca. Resultado, em menos de três dias o problema sumiu e nunca mais voltou. Por ser bactericida, o alho fez o efeito e não deixando nenhuma marca. Sabemos que a indústria farmacêutica abomina soluções caseiras, mas é fato que muitos remédios naturais são verdadeiramente benéficos e até curam doenças.
ExcluirPéssimo este óleo. Vejam a quantidade do de soja presente. Homens que o usarem terão diminuição drástica nos níveis de testosterona devido ao estrógeno proveniente da soja. Diminuição da libido, aumento de mamas fora outras consequências.Fiquem de olho.
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