Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O uso de capsulas de cafeína e o risco de toxicidade


O uso da cafeína em cápsulas para o emagrecimento pode oferecer riscos?

De acordo com a Nutrilatina, as cápsulas de LINOLEN® LINOLASER CAFFEINE contém 300 mg de cafeína livre e microencapsulada, agindo diretamente na queima da gordura acumulada no tecido adiposo, promovendo redução significativa da celulite e das medidas corporais, uma vez que a disfunção envolve o aumento das células de gordura. A tecnologia usada no processo físico-químico a qual a cafeína é obtida, proporciona a liberação gradual da substância ativa no corpo. Com isso, aumenta seu tempo de permanência no organismo e prolonga os efeitos da cafeína sobre a redução da celulite e das medidas corporais. Essas cápsulas possuem 300 mg de cafeína que, se combinada com o consumo de cafeína presente em outras bebidas consumidas normalmente no dia a dia como o café e a coca-cola, pode ultrapassar o limite máximo diário de 400 mg  e trazer efeitos tóxicos ao organismo.  A tecnologia utilizada nas cápsulas aumenta o tempo de permanência da cafeína no organismo, que apesar dos efeitos benéficos obtidos da termogênese da cafeína, aumento o risco de toxicidade, se não controlada a quantidade de cafeína diária.



Revisão da legislação:
De acordo com a RDC 18 de 2010 os suplementos de cafeína para atletas devem fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção. Nos rótulos de suplementos de cafeína para atletas deve constar a advertência em destaque e negrito: "Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades". A quantidade de cafeína na porção deve ser declarada no rótulo do produto. De acordo com o FDA o limite máximo diário de cafeína é de 400 mg.

Fundamentos bromatológicos anunciados e discussão














O LINOLEN® LINOLASER CAFFEINE possui 300 mg de cafeína declarados no rótulo, estando adequado a legislação. A Nutrilatina informa em seu site que o produto é útil para a redução de peso e de celulite devido às propriedades termogênicas da cafeína e da tecnologia utilizada nas cápsulas, que permite um maior tempo de permanência da cafeína no organismo. Porém, não alerta sobre os perigos da cafeína que, apesar de sua propriedade benéfica de termogênese, pode apresentar uma série de efeitos tóxicos que podem estar associados a um consumo elevado ou até a uma lenta metabolização pelo organismo. A cafeína está presente em muitas bebidas e alimentos consumidos diariamente, como o mate, a coca-cola e a própria xícara de café. Uma xícara de café expresso contém em torno de 80 mg de cafeína, se uma pessoa consumir uma cápsula de LINOLEN® LINOLASER CAFFEINE no dia, que possui 300 mg de cafeína, e duas xícaras de café, somando 460 mg, o limite máximo já teria sido ultrapassado. Além disso, o tempo de permanência da cafeína proveniente dessas capsulas no organismo é maior, podendo potencializar seus efeitos adversos.  Para que uma pessoa faça uso dessas cápsulas, a quantidade diária da cafeína consumida em cada alimento teria que ser calculada a fim de se evitar os efeitos tóxicos que ela pode causar. Entre esses efeitos estão: palpitações, convulsões, dores de cabeça e ansiedade. Além disso, deve ser levada em conta a sensibilidade á cafeína, que varia dependendo do indivíduo. A metabolização é mais lenta durante a gravidez, por isso mulheres grávidas devem ter cuidado e moderar o consumo dessa substância. Pessoas que são sensíveis à cafeína precisam evitar o consumo dessas cápsulas, já que possuem um maior risco de apresentarem os efeitos tóxicos dessa substância.

Conclusão
A necessidade de ingestão das cápsulas de cafeína deve ser bem analisada, já que a cafeína pode ser obtida de outros alimentos e bebidas, assim como a sua propriedade termogênica. Não é recomendada a ingestão dessas cápsulas por gestantes e pessoas sensíveis a essa substância, o que deveria ser alertado no rótulo e no site da Nutrilatina. O rótulo do produto também deveria alertar sobre os possíveis efeitos tóxicos da cafeína em dose elevada, orientando sobre o controle do seu consumo em cápsulas juntamente com outros alimentos e bebidas que contenham cafeína. A sua quantidade deve ser calculada e controlada, respeitando o limite máximo de 400 mg diminuindo os riscos de ocorrência de efeitos tóxicos.

Referências Bibliográficas
Disponível em <http://www.goiasagora.go.gov.br/vigilancia-sanitaria-orienta-sobre-o-uso-de-termogenicos/> Acesso em 22/12/2016
Disponível em <https://www.proteste.org.br/alimentacao/refrigerante-e-bebida/noticia/cafeina-nao-consuma-em-excesso> Acesso em 22/12/2016
Disponível em <http://www.nutrilatina.com.br/institucional/o-poder-da-cafeina-agora-em-capsulas/> Acesso em 22/12/2016
Disponível em < http://www.fda.gov/downloads/ForConsumers/ConsumerUpdates/UCM350740.pdf> Acesso em 22/12/2016
Disponível em < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/394219/RDC%2B18_2010.pdf/d6815465-e99a-477f-bb35-48b1432b380e> Acesso em 22/12/2016.

9 comentários:

  1. Ana Gabriela de Almeida Silva19 de março de 2017 às 12:11

    Importante o texto do colega, principalmente nos dias de hoje, em que as pessoas buscam o "corpo perfeito" e tentam fazê-lo a qualquer custo, sem ajuda de um profissional devidamente qualificado, ignorando os riscos à saúde. Não só as cápsulas de cafeína, mas também outros termogênicos, como a L-carnitina, por exemplo e outros suplementos, como a própria proteína isolada, são utilizadas sem quaisquer orientação e, muitas vezes, a pessoa que utiliza esse tipo de suplementação acaba misturando vários produtos diferentes, o que acaba por aumentar o risco a saúde, tanto a curto quanto a longo prazos. A "auto-suplementação" juntamente com a facilidade de adquirir esse tipo de produto pode acarretar sérios problemas a quem se suplementa sem orientação. Dessa maneira, vale ressaltar que qualquer tipo de suplementação deve ser feita com a orientação de um nutricionista, nutrólogo, ou outro profissional habilitado, evitando danos à saúde do "usuário".

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  2. A abordagem do tema sobre o risco de toxicidade proveniente do uso desse tipo de suplemento ainda não é muito discutido. Os suplementos de cafeína para atletas têm a finalidade de auxiliar no desempenho de atletas em exercícios físicos aeróbios, sendo considerados termogênicos, isto é, aumentam o metabolismo basal para que o atleta tenha maior queima calórica e por ser um suplemento tem que consumido junto com dieta balanceada e ter um acompanhamento medica. Infelizmente como não são considerados medicamentos são vendidos livremente sem necessidade de receita, podendo ser comprados até na internet e com isso podem ser vistos pelas pessoas como aparentemente inofensivos a saúde. Esses tipos de termogenicos estão sendo cada vez mais utilizados por pessoas leigas que frequentam academias e que sao influenciadas e orientadas por amigos, educadores físicos não habilitados para indicar o uso desse tipo de produto, o que é preocupante pois o que percebe-se hoje em dia é que para se enquadrar nos padrões de beleza da sociedade as pessoas buscam maneiras rápidas para emagrecer usando esses produtos termogenicos ao invés de manter uma dieta balanceada junto com exercício fisico. Além disso, as pessoas fazem uma 'automedicacao' influencias pelo que veem na internet sem orientaçao médica. O marketing desses suplementos para atletas visa somente a venda do produto levando uma ideia que ele é essencial para se ter uma boa performance esportiva mas nao informa os danos que seu uso pode trazer, assim o indivíduo acaba fazendo uso inadequado e pode ter efeitos adversos como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, AVC e até mesmo vir a óbito como visto nessa reportagem < http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/01/termogenico-usado-por-jovem-que-morreu-pode-ser-vendido-sem-receita.html >. Particularmente, eu defendo um controle maior de venda desses produtos e, também, deveria ter alguma resolução da ANVISA que exija o fabricante especificar os efeitos adversos do produto paraque os consumidores fiquem cientes dos riscos que correm mas o mais importante de tudo esses produtos deveriam ser consumidos APENAS por orientação medica.
    Thaís Soares

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  3. No mercado há vários suplementos a base de cafeína destinados ao emagrecimento e uma forte propaganda para seu uso com essa finalidade, contudo, a ANVISA permite a suplementação de cafeína como alimento apenas para atletas de alto padrão, de modo que, seu uso não é recomendado para pessoas que se exercitem apenas por lazer. Todavia, devido a facilidade de compra, que não requer prescrição para ser realizada, o consumo dessas cápsulas é realizado pelos consumidores sem a orientação de um profissional de saúde habilitado e sem a compreenção dos riscos do excesso de caféina. Quando ultrapassada a dose máxima, a caféina, que é um termogênico, que pode gerar excessiva estimulação gerando liberação em quantidades perigosas de adrenalina. Além disso, é importante ressaltar que a cafeína também possui um potente efeito diurético, podendo prejudicar a hidratação durante atividades prolongadas, sendo deste modo contraindicada para pessoas portadoras de doenças renais e deserdens do fígado, já que sua metabolização é hepática. Outra contraindicação que também deve ser informada no produto é relativa a indivíduos portadores de doenças cardiovasculares, já que em excesso pode causar taquiarritmias, arritmias cardíacas e excitabilidade atrial. O uso excessivo de cafeína pode ocasionar ainda nervosismo e insônia, por seu efeito psicoativo, não devendo ser consumida por pessoas com disturbios psicológicos, como depressão e ansiedade. Tendo isso exposto, o tema do trabalho torna-se de alta relevância e deveria ser melhor estudado.

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  4. Muito perigoso o fato da marca não atentar sobre os riscos causados pela ingestão elevada do produto, como se não apresentasse risco algum. Muitos estudantes utilizam suplementos de cafeína, de forma indiscriminada, pois a cafeína é um estimulante que atua no Sistema Nervoso Central, fazendo com que a pessoa se sinta mais alerta. Além disso, muitas pessoas consideram as cápsulas de cafeína mais "acessíveis" do que o café pois não gostam do sabor amargo do café (para seu consumo, adicionam muito açúcar, o que promove maior consumo de calorias).
    Como foi apresentado no trabalho, uma cápsula apresenta 300 mg de cafeína, bem próximo do limite recomendado. Dessa forma, uma pessoa sem a devida recomendação nutricional, pode consumir mais de uma cápsula por dia com a falsa sensação de que isso promoverá uma redução mais rápida das medidas corporais (propaganda do produto), o que por si só já promoveria níveis elevados de cafeína no organismo, podendo causar vários problemas de saúde (insônia, batimentos cardíacos irregulares, pressão alta, tontura, irritabilidade, entre outros).
    É mais fácil exagerar no consumo dessa substância através de cápsulas do que bebendo várias xícaras de café. A ingestão descontrolada pode causar uma overdose e, até mesmo, ser fatal. Acredito que deveria existir um controle maior em relação à venda e propaganda desse tipo de suplemento.
    Segue abaixo um link interessante sobre o consumo de cafeína:
    https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/nutrition-and-healthy-eating/in-depth/caffeine/art-20045678

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  5. Com o avanço tecnológico muito se discute os aditivos utilizados na produção de alimentos ou suplementos alimentares, apesar do post ser sobre cafeína, a qual sabemos que consumida em quantidades exacerbadas pode gerar diversos efeitos adversos, devido a sua estimulação ao tônus simpático do sistema nervoso central, essa substância também é capaz de desenvolver dependência física e, consequentemente, com sua interrupção causar diversos síndromas de crise de abstinência. A marca em questão utiliza em sua formulação o dióxido de titânio (TiO2) que pode aparecer como como “E171”, “INS 171” e é utilizado como corante para fabricação das cápsulas de cafeína, o qual não tem sua ingestão diária aceitável estabelecida. Sabe-se que a segurança de tal composto e sua utilização é muito controversa, já que diversos estudos apontam que o TiO2 é capaz de causar desequilíbrio na microbiota do trato gastrointestinal. Segundo a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) “o desequilíbrio tem sido associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças inflamatórias intestinais, obesidade e doenças cardiovasculares”. Além disso, é necessário ficar atentos aos rótulos dos produtos que consumimos e acompanhar notificações a cerca desses produtos, já que este mesmo aditivo foi proibido na França recentemente. Como a empresa não fornece as quantidades utilizadas para fabricação em seu rótulo, o consumidor não pode saber se essas nanopartículas podem ter efeitos deletérios para sua saúde, uma vez que estudos sugerem pode ocorrer a penetração nos tecidos, causando acumulo. Sendo assim, o que garante ao consumidor que caso ocorra algum efeito adverso é pelo uso da cafeína (diga-se de passagem em grande concentração na cápsula) ou pela ingestão do dióxido de titânio, já que ambos são amplamente encontrados em associação em diversas formulações e são potencialmente danosos ao organismo.

    Referências:

    CAO, Xiaoqiong et al. Foodborne Titanium Dioxide Nanoparticles Induce Stronger Adverse Effects in Obese Mice than Non‐Obese Mice: Gut Microbiota Dysbiosis, Colonic Inflammation, and Proteome Alterations. Small, p. 2001858, 2020.
    https://www.camara.leg.br/noticias/224100-dioxido-de-titanio-em-alimentos-e-cosmeticos-podera-ser-proibido/
    NOGUEIRA, Carolina Maciel. Ação de micro e nanopartículas de dióxido de titânio sobre a resposta inflamatória no intestino delgado de camundongos. 2010. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
    https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12826/1/ve_Maria_L%C3%BAcia_ENSP_2010%20.pdf

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  6. Indivíduos que utilizam do exercício físico como aliado no tratamento de doenças cardiovasculares, ao aderirem à um programa de atividades aeróbicas tendem a ter uma queda na pressão arterial de repouso após pouco tempo de treinamento (cerca de 2 semanas). Os mecanismos propostos para este efeito ainda não são totalmente esclarecidos, que são fatores hemodinâmicos e neuro-humorais. Os fatores hemodinâmicos consistem na diminuição do débito cardíaco e da resistência vascular periférica, ou ambos combinados. Já os neuro-humorais consistem no aumento de fatores de relaxamento derivados do endotélio. O consumo indiscriminado de cafeína tem como principal resposta o aumento da atividade simpática. Isso significa que o indivíduo que faz exercício visando diminuir a pressão arterial, mas toma cápsulas de cafeína ou produtos com alto teor da mesma, está gerando uma atividade "concorrente", porque o exercício tende a causar vasodilatação e o uso da caféina, a vasoconstrição. Ou seja, não apenas pacientes hipertensos mas também cardiopatas devem estar atentos ao uso de cápsulas de cafeína, pois apesar de darem a sensação de melhorarem a performance durante o exercício, também pode ser extremamente prejudicial À homeostase da pressão arterial.
    CAZE, Raquel Freire et al . Influência da cafeína na resposta pressórica ao exercício aeróbio em sujeitos hipertensos. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 16, n. 5, p. 324-328, Oct. 2010 .

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  7. A cafeína é uma xantina, um tipo de alcaloide encontrado em vários alimentos, e é o psicoativo mais consumido no mundo, devido à diversidade de fontes de obtenção. Por apresentar 300 mg de cafeína por cápsula, o produto se encontra adequadamente no intervalo permitido pela legislação, e das recomendações diárias, como foi destacado no trabalho. As grandes vantagens do uso da cafeína associadas a termogênese, redução da fadiga e bem-estar despertam o interesse da população, não somente do universo esportivo profissional, havendo muitas pessoas que não recebem orientações de profissionais qualificados sobre uso, perigos, e os cuidados que devem ser tomadas quando se faz uso da cafeína, ou até mesmo se realmente há necessidade de utilização. A situação se torna ainda mais complicada por esses produtos serem de fácil acesso. Mesmo os suplementos de cafeína apresentando doses dentro do limite permitido, o ideal seria que os usuários se atentassem ao tipo alimentação que fazem e buscassem tentar minimizar o consumo de outras fontes alimentícias de cafeína, com objetivo de reduzir os riscos de consumir doses acima do recomendado, e principalmente, procurar orientação de um profissional de saúde. O consumo elevado de cafeína pode gerar quadros de ansiedade, taquicardia, alucinações, dores de cabeça, e pode ser letal, em casos de doses extremas. A dose letal de cafeína é muito variável entre os indivíduos, entretanto doses críticas já são consideradas em torno de 100 mg/kg corporal. Abordar a toxicidade da cafeína é de extrema importância em um cenário global que se objetiva o corpo perfeito, sem pensar nos riscos que o uso incorreto da suplementação pode proporcionar ao organismo. Além disso, a cafeína não é atraente apenas para pessoas envolvidas no mundo fitness, muitos estudantes a enxergam como solução para aumentar a produtividade e o foco nas atividades acadêmicas, em que apenas a ingestão de café não fornece um teor de cafeína suficiente para gerar o estado de alerta tão desejado. A cafeína em cápsulas é um risco, mas é importante refletir que o cenário de intoxicação por cafeína se torna ainda mais potencializado com a comercialização de cafeína em pó, onde os consumidores ao usar medidas caseiras, como colheres de chá ou de sopa, não tem noção alguma sobre a quantidade que estão ingerindo, podem atingir mais facilmente doses letais.

    Temple JL et al. The Safety of ingested Caffeine: A Comprehensive Review Frente. Psychiatry v.8, 80 (2017) https://doi.org/10.3389/fpsyt.2017.00080

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  8. Excelente trabalho! A cafeína em cápsula tem seus benefícios associados ao seu uso, mas seus malefícios e riscos não podem ser omitidos do consumidor, sendo de extrema importância que a embalagem possua alertas para conscientizar o consumidor. Como mencionado no texto, o uso da cápsula e posterior consumo de bebidas que contém cafeína, já é o suficiente para ultrapassar o valor limite estabelecido. Há no mercado marcas que possuem 420mg de cafeína em suas cápsulas, ou seja, em tese o indivíduo já teria atingido o limite preconizado pela ANVISA apenas com o consumo da cápsula, mas sabemos que esse consumo é ultrapassado e, por muitas vezes, de forma inconsciente. Além dos efeitos tóxicos mencionados no texto, o consumo elevado de cafeína promove um possível risco para indivíduos que possuem doenças cardíacas e que não realizam acompanhamento físico e nutricional por profissionais de saúde habilitados, o que pode levar a sérias consequências a curto ou longo prazo.

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  9. As cápsulas são reflexos da nossa sociedade. As gerações mais recentes são imediatistas. Se existe uma cápsula para emagrecimento, eu quero. Para dar energia, eu quero. Se ela me proporciona saciedade, eu quero. Se me acalma, eu quero. É a Era das poções mágicas. Porém como todo medicamento, também apresenta eventos adversos. Em algumas pessoas podem ser mais destrutivos, para outras menos. Em um mundo ideal, teríamos profissionais que acompanhassem os avanços tecnológicos e que pudéssem emitir informações mais seguras. Além disso, empresas mais conscientes que não prometessem apenas o lado positivo, mas também o negativo. Como os efeitos tóxicos já mencionados, arritmias e outros que só sabemos com uso contínuo e prolongado.

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