Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Glúten, quando eliminá-lo da dieta?



O Glúten é uma proteína encontrada no trigo, cevada, malte, centeio, aveia e seus derivados, sendo encontrado em muitos alimentos da nossa dieta, como pães, biscoitos, e até mesmo na cerveja. Vilão da vez na nutrição, da mesma forma que a gordura trans, o glúten se tornou “inimigo público” em dietas do mundo todo. Milhões de pessoas resolveram aboli-lo de seus cardápios - O que não é necessariamente uma boa idéia.


  O Glúten é uma proteína encontrada no trigo, cevada, malte, centeio, aveia e seus derivados, sendo encontrado em muitos alimentos da nossa dieta, como pães, biscoitos, e até mesmo na cerveja. Vilão da vez na nutrição, da mesma forma que a gordura trans, o glúten se tornou “inimigo público” em dietas do mundo todo. Milhões de pessoas resolveram aboli-lo de seus cardápios - O que não é necessariamente uma boa ideia.
  O glúten está presente em diversos alimentos ricos em carboidratos e com alto índice glicêmico, que podem engordar e aumentar o risco de diabetes. Essas consequências, porém, não são desencadeadas pelo glúten em si, e sim pelo açúcar do carboidrato. Logo, não adianta eliminá-lo da dieta e continuar consumindo comidas ricas em carboidrato. "Se uma pessoa está acima do peso, não é porque está comendo glúten. E, se emagrece com a dieta sem glúten, não é pela ausência dele, mas pela redução do consumo de carboidrato", diz Vera Lúcia Sdepanian, chefe da disciplina de gastroenterologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
  O glúten pode ser prejudicial ao organismo, mas apenas entre aqueles que sofrem de doença celíaca, que afeta uma em cada 200 pessoas no mundo, segundo a World Gastroenterology Organisation (WGO). Quando um celíaco consome glúten, seu sistema imunológico reconhece a proteína como um inimigo e reage contra ela. Esse ataque atinge o intestino delgado, diminuindo o tamanho das vilosidades, consequentemente, diminuindo a absorção de nutrientes, podendo levar à desnutrição.


 


 Além dos celíacos, existem pessoas que têm intolerância ao glúten, que ao ingerirem a proteína relatam sintomas como gases e diarreia, porém não resultam em vilosidades intestinais danificadas.
  Portanto, antes de retirar o glúten da dieta, é importante ter um diagnóstico médico sobre a presença ou não de doença celíaca. Um estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, publicado em 2012, estimou que 75% dos celíacos não sabem que têm a doença e que a maioria das pessoas que resolvem seguir uma dieta sem glúten não recebeu o diagnóstico da doença, onde a proteína é retirada da dieta sem necessidade.

  Tendo em vista a preocupação da ingestão de glúten por indivíduos celíacos, foi criada a RDC nº 40 de 2002 da ANVISA a fim de padronizar a declaração da presença da proteína nos alimentos e bebidas já obrigatória pela Lei 8.543 de 1992, onde deverá conter no rótulo a seguinte frase: “Contém Glúten”. O descumprimento da legislação vigente resultará em penalidades previstas na Lei nº 6.437/77, podendo levar até o cancelamento da autorização de funcionamento da empresa.

  Uma dieta sem glúten continua a ser o único tratamento para pacientes com doença celíaca e intolerância à proteína, com suficiente evidência científica da sua eficácia, onde requer reeducação alimentar e acompanhamento por um nutricionista especializado. Portanto não se faz necessário eliminá-lo da dieta para indivíduos que não possuem qualquer tipo de intolerância ao mesmo e com a finalidade de emagrecimento.


Referências:
<http://hdxfit.com/gluten-free/ Acessado em 13-05-14 Às 23:44>
<http://www.glutenfreebrasil.com/ Acessado em 19-05-14 Às 15:00>

 


 Alunas: Mariana Giorgi Barrroso de Carvalho

                Jéssica Barbosa Fernandes

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A dieta sem glúten vem ganhando muitos seguidores ultimamente. Promessas para eliminar 3kg em 9 dias são comuns serem vistas, principalmente em revistas relacionadas a boa forma apenas eliminando o consumo de fontes de glúten como farinha de trigo, cevada, centeio, por exemplo. O mais importante é ter uma alimentação equilibrada aliada a exercícios físicos para se alcançar o emagrecimento. Infelizmente, o único tratamento para os indivíduos com doença celíaca é a eliminação do consumo de alimentos ricos em glúten

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  3. A doença celíaca é uma reação imunológica à ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio. Com o tempo pode danificar o revestimento do intestino delgado, reduzindo as microvilosidades, assim, causando prejuízo na absorção dos nutrientes (sais minerais, água e vitaminas). Por isso a importância dos alimentos informarem de forma correta se possuem glúten e estarem de acordo com a Lei N°10.674/2003 que tornou obrigatório aos produtos alimentícios informarem a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. O Glúten é prejudicial apenas para os celíacos, as pessoas que não possuem essa doença ou não são intolerantes ao glúten devem consumir sem preocupação, já que é apenas uma proteína, além disso, possuem propriedades de elasticidade e extensibilidade, tendo assim grande importância tecnológica para fabricação de pães, macarrão, biscoito, entre outros alimentos.

    http://www.unirio.br/comunicacaosocial/em-foco/pdf/EmFoco02.17.pdf
    Araújo, H. M. C., Araújo, W. M. C., Botelho, R. B. A., & Zandonadi, R. P. (2010). Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida. Revista de Nutrição, 23(3), 467–474.

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