Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

OLEAGINOSAS: Sementes oleaginosas podem ser indicadas contra a prevenção de doenças cardiovasculares?


Sementes ricas de óleo, envolvidas por uma casca rígida e conhecidas por ser um grupo de alimentos muito saudável. Ricas em proteínas, gorduras insaturadas, vitaminas e minerais, as oleaginosas não podem ficar de fora da dieta. 

Os alimentos que fazem parte desse grupo são: amêndoas, macadâmias, pecãs, avelã, nozes e castanhas. Algumas delas se destacam por proteger ainda mais o sistema cardiovascular. Parte desses alimentos são especialmente ricos em gorduras mono e poli insaturadas, nutrientes que agem de forma positiva nos níveis de lipídios sanguíneos. Manter os níveis adequados desses lipídios é fundamental para reduzir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O ômega 3 e 6, presente nelas, podem agir no organismo de várias formas, como por exemplo: ajudando a reduzir danos vasculares, evitando a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose), reduzindo o colesterol total, e ainda, desempenhando importante papel em alergias e processos inflamatórios. Também são fontes significativas de resveratrol e arginina, componentes importantes para a inibição da agregação plaquetária.
A melhor forma de consumi-las é in natura (sem aquecer), em porções de aproximadamente 40 mg. Porém, mesmo com todos esses benefícios, é preciso cuidado na hora de consumi-las; por serem fontes de gordura, esses alimentos são altamente energéticos e, em grande quantidade, podem contribuir para o aumento da ingestão energética diária, ocasionando ganho de peso.
Em 2005, na RDC n° 272, a ANVISA reconheceu as oleaginosas como alimentos de origem vegetal; em 2008, segundo a RDC n°64, foram reconhecidas como snack, e de acordo com a resolução n° 19, de 30 de abril de 1999, se enquadram no quadro de alimentos que possuem propriedades funcionas e/ou de saúde.  
A CASTANHA DO BRASIL, produto aqui em destaque, produzido pela Miragina, trata-se de unidades de castanha do brasil fatiadas com sal, utilizadas como aperitivos e acompanhamento de molhos, saladas e risotos, por exemplo, como expresso no rótulo. A castanha-do-Brasil, é uma amêndoa oleaginosa de elevado valor energético. Seu principal constituinte é o selênio, elemento importante na proteção dos lipídios da membrana celular, impedindo a formação de radicais livres. Segundo estudos, deficiências evidentes de selênio no organismo estão associadas ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, confirmando assim a propaganda expressa no site oficial da indústria produtora e na tabela nutricional expressa tanto no rótulo quanto no site oficial do produto.


Referências:
Adriana, D., & Barleta, V. C. N. (2017). Alimento funcional: uma nova abordagem terapêutica das dislipidemias como prevenção da doença aterosclerótica. Cadernos UniFOA, 2(3), 100-120.
Oleaginosas: benefícios e diferenças entre castanhas, nozes e amendôas. Acessado em 8 de Junho de 2017:https://www.jasminealimentos.com/wikinatural/oleaginosas-os-beneficios-e-diferencas-entre-castanhas-nozes-e-amendoas/
Vidal, A. M., Dias, D. O., Martins, E. S. M., Oliveira, R. S., Nascimento, R. M. S., & da Silva Correia, M. D. G. (2012). A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da incidência de doenças. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT, 1(1), 43-52.
Zimmermann, A. M., & Kirsten, V. R. (2016). Alimentos com função antioxidante em doenças crônicas: uma abordagem clínica. Disciplinarum Scientia| Saúde, 8(1), 51-68.
Castanhas, amêndoas, frutas secas... Mix de nuts diminui o mau colesterol. Acessado em 8 Junho de 2017: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2016/08/castanhas-amendoas-frutas-secas-mix-de-nuts-diminui-o-mau-colesterol.html
Castanha do Brasil, Miragina. Acessado em 20 de Junho de 2017: http://www.miragina.com.br/v2/index.php

4 comentários:

  1. As sementes de cânhamo contêm todos os aminoácidos essenciais, sendo portanto uma ótima fonte de proteínas, uma boa opção, para suplementação alimentar. Como outras sementes, as de cânhamo apresentam uma quantidade substancial de ácidos graxos ômega-3, saudáveis para o coração, não sendo uma droga! Pelo contrário é uma semente que apresenta carboidratos, gorduras e proteínas, sendo portanto um alimento de ótimo valor nutritivo e baixa quantidade de carboidratos, ou seja, mais uma opção para uma dieta saudável.

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  2. As doenças cardiovasculares, de modo geral, são causadas a partir de inflamações formadas na parede vascular devido principalmente a ruins estilos de alimentação da população pós moderna. Esse estilo de vida consiste na alta ingestão de carboidratos simples geneticamente modificados e açúcar presente no alimentos industrializados, ou seja, tudo que ingerimos em altas quantidades todos os dias. As oleaginosas tem se mostrado uma excelente alternativa de substituição por serem alimentos bem completos nutricionalmente, possuírem substâncias antioxidantes como o resveratrol, serem fáceis para transporte e rápidas para comer, apesar do custo elevado. Elas tem ganhado bastante espaço na culinária na forma de farinhas, o que torna ainda mais fácil sua introdução alimentar através de receitas diferentes, impedindo a monotonia da ingestão in natura e consequentemente aumentando a adesão da sua ingestão.

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  3. Além das oleaginosas citadas, pode-se usar como exemplo também o amendoim, pinhão e pistache. De modo geral, as oleaginosas são ricas em proteínas, gorduras insaturadas, vitaminas e minerais. Estudos mostram que a ingestão diária de oleaginosas diminui o risco de doenças cardiovasculares e aterosclerose, pela redução da oxidação da LDL colesterol e do colesterol total. As nozes são as mais indicadas para consumo para a prevenção de doenças cardiovasculares pois tem a melhor e maior quantidade de antioxidantes, que são capazes de estimular a dilatação dos vasos sanguíneos, o que faz com que seja reduzido o risco de entupimento das artérias. Além disso, possui gordura poliinsaturada, considerada a gordura mais benéfica ao coração.

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  4. Estudos estão cada vez mais elucidando a importância e precaução do uso de oleaginosas na alimentação, visto que seu consumo adequado, com a dosagem correta diária, pode promover saúde e redução do LDL, mas ao ingerir demais pode promover o ganho de peso. Foi realizado um ensaio clínico em 2002, publicado pelo jornal AHA nos EUA, em que mulheres e homens com hiperlipidemia ao ingerirem o correspondente a uma mão cheia de amêndoas diariamente, os níveis de LDL reduziu em 4,4%. O estudo mostrou ainda um grupo que consumiu o equivalente a duas mãos cheias e obtiveram uma redução de LDL em 9,4%.
    Estudos também identificaram que as oleaginosas contém alto nível de lipídeos,proteínas e um bom perfil de aminoácidos essenciais, embora haja uma leve deficiência de lisina, metionina e cisteína 1-3. Eles também tem um teor consideravelmente alto de fibras dietéticas e minerais. Além disso, elas se destacam pelo perfil de ácidos graxos, principalmente os ácido oleico (C18 : 1 ω9) e linoleico (C18: 2ω6) e apresentam altas concentrações de fitoesteróis e compostos fenólicos e elevado conetúdo de vitamina E.

    Referências:
    ALVES, Aline Medeiros e colab. Oilseeds native to the Cerrado have fatty acid profile beneficial for cardiovascular health. Revista de Nutricao, v. 29, n. 6, p. 859–866, 2016.
    COELHO, Cileide Maria Medeiros e colab. Effect of phytate and storage conditions on the development of the ‘ hard-to-cook ’. Journal of the science of food and agriculture, v. 1243, n. September, p. 1237–1243, 2007.

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