Estudos e Pesquisas dos alunos da disciplina Bromatologia em Saúde oferecida pela Faculdade de Farmácia da UFRJ, que adota um modelo tutorial, onde estudantes exercitam a construção autônoma de conhecimentos, com pesquisa e extensão convergindo para ensino.
Apresentação
Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.
O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.
O presente trabalho descreve os benefícios do uso do sal light como uma alternativa ao sal de cozinha comum. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), existem atualmente cerca de 17 milhões de hipertensos no Brasil [1]. Pensando neste tipo de consumidor, a indústria criou o sal light com 50 % menos sódio, e os outros 50 % são compostos de cloreto de potássio. Algumas classes de fármacos anti-hipertensivos têm como característica a reabsorção de potássio. Se o indivíduo for hipertenso e utilizar o sal light em excesso, pode aumentar as reservas de potássio no sangue causando um quadro de hipercalemia, condição que pode gerar efeitos drásticos a saúde como aumento dos batimentos cardíacos, tremores e tontura. Ademais, a autora ressalta que a utilização por pacientes com insuficiência renal só é recomendada com orientação médica ou de nutricionista.
ResponderExcluirOutras informações de salgante alimentar a base de cloreto de potássio podem ser encontradas em http://bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com/2018/06/zerosodio-salgante-alimentar-sem-sodio.html#more
Referências:
[1] Portal da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Disponível em: . Acesso em: 16-06-2018.
Christian Ferreira
DRE 113091281
Foi realizada uma pesquisa em pacientes internados em um hospital público de Goiânia para avaliar a aceitação da dieta hipossódica com sal light. O estudo foi realizado com 81 pacientes internados a mais de 24 horas, maiores de 18 anos, de ambos os sexos com prescrição de dieta hipossódica de consistência normal ou branda. A quantidade total de sódio oferecida na dieta foi de 1450 mg por dia. Como resultado da pesquisa, concluiu-se que a aceitação da dieta hipossódica com utilização do sal light foi insatisfatória, tendo a característica "tempero" da dieta sido avaliada negativamente pela maioria dos pacientes. Portanto, por mais benéfico que seja a utilização do cloreto de potássio para reduzir a quantidade de cloreto de sódio na composição do sal, os indivíduos têm que aceitar a troca do sal tradicional pelo sal light. Sendo assim, cabe ao nutricionista utilizar técnicas dietéticas adequadas para aumentar a adesão dos pacientes e cabe aos pacientes a consciência de valorizar a saúde sobre o sabor da comida.
ResponderExcluirReferências:
FILIPINI, K. et cols. Aceitação da dieta hipossódica com sal de cloreto de potássio (sal light) em pacientes internados em um hospital público. Revista de Atenção à Saúde. Goiás, v.12, n.41, 2014.
Ana Carolina Almeida e Silva
DRE: 114064368
O cloreto de sódio faz parte da alimentação da população e deve se consumido de acordo com a quantidade recomendada por dia. O sódio presente no sal é necessário para a manutenção do volume no plasma, equilíbrio ácido-base, para a transmissão de impulsos nervosos e funcionamento das células. Por esse motivo não deve ser excluído da alimentação diária, porém deve ser consumido com moderação. Para diminuir as doenças crônicas, o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação firmaram um compromisso para reduzir a quantidade de sódio nos alimentos industrializados. Uma opção é o sal light: possui teor reduzido de sódio (50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio). Embora os dois possam ser chamados de sal, eles afetam o organismo de formas diferentes. Enquanto o potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, o sódio age fora das células. Embora seja recomendado a pessoas com hipertensão, o sal light não é indicado para pessoas com problemas renais. É indicado para pessoas que tem restrição ao consumo de sódio. Porém, as pessoas com doenças renais não devem consumi-lo, pois como esse tipo de sal possui mais potássio, o aumento desse mineral no organismo, pode acarretar complicações cardiovasculares.
ResponderExcluirSociedade Brasileira de Diabetes. Tipos de sal e suas diferenças. Disponível em:http://www.diabetes.org.br/publico/noticias-nutricao/1313-tipos-de-sal-e-suas-diferencas. Acesso: 20 de junho de 2018.
Pró Renal Brasil. Consumo de Sal. Disponível em: http://www.pro-renal.org.br/quem1.php. Acesso: 20 de junho de 2018.
Beatriz Hecht Ortiz
DRE 114160384
BARROS et al. (2014) avaliaram o impacto da substituição do sal comum por sal light na pressão arterial de hipertensos. Para esse estudo, participaram 35 pacientes hipertensos de ambos os sexos, os quais foram divididos em dois grupos: 19 pacientes ficaram no Grupo Intervenção (GI – recebendo sal light) e 16 pacientes no Grupo Controle (GC – recebendo sal comum). Todos os pacientes usavam doses estáveis de anti-hipertensivos. Foram analisadas a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD) através de medidas casuais da pressão arterial (PA) e monitoração residencial da pressão arterial (MRPA). Além disso, as excreções de sódio e potássio foram avaliadas em amostras de urina de 24 horas. Todos os pacientes receberam 3 g de sal para serem consumidos diariamente por 4 semanas. O GI mostrou redução significativa tanto da PAS quanto da PAD nas medidas casuais e de MRPA assim como diminuição da excreção de sódio enquanto o GC apresentou redução significativa apenas na medida casual da PAS. Esses resultados demonstraram que a substituição do sal comum por sal light diminuiu significativamente a PA de hipertensos. O sabor do sal light pode ser um fator limitante com relação à adesão, mas visto que os benefícios do seu consumo foram evidentes, cabe aos profissionais de saúde informar e encorajar o seu uso. Portanto, o sal light é uma boa opção para hipertensos e pode inclusive ser uma opção interessante para a população em geral.
ResponderExcluirReferência:
- BARROS, Carolina Lôbo de Almeida et al. Impacto da substituição de sal comum por sal light sobre a pressão arterial de pacientes hipertensos. 2014.