A
relação da fibra do maracujá com Diabetes e Dislipidemia
Cada
vez mais as
farinhas funcionais são
utilizadas nas dietas devido a promessa de benefícios à saúde. A
farinha da casca do maracujá foi
uma das pioneiras, pois
existem estudos sobre ela desde 1998. Ela é feita a partir da parte
branca da casca, que é a porção mais rica em nutrientes, como a
fibra pectina, a vitamina B3 (niacina), ferro, cálcio e fósforo.
Acredita-se que todos
esses nutrientes
dá a ela propriedades importantes para nossa saúde. A
Fibra
de Maracujá realmente pode ajudar a emagrecer, controlar o
colesterol e diabetes? Existem evidências?
Apresentação:
O maracujá é um dos frutos mais conhecidos das regiões tropicais.
A fruta é famosa pela propriedade calmante e ação antioxidante
promovida no organismo. Além da polpa, o consumo da casca
desidratada da fruta também traz benefícios à saúde e tem sido
usado em dietas, principalmente para perda de peso e controle do
colesterol. A fibra do maracujá é retirada da casca, que é móida
e as sementes são retiradas. Essa casca é uma fonte de fibras
solúveis (pectina) e insolúveis, vitamina B3, ferro, cálcio e
fósforo. A fruta é muito rica em pectina, fibra que ajuda a
arrastar as gorduras para fora do organismo, auxiliando no processo
de emagrecimento. Esta substância em contato com o estômago
transforma-se num gel não digerível que provoca a sensação de
saciedade. A farinha de maracujá pode ser encontrada em lojas
fitoterápicas, farmácias de manipulação e farmácias. Uma colher
de farinha de maracujá uma hora antes de cada refeição é
suficiente para ajudar a controlar o apetite.
A
promessa é que a farinha da casca maracujá ajuda no processo de
emagrecimento, porém se for acompanhada da prática de exercícios
físicos e de uma dieta hipocalórica. A espécie Passiflora
edulis é
a mais cultivada do gênero Passiflora
L.
Dentre
as principais ações terapêuticas da P.
edulis é
possivel citar atividade depressiva do sistema nervoso central,
efeito ansiolítico, sedativo, anticonvulsivante, antioxidante,
anti-inflamatório, tratamento para hipertensão, entre outras. Além
disso, a fibra quando com seu usada corretamente na dieta usual
parece reduzir o risco de desenvolvimento de algumas doenças
crônicas como doença arterial coronariana, acidente vascular
cerebral, hipertensão arterial, diabetes melitos, melhora os níveis
dos lipídeos séricos, reduz os níveis de pressão arterial,
melhora o controle da glicemia em pacientes com diabetes melitos,
auxilia na redução do peso corporal e ainda atua na melhora do
sistema imunológico.
Descrição
do produto:
A
fibra do maracujá ou farinha da casca do maracujá é um suplemento
rico em fibra alimentar. As fibras alimentares trazem diversos
benefícios à saúde e a manutenção do seu bem estar. Consumidas
regularmente melhoram o funcionamento do sistema digestivo. Seu
consumo recomendado é de 25g por dia. A porção de 30 g que
correspondem a 3 colheres de sopa possui valor energético de 33
kcal, 6,2 g de carboidrato, 1,8 g de proteínas, 18 g de fibra
alimentar e 30 mg de sódio.
Fundamentos
Bromatológicos: A
farinha da casca do maracujá-amarelo é proveniente da trituração
da casca do fruto que possui grande quantidade de uma fibra alimentar
chamada pectina. A fibra alimentar, também chamada de fibra
dietética, é resistente à ação das enzimas digestivas humanas e
é formada de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades
monoméricas e mais a lignina que é um polímero de fenilpropano. De
forma simplificada, as fibras são classificadas como fibras
solúveis, viscosas ou facilmente fermentáveis no cólon, como a
pectina, ou como fibras insolúveis como o farelo de trigo que tem
ação no aumento de volume do bolo fecal, mas com limitada
fermentação no cólon. Os efeitos positivos da fibra alimentar
estão relacionados ao fato de que parte da fermentação de seus
componentes ocorre no intestino grosso, o que produz impacto sobre a
velocidade do trânsito intestinal, sobre o pH do cólon e sobre a
produção de subprodutos com importante função fisiológica.
Diante dessas informações, a pectina colabora com o aumento bolo
alimentar e da viscosidade das soluções no trato gastrointestinal,
gerando assim saciedade. Além disso, a redução no tempo de
esvaziamento gástrico diminui o pico de glicemia gerada pela
ingestão de carboidrato o que leva a queda de absorção de glicose.
A pectina também tem a capacidade de formar camadas gelatinosas na
mucosa intestinal, prejudicando a absorção de lipídeos. No
intestino grosso, a pectina após processo de fermentação, gera
ácidos graxos de cadeia curta como acetato, butirato e propianato e
há estudos indicando que butirato está associado à redução da
resistência à insulina em tecidos periféricos e que o propianato
estimula à gliconeogênese e lipogênese.
Legislação:
A fibra de maracujá considera uma farinha funcional e dessa forma
pode seguir o previsto na Portaria nº 398 de 30 de abril de 1999 da
ANVISA que fala sobre diretrizes básicas para análise e comprovação
de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem de
alimentos. Além disso define com alegação de propriedade funcional
como é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o
nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento,
manutenção e outras funções normais do organismo humano.
Discussão
e conclusão:
Estudos
científicos citados
na referência demonstraram
que a suplementação
da dieta com fibras solúveis pode
ter efeito positiva no tratamento de pacientes diabéticos e obesos.
O efeito da farinha da casca de maracujá amarelo foi medido através
de ensaio clínico de fase II com 43 pacientes com de Diabetes
Mellitus tipo 2, que receberam 30 g/dia do produto por 60 dias. Esse
grupo de estudo observou-se diferença na glicemia de jejum e também
a redução nos valores médios da hemoglobina glicada. Em relação
ao perfil de lipídeos observaram que houve redução nos níveis de
triglicerídeos e aumento do colesterol HDL. A glicemia dos pacientes
antes e depois do uso da farinha da casca do maracujá teve um
resultado positivo ao controle da glicemia, funcionando como um
complemento as terapias convencionais. Em
outro trabalho citado na referência, mostra que
a casca de maracujá diminui o colesterol e esta redução pode ter
relação com a presença da pectina. Esses pesquisadores observaram
em estudos clínicos, que mulheres com idade de 30 e 60 anos com
colesterol alto, após tratamento com a farinha da casca do maracujá
apresentaram redução significativa no nível de colesterol. Além
disso, outros trabalhos da literatura relataram que a pectina tem
ação hipocolesterolêmico em animais. Dessa forma, conclui-se
através dos estudos realizados por pesquisadores e informações da
literatura, que
em animais e humanos a
fibra da casca do maracujá
tem
mostrado
eficácia na ação hipoglicemiante e redução de lipídeos. Assim,
é possível perceber a importância da utilização da fibra de
maracujá tanto para prevenir essas doenças como para seu controle
sempre
que possível associada a uma alimentação controlada e prática de
atividade física.
Referências:
Portal
mundo boa forma, Farinha de maracujá emagrece?. Disponível em:
<http://www.mundoboaforma.com.br/farinha-de-maracuja-emagrece-beneficios-e-dicas/>
Acesso em 28 de maio de 2018;
Portal
minha vida,
F
arinha
de Maracujá: Fibras para controlar o colesterol e o diabetes
Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17049-farinha-de-maracuja>
Acesso em 28 de maio de 2018;
COQUEIRO,
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Rev. Pesq. Inov. Farm. 6, 12-20. [Links]
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ResponderExcluirSegundo o site "Vitalin sem glúten", o maracujá é um dos frutos mais conhecidos das regiões tropicais. Com um típico sabor azedo, a fruta é famosa pela propriedade calmante e ação antioxidante promovida no organismo. Além da polpa, o consumo da casca desidratada da fruta também traz benefícios à saúde e tem conquistado espaço nas dietas, principalmente para perda de peso e controle do colesterol.
ResponderExcluirA fibra do maracujá – extraída da casca da fruta – é rica em pectina, um tipo de fibra que arrasta as gorduras para fora do organismo, auxiliando no processo de emagrecimento. Esta substância, em contato com o estômago, transforma-se num gel não digerível que provoca a sensação de saciedade, reduzindo a vontade de comer mais. Isso também acontece porque ela retarda a entrada de glicose no sangue, o que também inibe o apetite. Segundo as informações desse trabalho baseadas nos estudos científicos realizados, a fibra de maracujá realmente emagrece e é muito importante para o restabelecimento do equilíbrio da saúde de pessoas obesas.
Aluno: Mário Sérgio Lima Ferreira
DRE:113210110
A fibra de maracujá (fruta rica em pectina) vem sido amplamente utilizada por suas características interessantes, principalmente de absorção de açúcar e gordura no organismo. A ingestão da pectina faz com que ela se transforme em um gel, bloqueando parte da absorção de gorduras e carboidratos pelo nosso organismo, conferindo ainda sensação de saciedade. Com essa propriedade é possível uma redução dos níveis de colesterol e principalmente um grande auxilio para uma dieta balanceada com a intenção de emagrecimento. Um estudo realizado em 2011 analisou o efeito da farinha da casca de maracujá quanto a diabetes e dislipidemia. Apontando que pacientes em uso de farinha da casca do maracujá tiveram diminuição significativa das concentrações de glicose e colesterol total. Porém peso, HDL e LDL não tiveram diferenças estatísticas.
ResponderExcluirKatharine Augusto da Silva Monteiro
DRE: 115102371
Uma das maiores características da casca de maracujá é a grande quantidade de fibras que contém. A principal fibra encontrada neste produto é a pectina, que ao ser ingerida se transforma em um gel e dificulta a absorção de açúcares e gorduras no corpo.
ResponderExcluirQuando um alimento libera açúcar de uma forma muito rápida, o pâncreas secreta para circulação uma grande quantidade de insulina com o objetivo de enviar essa glicose para dentro das células. O que muitas vezes acontece é que os tecidos e órgãos vão ficando cada vez menos sensíveis à insulina. Isso faz com que o pâncreas libere uma quantidade ainda maior do hormônio, dando início a um quadro de diminuição da sensibilidade à insulina, que posteriormente pode resultar na Diabetes tipo 2. A pectina presente na farinha da casca de maracujá vai justamente retardar a liberação de glicose na corrente sanguínea, diminuindo assim a quantidade de insulina necessária para o seu metabolismo (diminui a resistência à insulina). Além disso, o gel formado pela pectina reduz a absorção de colesterol ligando-se ao LDL e facilitando sua eliminação no fim da digestão.
Com base neste trabalho, vimos que o consumo da farinha da casca de maracujá realmente ajuda a controlar/prevenir a diabetes e melhorar as taxas de colesterol e triglicerídeos. Porém é importante ressaltar que esses benefícios estão relacionados a um consumo adequado da quantidade recomendada (25 g/dia). Uma porção de 30 g de farinha da casca de maracujá contém 18 g de fibras alimentares, o que nos fornece 72% das necessidades diárias desse nutriente (lembrando que outros alimentos consumidos durante o dia também possuem fibras). Se consumida em excesso, a fibra pode acabar causando diarreia, distensão abdominal e vômitos.
Nome: Carolina de Santana Vellozo | DRE:113080248