CÁPSULAS DE CÚRCUMA SÃO EFICAZES NO COMBATE AO CÂNCER?
A cúrcuma (Curcuma longa L.), também conhecida como açafrão-da-terra, é um pó amarelo que possui propriedades anti-inflamatórias incrivelmente poderosas. É uma especiaria cultivada na Índia e outras regiões tropicais da Ásia. E tem sido utilizada há séculos nas medicinas tradicionais indiana e chinesa.
Descrição do Produto:
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Figura 1: Verso do Rótulo do Produto |
Cápsulas gelatinosas contendo 600mg de Cúrcuma (Curcuma longa) em pó. Recomendação de consumo de 3 cápsulas ao dia, totalizando dose diária de 1,8g.
Fundamentos Bromatológicos:
As raízes e rizomas da planta contêm o
principal ingrediente ativo, a curcumina, composto polifenólico naturalmente
amarelo (Fig. 2). Evidências clínicas têm mostrado que essa substância
apresenta uma vasta gama de atividades farmacológicas contra muitas doenças
crônicas e diversos tipos de câncer, como
útero, próstata, ovário, mama, pele e cérebro.
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Figura 2: Estrutura química da curcumina
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A base molecular dos
efeitos terapêuticos de curcumina está ligada a sua capacidade de modular
algumas moléculas de sinalização. Estudos experimentais têm relatado que a
curcumina não só inibe proliferação celular e metástase, mas também induz a
apoptose, inibindo diversos fatores pró-inflamatórios, como, por exemplo, interleucina
(IL)-1β (IL-1β), IL-12, fator de necrose tumoral-α (TNF-α) e interferon-γ
(IFN-γ), fatores de transcrição como fator nuclear kappa-B (NF-κB) e transdutor
de sinal e ativador da transcrição 3 (STAT3), além de regular a atividade de
proteínas quinases como proteína quinase ativada por mitógenos (MAPK), proteína
quinase A (PKA), B (PKB) e C (PKC) . A curcumina exerceu uma diminuição gradual
na taxa de crescimento de tumores in vivo, com um aumento significativo no
tempo de sobrevivência dos animais. Além disso, o tratamento com a curcumina
inibiu a angiogênese pela diminuição na vascularização dos tumores. Ela ainda
foi capaz de induzir a apoptose em células tumorais por meio da ativação de
caspases, clivagem da proteína pró-apoptótica BID e liberação do citocromo c.
Legislação:
No Brasil não há uma legislação específica
que comtemple nutracêuticos tanto em relação a sua classificação quanto suas
regulamentações. Apesar dessa deficiência na legislação, a cúrcuma/curcumina em
cápsulas se enquadra na RDC 2/2002 onde abrangem substâncias bioativas e
probióticos isolados com alegação de propriedades funcional e, ou, de saúde,
apresentadas como formas farmacêuticas, pois os polifenóis possuem uma alegação
da propriedade funcional aprovada pela ANVISA. Além dos polifenóis, outras
classes de substâncias também são contempladas pela mesma RDC, tais como
carotenóides, flavonóides, fosfolípideos, organossulfurados, polifenóis e
probióticos.
De acordo com a RDC 2/2002, serida
classificado como “Nutriente ou não nutriente com ação metabólica ou
fisiológica específica no organismo, devendo estar presente em fontes
alimentares, seja de origem natural ou sintética, sem finalidade medicamentosa
ou terapêutica”, sendo questionável sua impossibilidade de utilização para fins
medicamentosos ou terapêuticos já quehá estudos que comprovam sua propriedade
funcional.
Discussão:
Estudos laboratoriais revelaram que a curcumina, inibe vários tipos de
células cancerosas e retarda a propagação de alguns tipos de câncer em estudos
realizados com animais. Embora os ensaios clínicos de Fase I tenham
demonstrado que a curcumina foi segura para os seres humanos, mesmo em doses
elevadas (12 g dia), ela apresentou baixa biodisponibilidade. As principais
razões que contribuem para o seu nível baixo no plasma e nos tecidos são à má
absorção, metabolismo de primeira passagem e eliminação sistêmica rápida.
Várias abordagens vêm sendo utilizadas para melhorar a biodisponibilidade da
curcumina. Essas envolvem desde o uso de adjuvantes, como a piperina, uma amida
piperidínica isolada da pimenta-do-reino (Piper
nigrum) que, quando administrada concomitante com a curcumina, aumenta sua
biodisponibilidade em humanos em até 2.000%.
É importante
lembrar que os compostos extraídos, tais como a curcumina não são os mesmos que
toda a erva, e os resultados do estudo não seria susceptível de demonstrar os
mesmos efeitos.
Além disso, como há uma deficiência na
legislação quanto a este produto as empresas
que fabricam os suplementos não tem que mostrar evidências de benefícios de
segurança e saúde antes de vender seus produtos e alguns desses produtos pode
não conter a quantidade da erva ou substância que está escrito no rótulo, e
alguns podem incluir outras substâncias (poluentes), o que é desleal e, pode
ser perigoso, para o consumidor.
Referências Bibliográficas:
SCHOLZE, ANA FLÁVIA AMORIM. Biodisponibilidade da Curcumina. Revista Brasileira de Nutrição
Clínica Funcional - ano 14, nº60, 2014.
POLAQUINI, Carlos Roberto. Síntese e citotoxicidade de curcuminoides e
híbridos curcumina-cinamaldeído. 2016. Dissertação de Mestrado -
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto.
BRASIL,
Resolução nº 02, de 07 de janeiro
de 2002: aprova o Regulamento Técnico de
Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades
Funcional e ou de Saúde. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_02_2002_COMP.pdf/68a25113-35e2-4327-a75f-ae22e714ca7c>.
Acesso em: 08 de junho de 2018.
BB Aggarwal, Kumar A AC, Bharti. Anticâncer em potencial da
curcumina: estudos pré-clínicos e clínicos. Anticancer Res. 2003; 23:363-398.
Taísa Leiras Gomes
DRE:113209795
A cúrcuma, também conhecida pelo seu nome científico, Curcuma longa ou como açafrão-da-terra, é uma planta utilizada por sua raiz, da família do gengibre, frequentemente consumida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e digestivas. Acredita-se que a curcumina, uma substância química encontrada na cúrcuma, forneça muitos benefícios para a saúde. A curcumina tem potencial na supressão da inflamação e na inibição do crescimento de células neoplásicas. Muitos estudos in vitro têm demonstrado que a curcumina pode ser utilizada como um agente terapêutico. De acordo com alguns estudos preliminares, a curcumina parece ter propriedades anticancerígenas. Um estudo piloto realizado em laboratório com células cancerosas retiradas do cérebro, do intestino grosso, da próstata e do sangue sugere que a curcumina pode interromper o crescimento das células cancerosas. Um estudo de 2013 mostrou que a curcumina realmente inibe o câncer, por meio de muitas vias bioquímicas. Com esses diversos mecanismos, o potencial da curcumina na área do tratamento do câncer provavelmente levará a muitas possibilidades no futuro. Neste momento, os dados ainda são preliminares, e a suplementação com curcumina nunca deverá substituir qualquer tratamento de câncer aconselhado por um médico.
ResponderExcluirNome: Leticia Cabral da Silva
DRE:113163949
São inúmeros os benefícios da curcumina, principalmente pelo seu efeito antioxidante e anti-inflamatório. Ela contribui para o combate ao câncer de próstata, mama, melanoma, pâncreas, diminui o risco de leucemia e mieloma múltiplo, e a ocorrência de metástases em diversos tumores. Desintoxica o fígado, é benéfico para o coração, ajuda no controle do diabetes, neutraliza radicais livres, reduz a inflamação da artrite, tem ação analgésica, antisséptica e antibacteriana. Age no metabolismo das gorduras auxiliando na perda de peso, ajuda na acne, na psoríase e outras doenças de pele, e acelera a cicatrização. Previne a doença de Alzheimer, combate a depressão e a esclerose múltipla. Todos estes efeitos são documentados por inúmeros estudos científicos.
ResponderExcluirNome : Dailane Candido