Apresentação

Espaço para a apresentação e análise de estudos e pesquisas de alunos da UFRJ, resultantes da adoção do Método de Educação Tutorial, com o objetivo de difundir informações e orientações sobre Química, Toxicologia e Tecnologia de Alimentos.

O Blog também é parte das atividades do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, criado e operado pelo Grupo PET-SESu/Farmácia & Saúde Pública da UFRJ.Nesse contexto, quando se fala em Química e Tecnologia de Alimentos, se privilegia um olhar "Farmacêutico", um olhar "Sanitário", um olhar socialmente orientado e oriundo do universo do "Consumerismo e Saúde", em vez de apenas um reducionista Olhar Tecnológico.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Óleo de coco: um substituinte para o óleo de cozinha?



Introdução

Um excelente maneira de cuidar da nossa saúde é através da alimentação. Alimentos fritos são os primeiros que devem sair da lista e também os óleos feitos a partir da gordura animal como a banha de porco. Uma opção muito mais saudável é substituir o óleo vegetal de todo dia (soja, canola, etc) pelo óleo de coco. Existem duas versões dele: o refinado, que é fabricado a partir do coco seco, e o extravirgem, feito com o coco fresco (a extração do óleo deve ser feita até 48 horas após a colheita). Esses são fatores importantes para se observar na hora da compra, e se o coco for de plantação orgânica, a qualidade do óleo será ainda melhor.

Que a água de coco é rica em sais minerais e vitaminas, é um ótimo isotônico natural e traz inúmeros benefícios à saúde não é nenhum segredo. Mas é outro produto derivado da fruta que vem fazendo sucesso com a promessa de eliminar os quilinhos a mais: é o óleo de coco extravirgem. Um ótimo complemento para manter a dieta equilibrada e com inúmeras propriedades benéficas para a saúde.

O óleo de coco é um produto natural, de origem vegetal. Ele é extraído por meio de um processo de prensagem a frio da carne do coco, sem passar por processos de refinamento e desodorização, assim as propriedades são mantidas. Isso evita a oxidação e a consequente produção de LDL (colesterol ruim). Com ação antioxidante, ele age na estrutura e funcionamento do sistema metabólico.

Fundamentos bromatológicos
O óleo extraído não possui aditivos e deve possuir uma acidez menor do que 0,5%. Primeiro é fundamental entender que o óleo de coco é composto por 64% de ácidos graxos ou triglicerídeos de cadeia média como: ácido láurico (47%), ácido caprílico (9%) e o ácido cáprico (7%).
Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) são digeridos e utilizados de forma diferente dos triglicerídeos de cadeia longa (ácido mirístico, ácido palmítico e ácido esteárico). Eles parecem não se acoplar a lipoproteínas e não circular na corrente sanguínea como outras gorduras, assim são metabolizados diretamente no fígado e convertidos em energia. Essa propriedade parece, de fato, favorecer a diminuição da insulina, colesterol ruim (LDL) e da glicemia. Isso significa que são absorvidos facilmente pelo fígado e metabolizados, se transformando em energia. Portanto, a gordura vinda do óleo não seria armazenada dentro dos adipócitos, sendo gasta como forma de energia para as funções do corpo.

Legislação
Segundo a Resolução nº 482, de 23 de setembro de 1999 da ANVISA, o óleo ou gordura de coco é o óleo comestível obtido do fruto de Cocos nucifera (coco) através de processos tecnológicos adequados. Este pode ser obtido pelos processos de extração e refino (óleo ou gordura de coco) ou obtido pelo processo de extração (óleo ou gordura de coco bruto). Para o consumo humano, este último deve ser submetido ao processo de refino. Como requisitos, o óleo ou gordura de coco deve ser límpido e isento de impurezas a 40ºC, possuindo cor, odor e sabor característicos. As características físicas e químicas, bem como a composição de ácidos graxos, encontram-se descritas nas tabelas abaixo:


Análise e discussão
Abaixo encontram-se a composição de ácidos graxos presentes no óleo de coco e no óleo de cozinha.

ÓLEO DE COZINHA



 ÓLEO DE COCO



O que se observa é que o óleo de cozinha tem uma quantidade expressivamente maior de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, como por exemplo o ácido linoleico e o oleico, que são rapidamente armazenados nos adipócitos formando gordura quando comparado ao óleo de coco, esse por sua vez, possui em maior quantidade o ácido mirístico, láurico e caprílico que são ácidos graxos saturados de cadeia média e que estão presentes em quantidades menores no óleo de cozinha, esses últimos possuem inúmeros benefícios a saúde como:

·         Atua como poderoso auxiliar na redução da gordura, principalmente a abdominal, devido a sua ação termogênica que acelera o metabolismo;
·         É um tipo de gordura que tende a gerar saciedade, diminuindo a fome;
·         Regula a função intestinal, tanto em casos de “intestino preguiçoso” como em situações de diarreia, os componentes da gordura de coco atuam normalizando as funções intestinais;
·         Seu uso regular melhora a saúde geral e ajuda a reduzir os níveis de LDL (colesterol ruim) e aumenta os níveis de HDL (colesterol bom);
·         Por ter ação antioxidante, contribui para diminuir a produção de radicais livres e, com isso, retarda o envelhecimento da pele e previne doenças crônicas;
·         Atua como protetor cardiovascular e dos problemas da tireoide;
·         Melhora o sistema imunológico;
·         Alivia os sintomas da menopausa e da tensão pré-menstrual (TPM).
·         Alta concentração de ácido láurico
·         O óleo de coco extravirgem é o único óleo vegetal que contém alta concentração de ácido láurico, o mesmo presente no leite materno e responsável por fortalecer o sistema imunológico. Esse ácido é conhecido pela sua ação antivírus, antifúngica e antibacteriana.
·         No organismo o ácido láurico é convertido em monolaurina, que auxilia no combate a inúmeras infecções.


Perguntas frequentes:

Como consumir o Óleo de Coco?
Não é porque o óleo de coco é uma substância cheia de benefícios que ele pode ser consumo de maneira exagerada. Afinal de contas, ele ainda é um óleo e por isso, possui uma grande quantidade de calorias. Uma ou duas colheres de sopa por dia é o suficiente para oferecer todos os benefícios do óleo. Ele pode ser colocado em saladas e sucos, ou seja, dê preferência aos pratos frios.
Quanto às frituras com óleo de coco ainda há controvérsias. Porém, uma coisa é certa: quando aquecido em temperaturas muito elevadas ele perde as suas propriedades antioxidantes e também suas moléculas de rearranjam de forma que ele se transforma num óleo comum.

Como tomar o Óleo de Coco?
O óleo de coco é encontrado em lojas de produtos naturais e também na maioria dos grandes supermercados brasileiros em sua versão em cápsulas para facilitar o consumo.
As maneiras de utilizá-lo são muitas. Por ser um óleo bastante estável – ao ser aquecido não perde suas propriedades nutricionais – é excelente para uso culinário.
Os nutricionistas têm indicado o óleo de coco como complemento a dieta diária. A recomendação é consumir duas ou três colheres de sopa do produto por dia, mas sem exageros, pois o consumo em excesso, em alguns casos, pode ocasionar diarreias.
O óleo pode ser tomado puro ou misturado a outros alimentos. O ideal é que sejam preparações frias para preservar as propriedades nutricionais. Uma opção é utilizá-lo como tempero de saladas, misturado ao iogurte ou em shakes.

Consumo exagerado e os malefícios
O óleo de coco é realmente um alimento cheio de benefícios, mas pode facilmente se transformar no vilão se for ingerido em excesso. Por mais que ele seja um tipo de gordura benéfica para o nosso corpo, o fígado só consegue metabolizar até uma determinada quantidade. O restante acaba indo parar na corrente sanguínea e se acumulando nas paredes dos vasos sanguíneos ou então parando dentro dos adipócitos, aumentando a circunferência abdominal.


Conclusão

Conclui-se que devido as suas inúmeras propriedades e benefícios, o óleo de coco é um bom substituinte ao óleo de cozinha, principalmente para as pessoas que tem a desejo de emagrecer e diminuir os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares.


Referências



·         Resolução 482 de 23 de setembro de 1999





12 comentários:

  1. Ana Carolina de Sousa Andrade11 de setembro de 2016 às 20:16

    O óleo de coco é classificado como gordura saturada e apresenta em sua composição a predominância de ácidos graxos de cadeia média, sendo o principal deles o ácido láurico. O fato do óleo de coco possuir maior quantidade de ácidos graxos de cadeia média, diferentemente de outras gorduras saturadas, faz com que ele tenha um comportamento metabólico distinto em virtude de suas características estruturais. Estes ácidos graxos são rapidamente oxidados gerando energia, não participam do ciclo de colesterol e não são estocados em depósitos de gorduras. Devido a estas características, o consumo do óleo de coco poderia ter efeito no tratamento da obesidade. Assunção et al. (2009) demonstraram em ensaio clínico randomizado uma redução significativa da circunferência abdominal em mulheres que receberam suplementação com óleo de coco (ingestão diária de 30 mL durante 12 semanas). Entretanto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta que, apesar de promover a redução da gordura abdominal e aumento do HDL-C, o consumo de óleo de coco tem efeito hipercolesterolêmico (SANTOS et al. 2013).

    Referências Bibliográficas

    ASSUNÇÃO, M. L. et al. Effects of Dietary Coconut Oil on the Biochemical and Anthropometric Profiles of Women PresentingAbdominal Obesity. Lipids, v. 44, p. 593–601, 2009.

    SANTOS, R.D., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. ArqBrasCardiol.; v. 100, n. 1, supl.3, p. 18, 2013.

    ANA CAROLINA DE SOUSA ANDRADE
    DRE: 113207230

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  2. Óleo de coco é tão prejudicial à saúde quanto a manteiga
    Associação Americana do Coração recomenda que alimento seja substituído

    POR O GLOBO16/06/2017

    O óleo de coco é composto por 82% de ácidos graxos saturados - Fábio Guimarães / Agência O Globo
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    DALLAS — O óleo de coco é apontado por muitos como uma opção saudável de gordura, mas isso é apenas um mito. A afirmação é da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), principal organização sobre saúde cardiovascular dos EUA. Em novas recomendações publicadas nesta sexta-feira, a AHA aponta que estudos científicos mostram que o óleo de coco é tão prejudicial à saúde quanto a manteiga e a gordura da carne.


    “Uma pesquisa recente reportou que 72% do público americano classifica o óleo de coco como um “alimento saudável”, comparado com 37% dos nutricionistas”, diz a recomendação da AHA. “Essa desconexão entre opiniões leigas e especialistas pode ser atribuída ao marketing do óleo de coco na imprensa popular”.A associação continua recomendando que a população substitua gorduras saturadas por óleos mono ou poli-insaturadas. Estudos controlados demonstram que a redução no consumo de gorduras saturadas reduz os riscos de doenças cardiovasculares em aproximadamente 30%. Acontece que 82% dos ácidos graxos do óleo de coco são saturados.

    Assim como os derivados do leite, a gordura animal e outras gorduras saturadas, o consumo do óleo de coco provoca um aumento das lipoproteínas de baixa densidade, ou LDL, conhecidas por fixar o colesterol nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas.



    “Porque o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, uma causa de doenças cardiovasculares, e não tem efeitos favoráveis compensatórios conhecidos, nós aconselhamos contra o uso do óleo de coco”, afirma a AHA.

    — Pesquisas científicas bem conduzidas apoiam majoritariamente que a limitação da gordura saturada na dieta previne doenças do coração e dos vasos sanguíneos — disse Frank Sacks, coautor das recomendações e professor da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, Massachusetts. — Gorduras saturadas aumentam o LDL, o mau colesterol, que uma das principais causas das placas que obstruem as artérias e das doenças cardíacas.

    A recomendação é que as gorduras saturadas — de laticínios, animais e óleo de coco e azeite de dendê, entre outras — sejam substituídas por gorduras mono ou poli-insaturadas, encontradas sobretudo em óleos vegetais, como o azeite de oliva e os óleos de milho, canola, girassol e soja.



    : https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/oleo-de-coco-tao-prejudicial-saude-quanto-manteiga-21484540#ixzz4kGgKq6je

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  3. Como foi dito no excelente trabalho os benefícios do óleo de coco extra virgem são muitos. Um artigo publicado por pesquisadores da UFRJ evidenciaram que pacientes do estudo obtiveram diminuição do IMC, melhora no índice de adiposidade visceral, da pressão arterial diastólica, e dos triglicerídeos, como também VLDL. 136 pacientes foram testados, com idades entre 45 e 85 anos, com vistas, ainda, à prevenção secundária enfarte e /ou angina estável. Em paralelo, os pacientes tiveram a redução do consumo de óleo vegetal, chocolate e refrigerantes. O propósito do estudo foi o de avaliar o efeito do tratamento nutricional associado ao consumo de coco extra virgem visando prevenir acidentes cardiovasculares de forma secundária.
    Porém, há controvérsias sobre o assunto, a Associação Americana do Coração diz que, assim como a manteiga, o alimento pode elevar o colesterol e ameaçar a saúde. Por isso faz-se necessário mais estudos sobre o assunto e, portanto um consumo moderado do produto, pois dificilmente trará malefícios à saúde.
    http://www.segs.com.br/saude/18728-pesquisadoras-da-ufrj-publicam-artigo-que-revela-beneficios-do-oleo-de-coco.html
    https://saude.abril.com.br/alimentacao/cuidado-com-oleo-de-coco-pedem-cardiologistas/

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  4. A utilização do óleo de coco é um enfoque muito relevante, principalmente devido ao aumento da popularidade deste produto durante os últimos anos.
    Suas vantagens descritas na postagem são inegáveis; entretanto, é importante destacar que, de acordo com um artigo divulgado pela American Heart Association em 2017, o perfil de ácidos graxos saturados do óleo de coco é de 82%, superando até a manteiga. No estudo, ainda foi discutido que o óleo de coco aumenta significativamente o colesterol LDL em comparação com o azeite. Por não haver grandes diferenças entre o óleo de coco e outros óleos que apresentam gordura saturada, o uso de óleo de coco é desaconselhado, não tendo efeitos favoráveis de compensação.
    Pode-se considerar, então, que a fama adquirida pelo óleo de coco parece exagerada. Por isso, as considerações feitas na postagem do blog sobre o consumo moderado são de extrema importância.

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  5. Além do benefício de redução de armazenamento de gordura em forma de adipócitos destacado no texto, outros benefícios poderiam ter sidos melhor abordados, principalmente sobre os efeitos do ácido láurico e caprílico. Além da ação anti-microbiana e anti-fúngica, a ingestão de ácido caprílico apresenta benefícios dermatológicos. Um estudo de 2014, a Trust Source, descobriu que o ácido caprílico é eficaz no tratamento da acne, assim como eczema e psoríases. Outra ação interessante é o auxílio na manutenção do tratamento de desordens digestivas, como por exemplo: doença de Crohn, colite ulcerativa e síndrome do intestino irritável.

    Bruna R Coelho Monteiro
    DRE: 114166322

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  6. Apesar de tantos supostos benefícios apresentados, hoje a recomendação de cardiologistas e de algumas organizações como Associação Americana do Coração é de que o óleo de coco seja usado com cautela justamente pelo seu perfil lipídico. Ele possui cerca de 80% de gorduras saturadas, cerca de duas vezes mais do que a banha de porco por exemplo.
    Para a Fundação Britânica do Coração, existe a possibilidade de algumas das gorduras saturadas presentes no alimento serem melhores para a nossa saúde do que outras, porém, não há pesquisas o suficiente para comprovar a hipótese, contrário a todos os estudos que já foram desenvolvidos até agora associando o consumo de gorduras saturadas com o aparecimentos de doenças cardiovasculares e aumento do LDL-c.
    Acho que como futuro farmacêuticos devemos ter cautela ao considerarmos o produto como aliado em qualquer dieta. Há muito a ser debatido.

    https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/08/oleo-de-coco-vilao-ou-heroi-polemica.html

    https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/08/22/interna_ciencia_saude,701373/oleo-de-coco-e-veneno-puro-diz-pesquisadora-de-harvard.shtml#:~:text=Segundo%20ela%2C%20o%20%C3%B3leo%20de,poderiam%20entupir%20as%20art%C3%A9rias%20coron%C3%A1rias.

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  7. Diogo Marques Fernandes26 de setembro de 2020 às 16:49

    Há mais de 35 anos se estuda o Óleo de Coco e os resultados destas pesquisas sempre foram inconclusivos e até mesmo controversos. Há claros sinais de que seu consumo pode sim ser prejudicial à saúde, mais ou menos como qualquer outro tipo de óleo, aumentando o HDL, mas também o LDL no organismo humano e consequentemente trazendo riscos aumentados de formação de placas de ateroma, aumentando as chances de infarto e derrame. Entretanto, o verdadeiro risco do óleo de coco não está nos seus efeitos no organismo, mas sim a falsa "propaganda" de sua utilidade quase milagrosa em diversos tipos de comorbidades, como a diabetes, a obesidade e até mesmo o Alzheimer. Isso impulsiona, principalmente o público mais leigo e que age por impulso baseado em tudo o que lê e ouve, mesmo sem consultar as fontes e os detalhes, a consumir indiscriminadamente este produto, é o caso de mais um dos "super produtos" com grande cobertura da mídia. Contudo, o fato é que não há qualquer comprovação concreta sobre os benefícios do óleo de coco sobre nenhuma das doenças citadas anteriormente, apenas uma confirmação de que sua constituição e seus efeitos sobre o organismo são semelhantes ao de qualquer outro óleo natural, tendo até mesmo mais ácidos graxos saturados do que outros como a manteiga, por exemplo. Isso, obviamente, não o torna um vilão. Assim como outros óleos, são indispensáveis ao correto funcionamento do nosso corpo e da manutenção de nossos processos naturais, desde que consumido em quantidade moderada, ou seja, desde que utilizado com parcimônia. Outros produtos naturais já contém inclusive esses óleos, então o cuidado deve ser redobrado sobre a sua dieta, evitando principalmente ingerir cápsulas que dizem conter óleo de coco em medidas fixas, mas que não levam em conta a dieta do paciente, ou seja, sem o acompanhamento de um nutricionista.

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  9. ana carolina bastos de souza26 de setembro de 2020 às 17:54

    O óleo de coco é composto principalmente por predominância de ácidos graxos saturados, sendo o ácido graxo láurico (C12:0) o mais representativo (cerca de 50%); os triglicerídeos de cadeia média (TCM) correspondem a cerca de 70% a 80% do total. A presença dos TCM confere ao óleo de coco um comportamento metabólico
    diferente das demais gorduras saturadas e, por isso, é sugerido que seu consumo seja menos deletério quando
    comparado à gordura saturada de origem animal, rica nos ácidos graxos mirístico (C14:0) e palmítico (C16:0) que são ácidos graxos de cadeia longa.
    É possível perceber uma enorme controvérsia quanto ao uso do óleo de coco para frituras. Alguns estudos dizem que é prejudicial à saúde enquanto outros como o de Cruz, B. C. S.; et al. mostram que não ocorre mudança no perfil dos ácidos graxos com o aquecimento.
    A decomposição dos óleos é acelerada por calor liberando ácidos graxos livres e ela ocorre principalmente em óleos que possuem grande quantidade de ácidos graxos de baixo peso molecular como o óleo de coco. Tendo em vista esse ponto, não é recomendado usar o óleo de coco para frituras pois não se sabe ao certo quais novas substâncias podem ser geradas com seu aquecimento.

    DRE:116052715

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  10. Gabriel dos Santos Ribeiro26 de setembro de 2020 às 18:56

    Nos últimos anos o consumo do óleo de coco tem aumentado consideravelmente, em especial com o aumento da busca de alimentos de origem vegetal, principalmente por vegetarianos e veganos, em substituição à manteiga, sendo, o óleo de coco, um bom substituto, já que é mais barato que o azeite de oliva. O óleo de coco também é rico em triglicerídeos de cadeia média (TCM). Os TCM são ácidos graxos que não são estocados no tecido adiposo, sendo rapidamente oxidado pelo metabolismo hepático, fornecendo uma energia imediata, o que é um fator relevante na prática de exercícios físicos, contribuindo, também, para a perda de peso. Além de não participar do ciclo do colesterol, ele também auxilia na manutenção dos níveis de LDL, HDL, TG e fosfolipídios plasmáticos, tendo efeito cardioprotetor e auxiliando no emagrecimento. Logo, o óleo de coco possui diversos benefícios para a saúde, desde que seja ingerido respeitando as quantidades diárias recomendadas (até 10% das calorias diárias totais). Entretanto, o óleo de coco, em excesso, não é um produto tão benéfico como aparenta, já que é rico em ácidos graxos saturados e, quando consumido em excesso, contribuir para o aumento de LDL, o colesterol ruim. Como a grande maioria dos óleos, o óleo de coco, ao ser aquecido, torna-se prejudicial à saúde. Sendo assim, o problema do óleo de coco não está nele em si, mas no marketing que este vem recebendo. Como todo óleo ele pode se tornar prejudicial à saúde, porém é sim um bom substituto a outras gorduras comumente utilizadas na culinária.

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  11. Podemos perceber que apesar do óleo de coco apresentar benefícios para saúde, como no auxílio da perde peso devido aos seus triglicerídeos de cadeia longa que são absorvidos pelo fígado, principalmente, dessa forma aumentando a saciedade e não se acumulando em forma de gordura. Porém é necessário ficar atento ao marketing em cima do produto pois como qualquer outra gordura, se consumida em excesso pode trazer malefícios a saúde, como o aumento do colesterol total.

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  12. (Beatriz Gonçalves da Luz) Um artigo de revisão feito por Heitor Santos e colaboradores sobre a ingestão do óleo de coco e seus efeitos no perfil cardiometabólico refutou parte das afirmações feitas na postagem. Por exemplo, na conclusão feita no post, é dito que o óleo de coco é um bom substituinte ao óleo de cozinha, porém, estudos mais recentes indicaram que o óleo de coco possui um ponto de fumaça inferior ao do óleo de soja, que é comumente usado para cozinhar, assim, as chances do mesmo oxidar e formar compostos prejudiciais à saúde é maior, de forma que seu uso para a fritura não é indicado.

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