DESCRIÇÃO
O ácido ascórbico ou vitamina C é
vitamina hidrossolúvel termolábil, não sintetizada pelos seres humanos e um dos
nutrientes de suma importância na fisiologia humana e bom funcionamento do
organismo. Logo, esse nutriente precisa
ser obtido pela dieta, através da ingestão de frutas (principalmente cítricas
como laranja,abacaxi,etc) e alguns vegetais.
Entretanto, novas marcas no mercado tem lançado alternativas para
suplementação de vitamina C que se adequam às demandas do estilo de vida
brasileiro, tal como a VALDA C.
A
marca promete com o lançamento deste produto, uma nova alternativa prática e
saborosa para ingestão da quantidade necessária de ácido ascórbico. A marca diz
que com apenas 1 pacote de 24g diariamente, é possível ingerir o valor diário
mínimo de vitamina C. Mas pode-se
afirmar de acordo com a legislação vigente que esse produto de fato cumpre o
que promete para todos os públicos, ao garantir que fornece a quantidade mínima
diária de Vitamina C?
FUNDAMENTOS BROMATOLÓGICOS
O principal
composto presente na composição do VALDA C é o açúcar, seguido por xarope de
glucose e a vitamina C propriamente dita. São apresentadas na forma
farmacêutica de gelatina, em balas. A gelatina é obtida a partir da hidrólise
parcial (ácida ou alcalina) do colágeno animal. Essa forma é interessante
porque melhora o palato do alimento e torna mais fácil a ingestão do mesmo. Na
composição, como espessante estão presentes a gelatina e a pectina e o ácido
cítrico funciona como acidulante, garantindo um sabor levemente azedo. O
citrato de potássio regula a acidez das balas e por fim, seu corando e
aromatizante é natural, o beta caroteno. Segue ao longo deste trabalho a composição de forma
mais detalhada, podendo ser visualizada, principalmente, através das tabelas
contidas.
LEGISLAÇÃO
Normatizada através da Resolução RDC nº 269, emitida pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em conformidade com o
Portaria nº33, de 13 de janeiro de 1988, relativa ao Regulamento técnico sobre
a ingestão diária recomendada de proteína, vitaminas e minerais, para todo
efeito em território brasileiro.
DISCUSSÃO
Segundo a RDC nº 269, de 22 de
setembro de 2005 que tem como ementa o regulamento técnico da ingestão diária
recomendada de proteína, vitaminas e minerais pela ANVISA, o valor mínimo da
ingestão de Vitamina C varia de acordo com a idade e outras características do
indivíduo. Na tabela 1, é citada a ingestão recomendada para adultos, no qual a
dose de Vitamina C mínima é de 45 miligramas por dia.
Esse valor não é generalista, visto que na Tabela 2 da RDC nº 269, a recomendação para lactentes (criança até o fim da primeira dentição, nos 24 meses) e crianças varia dentro de seu próprio grupo. Para crianças de 0-6 meses, recomendam-se 25 miligramas diárias. Crianças de 7 meses até os 6 anos devem ingerir 30 miligramas por dia e dos 7 até os 10 anos de vida essa quantidade aumenta para 35 miligramas.
Na tabela 3 são demonstrados o valores a serem ingeridos de vitaminas e minerais para gestantes e lactantes. É natural que haja aumento da demanda energética para nutrir o feto durante seu desenvolvimento e consequentemente, da necessidade de vitaminas e minerais. Gestantes devem ingerir o mínimo de 55 miligramas diariamente e lactantes, por sua vez, 70 miligramas por dia.
“Não contém
quantidades significativas de proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas,
gorduras trans, fibra alimentar e sódio. *% Valores diários de referência com
base em uma dieta de 2.000kcal ou 8.400 kJ. Seu valores diários podem ser
maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
CONCLUSÃO
O produto facilita o consumo desse nutriente
tão importante, tem palato agradável, embalagem de fácil transporte durante o
dia e fácil acesso em drogarias. Além disso, para indivíduos adultos cumpre o
que promete em ser o suficiente para a ingestão mínima diária de Vitamina C com
apenas uma unidade. Entretanto, pode não ser o suficiente ou o recomendado para
certos grupos populacionais. Por exemplo, para crianças que apresentam
dificuldades de ingerir frutas e vegetais ricos em vitamina C, o consumo do mesmo
estará acima do ideal para esse nicho, tendo em vista que o máximo para esse
público é de 35 miligramas. Quando consumida de forma elevada, a vitamina C
pode provocar diarréias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. No contexto
gestacional e de amamentação, esse produto pode ser consumido de forma
complementar, mas é incapaz de suprir a demanda de ácido ascórbico para esse
público.
Referências Bibliográficas
MANELA-AZULAY, Mônica et
al . Vitamina C. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 78, n. 3, p. 265-272, June
2003 .
ROSA, Jeane Santos da et
al . Desenvolvimento de um método de análise de vitamina C em alimentos por
cromatografa líquida de alta eficiência e exclusão iônica. Ciênc. Tecnol. Aliment.,
Campinas , v. 27, n. 4, p.
837-846, Dec. 2007
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