Chamada para "Leia Mais": -"Entenda o compromisso com a saúde oferecido por esse produto Jasmine".
-Descrição do produto:
Alimento homogêneo de aspecto uniforme,que não requer
mastigação.Apresenta cor característica de maçã madura,odor característico de
maçã madura,textura cremosa e homogênea e
é delimitado por embalagem fechada.
-Fundamentos Bromatológicos:
Na embalagem do produto é anunciado com elevado grau de
destaque que o produto é 100% natural e que possui 0% de agrotóxicos, 0% de
aditivos químicos ,0% lactose e 0% de açúcar. Esses parâmetros ,conforme será
discutido posteriormente, têm grande importância do ponto de vista da
legislação brasileira pelas suas devidas
restrições legais , pelo entendimento da importância da adequada nutrição de
recém-nascidos, pela saúde alimentar, pela saúde ambiental e pelo apelo
midiático por trás desse tipo de produto.
-Legislação:
As informações nutricionais fornecidas na tabela nutricional
deste produto estão de acordo com a Resolução RDC número 360 de 23/12/03 da
ANVISA.
As características microbiológicas estão de acordo com a
Resolução RDC número 12 de 2/1/01 da ANVISA.
As características macroscópicas e microscópicas estão de
acordo com a Resolução RDC número 14 de 28/03/14.
As características físico-químicas estão de acordo com a
Portaria número 34 de 13/1/98.
Os parâmetros para micotoxinas estão de acordo com Resolução
RDC número 7 de 18/02/11.
Os contaminantes estão de acordo com a Portaria número 685
de 27/08/98 e de acordo com a Resolução RDC número 42 de 29/08/13.
Para matérias-primas com qualidade e certificação
orgânica,devem estar isentas de qualquer ingrediente ativo de uso agrícola.Deve
seguir com laudo de análise comprobatório junto ao recebimento da mercadoria.O
prazo para a adequação desta análise pelos fornecedores é até dezembro de
2015,solicitando-se laudo por safra de colheita e não por lote de matéria prima
recebida.Este produto está de acordo com a versão atualizada do banco de dados
da AGROFIT (sistema de agrotóxicos fitossanitários do ministério da
agricultura) que se baseia em estudos atualizados em monografias de produtos
agrotóxicos da ANVISA e CODEX ALIMENTARIUS COMISSION.
-Discussão:
A palavra “Bromatologia” tem sua origem etmológica vinda do grego “Broma”(alimento) e de
“logos”(ciência). É ,portanto, a ciência que estuda os alimentos em função de
numerosos e importantes parâmetros dentre os quais se destacam a composição
química, o valor nutricional, o valor energético, propriedades químicas,
propriedades físicas ,efeitos no organismo , concentração de
contaminantes,concentração de aditivos,etc.
Como é de se esperar, a bromatologia é ,também, a ciência
que realiza o intermédio dentre os produtos que são feitos pela indústria
alimentícia e os que estão legalmente aptos para o uso por parte dos
consumidores.
No caso das “Papinhas Orgânicas Jasmine” a empresa Jasmine chama
a atenção para o fato de seus produtos serem justamente de linhagem “orgânica”
no qual não há qualquer adição de moléculas nocivas à saúde e agrotóxicos.
O CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional) tem feito rígido controle sobre o uso de agrotóxicos destacando-se
a menção aos mesmos feita na “Moção contra o uso de agrotóxicos em defesa da
vida” aprovada na quarta conferência de SAN (segurança alimentar nacional) na
qual foram denunciados os danos à saúde e ao meio ambiente provocados pelos
agrotóxicos.
Os agrotóxicos podem causar danos extremamente graves à
saúde do ser humano, como alterações hormonais e reprodutivas, danos hepáticos
e renais, disfunções imunológicas, distúrbios cognitivos e neuromotores e
cânceres, dentre outros. Muitos desses efeitos podem ocorrer em níveis de dose
muito baixos, como os que têm sido encontrados em alimentos, água e ambientes
contaminados.
Os agrotóxicos podem determinar três tipos de intoxicação:
aguda, subaguda e crônica. A intoxicação aguda é aquela na qual os sintomas
surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto
período, a produtos extremamente tóxicos com sinais clínicos evidentes. A
intoxicação subaguda ocorre por exposição moderada ou pequena a produtos
altamente tóxicos ou medianamente tóxicos e tem aparecimento mais lento. Os
sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de cabeça, fraqueza, mal-estar,
dor de estômago e sonolência, dentre outros. A intoxicação crônica
caracteriza-se por surgimento tardio, em meses ou anos, por exposição pequena
ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, acarretando danos
irreversíveis, como paralisias e neoplasias.
Mas, infelizmente, o problema dos agrotóxicos não para por
aí. Além da já comentada nocividade ao homem, os agrotóxicos agridem, também, o
nosso lar: o meio ambiente.
De acordo com dados estatísticos do IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), 88% dos venenos
comercializados no Brasil são considerados perigosos, muito perigosos ou
altamente perigosos ou seja apenas 12% foram considerados “pouco perigosos”. Os
reflexos disso são observados em certas culturas sensíveis a determinados
componentes químicos, na contaminação do solo, do ar, da chuva, das nascentes e
dos aquíferos.
Diante de efeitos tão extensos e catastróficos, sabendo-se
que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e que, por isso
mesmo, existe um fortíssimo interesse econômico por parte de grandes
corporações que querem monopolizar produtos com esses aditivos nocivos, a
CONSEA defende uma legítima “transição agroecológica” a qual promoveria uma
adequada manutenção de biomas e proteção de povos indígenas, povos
tradicionais, moradores do campo e da floresta. De forma mais clara a CONSEA
diz que “A manutenção dos biomas é fundamental para a conservação dos recursos
naturais e dos territórios e consequentemente a reprodução do modo de vida dos
povos do campo e da floresta. A consolidação de um modelo de produção de
alimentos em sintonia com tais princípios e que não utilize insumos perigosos à
saúde humana e ao meio ambiente torna-se uma necessidade premente”.
De fato, ainda de acordo com a CONSEA, a agroecologia
representa um modelo tecnicamente viável e sustentável do ponto de vista
social, ambiental e econômico. Soma-se a isso a necessidade de averiguar não
apenas os agrotóxicos mas também todo o conteúdo dos alimentos e o que se
promove à respeito dos mesmos na mídia.
-Conclusão:
Sabe-se que muitos são os recursos usados pela indústria
alimentícia para atrair os consumidores os quais vão desde imagens coloridas e
atraentes até ausência de determinados elementos como lactose e açúcar dentre
outros. É bem verdade que é recorrente o uso de propaganda que induz,
propositalmente, ao erro de interpretação por parte do consumidor e que essa
prática não só não é impedida pela legislação brasileira como, em muitos casos,
é efetivamente ajudada pela última e é nesse contexto, que a devida averiguação
dos dados, a promoção de uma verdadeira fiscalização do conteúdo químico de
produtos alimentares e de sua propaganda, além das propostas da CONSEA e seus
apoiadores, fazem, cada vez mais, sentido.
Por fim, pode-se dizer que aconselha-se ao consumidor que
tenha cuidado com o que consome nas suas refeições e que seja mais cético
na leitura dos rótulos e na compra de
seus alimentos e é ,nesse contexto, que vale a grande máxima “ Não troque gato
por lebre”.