terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cada vez mais têm sido utilizados suplementos a base de colágeno hidrolisado com objetivo de auxiliar no ganho de massa muscular ajudando no desempenho físico de atletas e praticantes de atividades físicas. Porém, nada existe ainda a cerca da sua eficácia para esta finalidade. Qual seria sua composição e como seus componentes estariam auxiliando no seu efeito?

Produtos à base de colágeno e gelatina (colágeno hidrolisado) estão ganhando cada vez mais mercado por prometerem melhorar a saúde da pele, das unhas, do cabelo além de ajudar tanto nas dietas de perda de peso quanto nas de ganho de massa muscular. Entretanto, pouco se sabe a respeito dos seus reais efeitos.
O colágeno é uma substância de natureza proteica que está presente em todos os tecidos do organismo exercendo funções variadas nestes. Um erro comum que muitas pessoas cometem é de pensar que quando ingerimos colágeno, este vai diretamente para os tecidos que estão precisando. Por ser de natureza proteica, ao atravessar o estômago ele é hidrolisado em cadeias menores de peptídeos e posteriormente em aminoácidos. Os produtos à base de colágeno e gelatina apenas fornecem os aminoácidos e íons como, o zinco, necessários para que as células possam produzir seu próprio colágeno. Nada do que uma alimentação balanceada, rica em proteínas não possa dar resultado semelhante.
Estudos com ratos recém-nascidos mostraram que alimentações à base de gelatina foram capazes de reduzir significativamente o peso corporal dos animais quando comparados com os que receberam ração normal ou à base de proteínas. Mostrando, então, o efeito da gelatina na redução de peso. Mas nada foi mostrado quanto ao ganho de massa muscular (Maria Margareth Veloso NAVES, et al. v.17, n.1, p.35-42, jan./mar. 2006).
Quanto à pertinência do uso de suplementos alimentares, sendo eles à base de colágeno, gelatina ou proteínas, de acordo com órgãos nacionais e internacionais, uma alimentação equilibrada e adequada ao esforço físico atende às necessidades nutricionais do indivíduo sedentário e também do praticante de atividades físicas. Sendo justificada sua administração apenas em casos especiais como em certas condições clínicas e para atletas de alto nível e por prescrição de um profissional da saúde adequado.

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